[Resenha] As três partes de Grace


Olá, pessoal! Como vocês estão? Hoje eu vim trazer uma resenha muito especial, porque vou falar de um livro que já ganhou me coração no momento em que chegou para mim. Estou falando de As três partes de Grace, da Robin Benway, que recebi na VIB – Very Important Book – do Grupo Editorial Record, junto com uma cartinha que me deixou emocionada e louca para começar a leitura.
O livro ainda não foi lançado, mas recebi uma prova para leitura antecipada e claro que ele tinha que furar a fila né? Então, chegou a hora de contar aqui o que achei dessa história e, quem sabe, dar para vocês alguns motivos para conferirem esse livro assim que ele for lançado.

Então, sem mais delongas, vamos à história de As três partes de Grace e o que eu achei dessa leitura. Será que ele me fez acabar com a caixa de lenços? Só conferindo a resenha para saber.

Autora: Robin Benway
Editora: Galera Record
Páginas: 322
Exemplar cedido pela editora para leitura antecipada
Onde comprar: Pré-venda na Amazon
Sinopse: “Grace acabou de ter uma filha. E a entregou para adoção. Não foi uma decisão fácil, já que a própria Grace é adotada. Como escolher uma família para sua bebê? Como ter certeza de que ela terá bons pais? Era de esperar que tudo isso fosse emoção suficiente na vida de uma adolescente, mas ela também acabou de descobrir que tem dois irmãos. Maya é a única integrante de cabelos escuros naquela família de ruivos. As fotos pela casa mostram como ela é diferente de seus pais e de sua irmã Lauren, filha biológica do casal. Quando a família começa a passar por problemas e tudo parece prestes a desmoronar, Maya não consegue parar de se perguntar se aquele é o seu lugar. Quem é sua família biológica? Onde está seu lar? Joaquin é o irmão mais velho. Ele nunca foi adotado. Chegou muito perto por muitas vezes, mas algo sempre acabava dando errado. Agora ele vive com uma boa família acolhedora, cheia de amor e vontade de adotá-lo, mas o garoto, prestes a completar dezoito anos, não sabe se deve mesmo acreditar que o destino está lhe dando chances de ser filho de alguém. Criar laços afetivos não é fácil quando se passou a vida inteira sendo abandonado. Mas talvez suas irmãs possam lhe ajudar a vencer essa barreira. Em vista por amor familiar, companheirismo e, no fim das contas, por não se sentir sozinho no mundo, Grace, Maya e Joaquin vão contar uns com os outros na procura pela mãe biológica. E por si próprios.”

No dia em que deveria estar no baile da escola com o namorado e as amigas, Grace estava no hospital dando a luz à filha que entregaria para adoção. A vida dela já havia começado a mudar quando descobriu que estava grávida. Seu então namorado e a família dele deixaram claro que não tinham a menor intenção de apoiá-la e, na escola, os colegas se voltaram contra ela.
Porém, nada poderia preparar Grace para o vazio que sentiu ao entregar sua bebê para outra família. Por causa disso, ela tentou encontrar a pessoa que poderia entender o que estava sentindo: a mãe biológica que a entregou para adoção quando ela nasceu. Mas, na busca por essa mãe, Grace acaba se surpreendendo ao descobrir dois irmãos que não sabia ter: Joaquin, o mais velho, e Maya, a caçula dos três.
Maya também foi adotada por uma boa família ao nascer. Ela vivia com os pais adotivos e a filha biológica deles, nascida pouco tempo depois que Maya foi adotada. Mas, mesmo tendo sido criada com muito amor, ela tinha dificuldade em se sentir parte da família e saber onde se encaixava. Já Joaquin não teve a sorte de encontrar um lar. Desde que foi levado para adoção, passou por vários lares temporários e se acostumou a ideia de que nunca seria adotado. Mesmo estando vivendo há dois anos com um casal que realmente se importa com ele e quer adotá-lo, Joaquin ainda não acredita que algum dia terá uma família.
Grace, Maya e Joaquin têm seus dramas e traumas individuais, mas também têm dores que só eles podem entender. E quando o caminho dos três finalmente se encontra, eles vão tentar entender onde realmente se encaixa. Um caminho que vai leva-los a descobrir muito mais do que esperavam.


