Autora: Genevieve Cogman
Editora: Morro Branco
Páginas: 367
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Eu
tinha prometido para mim mesma que este ano não começaria a ler outra série que
não estivesse concluída. Motivo? Não aguento mais ficar ansiosa esperando as
editoras lançarem as continuações. Então queria pegar apenas livros únicos ou
que todos os volumes já tivessem sido publicados para poder ler em sequência,
sem ficar sofrendo com a curiosidade. Mas aí veio a Editora Morro Branco e na
sua primeira publicação trouxe um livro tão lindo, que não teve como resistir e
lá fui eu começar uma nova série.
Estou
me referindo ao livro a Biblioteca
Invisível, da autora Genivieve Cogman, que é o primeiro de uma série. Como
eu havia dito, este foi o lançamento da Editora Morro Branco e acredito que
eles não poderiam ter começado melhor. A edição está incrivelmente linda e a
história é diferente de tudo que já li, misturando fantasia, ficção e aventura.
A
trama gira em torno de Irene, uma espiã que trabalha para a Biblioteca, uma
organização que existe em uma realidade paralela ao tempo e ao espaço e que
guarda livros e manuscritos encontrados em diversas realidades. A história
começa quando Irene recebe a missão de recuperar um livro especial em um dos
alternativos de Londres. Quando chega a esta dimensão acompanhada de seu
enigmático assistente, Kai, ela descobre que não é a única em busca do livro e
que há muito mais perigos envolvidos do que ela imaginava a princípio.
Só
por esta breve sinopse dá para ver o universo em que a trama se passa é
extremamente complexo, por envolver várias realidades paralelas e uma noção de
tempo muito diferente da convencional. Confesso que, no começo, foi um problema
para mim, pois tive dificuldade de compreender o funcionamento daqueles mundos
apresentados e da organização onde Irene trabalha, a Biblioteca. Isso fez com
que eu demorasse um pouco a me envolver com a leitura. Por outro lado, depois
que me acostumei, esse universo ser tão diferente acabou sendo positivo por sua
originalidade.
Outra
coisa que gostei bastante neste livro é as várias referências que ele faz a
outras obras importantes da literatura, sem cair em clichês ou cópias. Em
especial, lembrei muito de Sherlock Holmes enquanto lia pelo clima de mistério
e investigação. Além disso, também senti um pouco de A volta ao mundo em 80 dias, de Jules Verne, apesar de não ter
nenhuma referência clara a ele.
Os personagens também se mostram aspectos posítivos do livro, sendo cativantes e bem
construídos. A Irene é uma protagonista muito forte, mas também cheia de
falhas, o que a torna mais humana e facilita a aproximação com o leitor. Já o
Kai é enigmático e instiga a curiosidade, mas também é esperto, leal e com um
humor irônico maravilhoso. Os personagens secundários também são interessantes
e cumprem bem sua função, ajudando a mover a trama. Além disso, a autora soube dosar
o momento certo de ir revelando informações sobre os personagens de modo que os
leitores consigam se importar com eles muito rapidamente, mas ainda sejam
instigados pela curiosidade sobre a verdadeira história de cada um deles.
De
um modo geral, achei que este foi um primeiro livro muito interessante e que
funcionou bem para apresentar este universo tão diferente. Apesar da confusão
causada pelos diferentes alternativos e de ter sentido que algumas coisas
poderiam ser mais explicadas, gostei bastante desta trama e estou realmente
curiosa para ler os próximos livros. Para quem está cansado de ver livros de
fantasia que voltam sempre aos mesmos temas, A Biblioteca Invisível pode se
mostrar uma leitura revigorante, por sua premissa original e sua trama cheia de
aventuras e reviravoltas.
A síntese de uma obra literária é arte difícil,e você a exec
ResponderExcluiruta muito bem!
O livro é fascinante,você o torna ainda mais!
ResponderExcluirOlá, agradeço muito as palavras e o carinho. Fico muito honrada, pois receber elogios de uma pessoa com tamanha bagagem literária é maravilhoso. Fiquei realmente muito feliz e considero um estímulo para seguir aprimorando.
ExcluirUm grande abraço!