Sabem quando a gente começa um livro sentindo
que vai amar e ele ainda consegue superar as expectativas? É raro, mas
acontece. E foi o que aconteceu comigo quando li O beijo da neve, da Babi A.
Sette, publicado esse semestre pela Verus Editora.
Desde que eu soube desse lançamento,
fiquei muito empolgada. Além de uma capa linda, o livro traz elementos que não
consigo resistir: inimigos que se apaixonam, opostos que se atraem e,
principalmente, personagens que são patinadores artísticos. Eu sou apaixonada
por esse esporte e fiquei muito animada com a perspectiva de ver um pouquinho
desse mundo sendo abordado no livro.
Então, vocês já podem imaginar o quanto as
expectativas estavam altas por aqui. E hoje vim contar como foi a minha experiência
com O beijo da neve e o motivo para ter amado ainda mais do que esperava.
Autora:
Babi A. Sette
Editora:
Verus
Páginas:
392
Onde
comprar: Amazon
Sinopse: “Nina é uma jovem patinadora que ficou afastada das pistas por questões familiares. Agora, ela se vê diante do desafio de retornar às competições, dividindo seu tempo entre treinos intensos e trabalhos que paguem as contas. As coisas ficam ainda mais complicadas quando o patinador olímpico Elyan Kane ― um cara frio e intenso, que desapareceu por cinco anos, após a morte trágica de sua parceira no esporte ―, surge com uma proposta irrecusável para Nina. O que Elyan não sabe ― e, se depender de Nina e dos deuses hindus e irlandeses de suas avós, nunca saberá ― é que na adolescência ela nutria uma paixão platônica por ele. E que o primeiro encontro entre os dois resultou em uma enorme desilusão para a garota. Apesar das emoções conflitantes, Nina não pode perder a oportunidade de perseguir seus sonhos na patinação, mesmo que isso signifique lidar com a presença irritante de Elyan e com aqueles olhares longos e penetrantes, que vêm fazendo uma bagunça em seu coração. Entre as fascinantes auroras boreais do Canadá, um castelo com fama de mal-assombrado e as pistas de patinação, eles enfrentarão obstáculos, medos e sentimentos contraditórios. E tentarão provar que a paixão ― pela patinação e talvez por alguém que está bem ao lado ― pode superar qualquer adversidade.
Em O beijo da neve, acompanhamos a Nina,
uma patinadora artística que precisou interromper a carreira há alguns anos para
cuidar da irmã. Agora, ela busca voltar para as competições, mas sabe que não
será um caminho fácil, especialmente tendo que equilibrar o tempo entre os
treinos e trabalhos que a ajudem a pagar as contas.
No entanto, sua grande chance surge de uma proposta inesperada de Elyan Kane, um patinador olímpico que abandonou o esporte e se mantém longe dos holofotes desde então. Ele foi o maior crush de Nina na adolescência, mas também o responsável por partir o coração dela (mesmo que sem saber disso).
Agora, ela precisará deixar seus sentimentos conflitantes de lado e aproveitar a chance que ele oferece. O problema será conseguir lidar com a presença constante dele sem permitir que as emoções falem mais alto – nem a mágoa pelo passado e nem a forte atração que sente pelo misterioso e irritante patinador.
O beijo da neve é aquela leitura que
conquista a gente logo nas primeiras páginas e se torna impossível de largar. E
não faltam motivos para deixar o leitor envolvido com essa história. Começando
por Nina, uma protagonista que transborda carisma e que faz com que a gente realmente
se importe se ela vai conseguir realizar seu sonho de voltar a competir.
Ela é uma personagem alegre, otimista e
que demonstra uma gentileza imensa, além de uma dedicação inabalável com as
pessoas que ama. Além disso, é muito bonito ver o amor que Nina tem pelo
esporte e como ela se esforça para voltar a competir. É uma protagonista que
não conquista apenas a nossa simpatia, mas também a nossa admiração.