Quando comecei a ler As três partes de Grace já estava me preparando para esgotar toda a água do meu corpo de tanto chorar. Felizmente, isso não aconteceu e eu permaneci bem plena ao longo da leitura, com poucas lágrimas derramadas. No entanto, isso não significa que essa não tenha sido um livro tocante. É quase impossível não se sensibilizar com essa história devido aos dramas tão profundos e reais que eles enfrentam.
Cada um dos três irmãos tem uma história sofrida e conflitos pessoais tão compreensíveis, mesmo para quem não viveu nada parecido, que é fácil se apegar e se emocionar com eles. Para mim, a história mais tocante foi a da Grace, até pelo tema que envolvia. Nunca tinha lido um livro que abordasse o tema adoção pela perspectiva de quem entrega o bebê e mexeu muito comigo ver o quanto foi difícil para Grace não apenas tomar essa decisão, mas lidar com ela depois. Além disso, ela ainda precisou enfrentar toda a hostilidade das pessoas que a julgaram por ter ficado grávida na adolescência, enquanto o pai do bebê seguia como se nada tivesse acontecido (porque, claro, a sociedade sempre dá um jeito de jogar a culpa na mulher né?).
Além dela, me encantei muito pelo Joaquin e pelo coração generoso dele. Dos três irmãos, ele é o que teve uma vida mais difícil e isso deixou marcas profundas nele. Por ter sido abandonado e rejeitado tantas vezes, Joaquin deixou de acreditar no seu próprio valor e na possibilidade de um dia ter um lar de verdade. Ele não se sentia digno do casal que queria adotá-lo e sequer da sua namorada. Mesmo sendo doloroso ver o quanto ele se depreciava e auto sabotava, mas também foi bonito ver a capacidade dele de amar outras pessoas e se importar com o próximo. Além disso, adorei acompanhar a evolução dele e seu caminho para superar os traumas do passado.



Dos três, eu confesso que a Maya foi quem menos me cativou e tive mais dificuldade de entender seus dramas. Em alguns momentos, achei seu comportamento bastante egoísta. Porém, aos poucos fui entendendo seus conflitos de identidade e a dificuldade que ela tinha de se sentir parte do lar onde cresceu. Mesmo não tendo me tocado como os outros dois fizeram, consegui entender essa personagem e torcer por ela.
E, além dos dramas individuais deles, foi lindo acompanhar a trajetória deles como irmãos. Três jovens que cresceram sem saber exatamente onde pertenciam e que, de repente, descobriam que tinham irmãos. Juntos, eles entraram em um caminho de autodescoberta, mas também foram aprendendo a alegria de ter alguém para apoiar e dividir os bons e os maus momentos. E, nesse sentido, foi lindo ver a relação entre eles se transformando de completos estranhos a irmãos.
Sempre gostei de livros que trazem dramas familiares, mas As três partes de Grace me surpreendeu ao trazer esse tema de maneira mais intensa e com questões muito tocantes. Além disso, a sensibilidade da autora tornou a leitura ainda mais encantadora. Por mais dolorosos que fossem os temas abordados, ela soube escrever de uma maneira delicada e sensível, deixando a leitura leve e fluída. Assim, não preciso nem dizer que esse é um livro capaz de despertar muitas emoções e que dificilmente algum leitor irá passar por essa leitura de maneira indiferente.
Não posso falar muito sobre a edição, porque recebi uma cópia antecipada e não revisada. Porém, preciso muito comentar sobre a capa que, além de linda, combinou completamente com a sensibilidade da história. Amei a escolha e tenho certeza que a edição final ficará linda.
O que me resta dizer é que As três partes de Grace não trouxe o tipo de emoção que eu esperava, mas foi um livro que me envolveu e encantou do começo ao fim. Foi uma leitura tocante tanto pelos personagens quanto pelas lições que a autora passou através de cada um deles. É um livro sobre adoção e família, mas também sobre perda, superação, perdão e recomeços, daqueles que conseguem acertar em cheio nosso coração e fazer refletir sobre a vida. Recomendo muito para quem busca uma leitura leve, mas sensível e profunda.

