Toda vez que eu vejo um livro sendo muito
elogiado, eu prometo para mim mesma que não vou criar expectativas. E venho
falhando miseravelmente nessa promessa. Por isso, não é surpresa que, desde que
A Ponte entre Reinos foi anunciado,
minha expectativa aumentava a cada dia. A premissa me conquistou imediatamente
e os comentários que vi só aumentaram a curiosidade.
Primeiro volume de uma série, A Ponte entre Reinos é uma fantasia
repleta de romance, segredos e intrigas que já chegou no Brasil chamando a
atenção pelos elogios que recebeu lá fora. E como eu jamais resistiria a uma
combinação como a que esse livro apresenta, é claro que eu já estava ansiosa
para iniciar a leitura e descobrir o que ele tem de tão especial.
Agora, eu finalmente consegui incluí-lo
nas minhas leituras e vou poder comentar com vocês como foi a experiência. Será
que A Ponte entre Reinos foi tudo
que eu esperava?
Autora:
Danielle L. Jensen
Editora:
Seguinte
Tradução:
Guilherme Miranda
Páginas:
416
Classificação: +16 anos
Onde
comprar: Amazon
Sinopse:
No primeiro volume desta aguardada série
de fantasia, uma princesa vive um romance ardente com aquele que jurou
destruir. Lara é uma princesa treinada para ser uma espiã letal. Ela tem
duas certezas: 1) o rei Aren de Ithicana é seu maior inimigo; 2) ela será a
responsável por destruí-lo. Por ser a única rota possível num mundo assolado
por tempestades, a ponte de Ithicana gera poder e riqueza ― e a miséria dos
territórios vizinhos, entre eles a terra natal de Lara. Então, quando é enviada
para cumprir um acordo de paz e se casar com Aren, Lara está decidida a
descobrir todas as fraquezas desse reino impenetrável. Mas, conforme se
infiltra em seu novo lar e entende o preço que Ithicana paga para manter o
controle da ponte, Lara começa a questionar suas convicções. E, quando seus
sentimentos por Aren passam da hostilidade para uma paixão intensa, ela terá de
escolher qual reino vai salvar ― e qual vai destruir.
Em A Ponte entre Reinos, a protagonista
Lara é uma princesa criada para ser uma espiã. Ela e suas irmãs foram isoladas
ainda crianças e passaram a vida treinando para se tornarem letais. Elas foram
ensinadas desde pequenas a verem Ithicana – o reino que detém o controle de uma
ponte fundamental para os territórios próximos – como o inimigo a ser
destruído. Enquanto Ithicana detém riqueza e poder por controlar a ponte, os
demais reinos – incluindo o de Lara – sofrem com a miséria.
Então, quando é enviada para se casar com Aren, o rei de Ithicana, Lara tem apenas uma missão: reunir informações que permitam ao seu país destruir aquele reino. Mas, conforme tenta conquistar a confiança de seu marido e do povo dele, Lara começa a questionar tudo que sempre foi ensinada. E à medida que seu coração começa a se abrir para Aren, Lara terá que escolher de qual lado irá ficar.
Quando comecei a ler A Ponte entre Reinos, foi fácil entender o motivo para as pessoas
terem se envolvido tão facilmente com a leitura. A escrita da autora é fluida e
muito direta, prendendo a atenção do leitor com facilidade. Além disso, ela
criou um mundo realmente fascinante e que instiga o leitor a querer saber cada
vez mais. Além das intrigas e dos conflitos políticos, que por si só já são
interessantes, Ithicana é um reino encantador e que tem uma estrutura muito
diferente. Confesso, que rapidamente eu estava rendida por esse reino e já
tinha escolhido meu lado na disputa.
Outro ponto que foi fundamental para que
eu me envolvesse com a leitura foi o Aren. Ele é um personagem que conquista no
momento em que aparece e fui me apegando mais a ele a cada página. Apesar do ar
misterioso que ele exibe no início, logo vemos que é um personagem cheio de
camadas e que carrega um fardo muito grande. Confesso que meu desejo era
colocá-lo em um potinho e proteger do mundo.
Mas
aí vocês devem estar pensando que, como todo mundo, eu fiquei completamente
rendida por esse livro né? Mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu. E
o motivo tem nome: Lara. Desde o princípio ficou claro que a autora teve a
intenção de trazer uma protagonista badass, inteligente, estrategista e que
sabe luar como ninguém. O problema é que ela mirou na Celaena, de Trono de Vidro, e acertou na Poppy, de De sangue e cinzas. E o pior, em nenhum
momento ela consegue transmitir nem a força, a inteligência e o humor afiado da
Celaena, e muito menos o carisma da Poppy. Lara acabou se mostrando uma
personagem sem graça e que se torna mais irritante ao longo do livro, com suas
atitudes sendo cada vez menos justificáveis.
Admito que minha irritação com a Lara
prejudicou bastante a minha experiência. E confesso que só não abandonei a
leitura por causa do desenvolvimento ágil da trama, o carisma dos demais personagens
e a boa construção do universo. A autora soube desenvolver a história de uma
forma que, por mais que fosse previsível e a protagonista atrapalhasse, eu
ainda sentia vontade de saber mais sobre aquele mundo e ver o que aconteceria a
seguir.
De um modo geral, consigo entender o apelo
de A Ponte entre Reinos e acredito que ele tinha potencial para ser um livro
excelente. Mesmo com uma protagonista tão insossa e mal desenvolvida, ainda foi
uma leitura instigante, que fluiu bem e trouxe elementos muito cativantes. Passou
longe de atender às minhas expectativas, mas ainda pretendo retornar a esse
universo tão interessante para descobrir o que vai acontecer com o Aren.
E vocês, já leram A Ponte entre Reinos?
Gostam de fantasias com romance? Me contem aí nos comentários.