E para uma mocinha tão incrível, é óbvio
que mocinho não poderia entregar menos né? E o Elyan entrega absolutamente
tudo. Ele me conquistou desde o início, porque eu não resisto a um mocinho frio
e reservado com passado sombrio (não me julguem rsrs). Mas não se preocupem que
ele passa longe do estereótipo de mocinho frio e babaca que muitas vezes
encontramos.
Mesmo tendo clara dificuldade de lidar com
as pessoas – principalmente com a Nina e sua personalidade expansiva – é nítido
desde o início que ele não quer magoar ninguém e se esforça para evitar que
isso aconteça. Além disso, à medida que vamos conhecendo seu passado e o peso
que ele está carregando, é muito compreensível o motivo para ter se mantido
isolado por tanto tempo. A minha vontade era entrar no livro e proteger o Elyan
do mundo.
E, tendo me apegado tanto aos
protagonistas, não preciso nem dizer que torci muito por esse casal. Não só por
ter me apegado aos dois individualmente, mas por ver o quanto eles combinavam e
faziam bem um ao outro. Nina desperta o melhor de Elyan e é lindo ver como ele
vai aprendendo a demonstrar mais seus sentimentos e deixar as pessoas entrarem na
sua vida a partir da convivência com ela. Por outro lado, ele dá o impulso para
que Nina volte a acreditar em si mesma e vá atrás dos seus sonhos.
Mas não pensem que só os protagonistas me
conquistaram não. Os personagens secundários de O beijo da neve são tão
apaixonantes quanto. A Nina tem um melhor amigo maravilhoso e uma família
grande, incrível e muito unida, daquelas que a gente sente vontade de se juntar
a eles no jantar. Além disso, tem duas crianças na história que trazem uma dose
considerável de fofura e conquistaram meu coração.
Com relação à trama, gostei de como a Babi
trouxe cada elemento da história na medida certa. O romance é construído aos
poucos, bem slow burn mesmo, mas em nenhum momento senti que ela estava
enrolando. Pelo contrário, tudo acontece no momento certo e de forma convincente.
Além disso, a parte da patinação artística e outros conflitos individuais dos
personagens tiveram seu devido espaço dentro da história e ajudaram a tornar a
trama ainda mais interessante.
Minha única ressalva é relativa a uma
questão específica do passado do Elyan que, apesar de importante, ficou meio
jogada na história. Acredito que faltou desenvolver um pouco mais essa parte,
tanto no que se refere ao que tinha acontecido antes quanto à forma como foi
resolvida no final. Senti que a Babi correu um pouco nesse ponto e acabou não
me convencendo muito.
No entanto, nada tirou o brilho dessa
leitura. O beijo da neve entrega uma trama delicada, divertida e tocante. Foi realmente
impossível não me apaixonar por esses personagens e pela trajetória deles.
Terminei a leitura já com saudade, mas também com o coração quentinho e cheio
de amor por essa história.
E vocês, já conheciam O beijo da Neve? Já
leram outros livros envolvendo patinação artística? Me contem aí nos
comentários.
Olá,
ResponderExcluirQue premissa interessante. Acho que está meio que em alta comédias românticas com esporte né, estou vendo vários por aí, nunca li nada com patinação no gelo mas realmente é um esporte legal para esse tipo de história. Pela capa não leria, mas sua resenha tá com tanta emoção que dá até vontade.
Ahhhh, que delícia ser surpreendida tão positivamente com uma leitura assim. Ainda mais quando já se estava com certa expectativa. Eu adorei a capa. Apesar de não ser o tipo de livro que me chame a atenção, ou que provavelmente lerei, é bem difícil não se render a um enemies to lovers!! Fiquei feliz por você ter se realizado.
ResponderExcluirParabéns pela resenha. Beijocas!
tive essa mesma sensação lendo a biblioteca da meia noite, comecei sabendo que ia gostar mas a cada página eu me surpreendia mais e mais. sobre o livro eu gostei da parte que você diz que ela cria o romance de modo ponderado, cuidadoso mas sem enrolação, dá uma sensação de mais crivel né?
ResponderExcluir