[Resenha] A Rainha Aprisionada


Olá, pessoal! Como vocês estão? Quem tem o hábito de ler séries provavelmente já deve ter se deparado com a decepção de amar um primeiro livro e se decepcionar com a continuação. Mas já pararam para pensar na possibilidade de acontecer o oposto? Quem sabe se uma série que o primeiro livro não foi bom, o segundo não pode surpreender?
Eu confesso que, normalmente, não costumo dar chance quando não gosto do primeiro volume. Por esse motivo, não estava nos meus planos ler A Rainha Aprisionada, da autora Kirsten Ciccarelli. Ele é a continuação de A Caçadora de Dragões, livro que me decepcionou bastante no ano passado. Porém, acabei recebendo esse segundo livro e pensei por que não dar uma chance, não é mesmo?

E agora, depois de ter concluído a leitura, vim contar para vocês o que achei. Será que valeu a pena ter insistido na série? Para saber o que achei, só conferindo a resenha.

Autora: Kirsten Ciccarelli
Tradução: Eric Novello
Editora: Seguinte
Páginas: 376
Exemplar recebido de cortesia da editora
Onde comprar: Amazon
Sinopse: “No segundo volume da trilogia Iskari, uma nova heroína entra em cena para lutar pela liberdade de seu povo ― e de sua irmã ― em meio a um conflito que apenas começou. Firgaard foi governada durante décadas por um rei tirano e manipulador, capaz de condenar povos inteiros apenas para aumentar seu poder. Depois de uma grande batalha, Asha, sua filha, conseguiu derrotá-lo. E, assim, Dax, o primogênito, assumiu o poder ao lado de Roa, sua esposa. Roa é uma forasteira vinda das savanas ― um território sob o domínio de Firgaard, que há anos é oprimido e está prestes a entrar em colapso. O maior desejo da nova rainha, mesmo sabendo que não é bem-vinda em seu novo lar, é mudar a vida de seu povo. O que ela não esperava era encontrar uma chance de alterar o curso do destino e trazer de volta à vida sua irmã gêmea, Essie, morta quando criança em um terrível acidente. O único obstáculo? O novo rei.”

Dando continuidade aos eventos de A caçadora de dragões, A Rainha Aprisionada irá focar em outros protagonistas. Após a revolução, Dax se tornou o rei de Firgaard e Roa a sua rainha. Porém, o clima no reino é instável. Dax é visto como um rei fraco e muitos parecem estar esperando a primeira oportunidade para se aproveitar disso. Além disso, Roa é vista com desconfiança por se tratar de uma nativa e, por conta disso, uma inimiga para muitos.
Porém, os problemas não são apenas externos ao palácio. Roa e Dax não conseguem se entender e ela mesma começa a desconfiar da capacidade dele de cumprir todas as promessas de mudança que fez. Preocupada com o bem-estar do seu povo, Roa começa a questionar sua decisão de se casar com Dax. Mas não demora para preocupações ainda mais sérias surgirem em sua mente.

Anos antes, ela havia perdido sua querida irmã, Essie. Porém, a garota nunca a deixou de fato. E agora Roa descobriu haver uma possibilidade de trazê-la de volta à vida. Porém, o preço a pagar poderia ser alto demais. Seria ela capaz de arriscar tudo o que tinha e colocar outros em perigo, incluindo seu marido, para mudar o triste destino de Essie?


A primeira coisa que preciso dizer sobre A Rainha Aprisionada é que esse segundo volume se beneficia muito da mudança de protagonistas. Apesar de continuar os eventos do livro anterior, esse segundo volume muda o foca e, felizmente, o casal principal é muito mais carismático que o antecessor. Quem leu minha resenha sobre A caçadora de dragões sabe que eu adorei o Torwin e que ele e os dragões fizeram a leitura valer a pena para mim, mas a Asha era simplesmente insuportável. É uma das protagonistas mais irritantes que já li e isso prejudicou muito a leitura para mim.
Já a Roa é uma personagem mais interessante e complexa, e infinitamente mais cativante. Ela é determinada, justa e tem princípios muito fortes, mas também tem muitas vulnerabilidades. Trata-se de uma personagem muito humana e que comete muitos erros (sim, tem hora que dá vontade de entrar no livro só para impedir ela de cometer burradas), mas as motivações dela são tão compreensíveis que, apesar de todas as mancadas, foi impossível não me apegar a ela.
Além disso, achei linda a relação que Roa tem com seu povo e, principalmente, sua irmã. Ela dá tudo de si para garantir que os nativos passem a ser tratados com justiça e para protege-los. Mas o que me cativou mesmo foi o amor dela pela irmã. As duas tinham uma relação muito especial e a dor pela morte de Essie fica quase palpável durante todo o livro. Então, por mais que algumas atitudes de Roa tenha sido questionáveis, a motivação era muito compreensível.

Mas o dono do livro é mesmo o Dax. Já tinha gostado dele no primeiro livro, mas nesse eu fiquei completamente encantada. Gosto de ver como esse personagem se adapta as diferentes situações e vai se moldando de acordo com a necessidade. Ele é forte, inteligente e íntegro, mas sabe jogar dentro da corte e é interessante ver ele como lida com o fato das pessoas estarem constantemente o subestimando. Além disso, adorei o senso de humor dele e a maneira como enfrentou as adversidades que surgiram.



Outro ponto positivo de A rainha aprisionada é que a trama é bem mais dinâmica que do livro anterior. Senti uma evolução da escrita da autora e a leitura fluiu muito melhor. O livro conta com várias intrigas e conspirações, que deixam a trama mais instigante, e também não faltou ação. Além disso, o romance contribuiu muito para que a leitura ficasse mais envolvente, principalmente devido ao carisma dos protagonistas.
Normalmente, não gosto de livros de fantasia que dão muito destaque ao romance. Porém, nesse caso funcionou muito bem. O casal é carismático e os conflitos entre eles estão diretamente ligados com as questões políticas e os conflitos de interesses dos dois, fazendo com que não se resumissem a problemas bobos de casal. Além disso, foi um dos poucos casos em que eu realmente temi que o casal não fosse conseguir se resolver e isso me prendeu ainda mais na leitura, porque queria saber o que iria acontecer.
Com relação aos personagens secundários, não teve nenhum grande destaque ou algum que me cativou mais. Porém, eles foram importantes na trama e cada um cumpriu seu papel dentro da história. Em especial, a Essie foi determinante para que eu me apegasse tanto à Roa, pois me ajudou a compreender o luto e a dor dessa personagem.
Já sobre a escrita de Kirsten Ciccarelli, como eu já mencionei, senti uma grande evolução em relação ao primeiro livro. Aqui não tem muita enrolação e a trama se desenvolve com mais agilidade. Os personagens foram mais desenvolvidos e achei que ela encontrou um bom equilíbrio entre fantasia, ação, romance e um pitadinha de drama.
Minhas únicas ressalvas são o fato de que, novamente, senti que a autora teve dificuldade ao escrever as cenas de ação. Embora elas não sejam tão confusas quanto as do primeiro livro, ainda achei difícil visualizar o que estava acontecendo em alguns momentos e em outros senti que tudo aconteceu muito rápido. Aliás, o final foi novamente um problema por causa disso. Achei apressado e algumas coisas não ficaram tão claras ou amarradas quanto deveriam.
No entanto, mesmo com essas ressalvas, A rainha aprisionada foi uma boa surpresa. Me envolvi completamente com a leitura e me apeguei à Roa e ao Dax como não esperava que fosse acontecer. Gostei de ver a evolução dela e o modo como ele vai mostrando sua força ao longo do livro. O romance ganhou minha torcida desde o início e deixou a leitura ainda mais encantadora.
Para quem gosta de uma fantasia leve e com boas doses de aventura e romance, A Rainha Aprisionada se mostrará uma boa leitura. Kirsten Ciccarelli conseguiu se aprofundar mais no universo que criou e trazer uma trama mais envolvente e dinâmica. Fiquei muito satisfeita de ter dado uma segunda chance para essa série e por finalmente ter conseguido me envolver com o universo e os personagens criados pela autora.
Mas agora quero saber a opinião de vocês. Quem já leu A Rainha Aprisionada ou o seu antecessor? Quero muito saber a opinião de vocês, então, me contem aí nos comentários.

Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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