Oi, pessoal! Tudo bem com vocês? Para
começar o final de semana bem, hoje eu vim falar sobre uma das minhas leituras
mais recentes e que foi o livro mais comentado de 2019: Os sete maridos de Evelyn Hugo, da Taylor Jenkins Reid. Ele esteve
presente em praticamente todas as listas de favoritos de 2019 que eu vi no ano
passado e chegou meu momento de descobrir o motivo de tanto sucesso.
Para quem não sabe, Taylor Jenkins Reid é
a mesma autora de Daisy Jones and The Six,
que também foi muito comentado ano passado e foi uma das minhas leituras
favoritas de 2020, até aqui. Aliás, ainda não postei resenha de Daisy Jones aqui, mas já tem lá no
instagram (aqui).
Mas sobre Os sete maridos de Evelyn Hugo, com tantos comentários positivos e
tendo gostado tanto de outro livro da autora, não preciso nem dizer que minhas
expectativas estavam altas né? Então, chegou meu momento de contar para vocês
se as expectativas foram atendidas.
Autora:
Taylor Jenkins Reid
Editora:
Paralela
Tradução:
Alexandre Boide
Páginas:
360
Comprar:
Amazon
Sinopse: “Com todo o esplendor que só a Hollywood do século passado pode oferecer, esta é uma narrativa inesquecível sobre os sacrifícios que fazemos por amor, o perigo dos segredos e o preço da fama. Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes ― seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido… pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história ― ou sua “verdadeira história” ―, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso ― e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas.
Monique Grant é uma jornalista iniciante
que sonha em ter uma boa oportunidade para subir na carreira, enquanto tenta
lidar com o fracasso do seu casamento que caminha para um divórcio. E essa
grande oportunidade chega de repente. Evelyn Hugo, que já foi a queridinha de
Hollywood, decidiu dar sua primeira entrevista em anos e exigiu que esta fosse
feita por Monique.
Porém, o que parecia ser uma simples
entrevista se mostrou uma oportunidade muito melhor. O que Evelyn realmente
desejava era que Monique escrevesse sua biografia, contanto toda a verdade
sobre sua vida. Assim, ela estava a disposta a falar sobre sua trajetória no
cinema, seus sucessos e fracassos, seus erros, seus sete casamentos e, até
mesmo, revelar quem foi seu grande amor. Ela contaria absolutamente tudo e
caberia a Monique escrever a verdade.
Mas por que escolher uma jornalista
desconhecida para algo tão importante? Isso, Evelyn só contaria quando
terminasse de contar sua história. E que história! Não faltaram emoções na vida
dessa estrela que abalou Hollywood.
Que livro, gente, que livro! Eu poderia
resumir essa resenha apenas com “Evelyn Hugo é tudo para mim. Leiam esse hino.
Fim”. Porém, vou falar exatamente o que achei dessa leitura, pois não faltam
aspectos a serem comentados. Mas, não se preocupem que essa resenha é livre de
spoilers.
Um dos aspectos que me deixaram mais
curiosa para ler Os sete maridos de Evelyn Hugo é o fato da protagonista ser
uma estrela de cinema. E a autora foi impecável nesse sentido. Apesar de Evelyn
Hugo ser uma personagem fictícia, é possível perceber na história que a autora
fez um ótimo trabalho de pesquisa para retratar o que ficou conhecido como a
Era de Ouro do cinema.
Assim, durante boa parte do livro, temos
como pano de fundo a Hollywood dos anos 1950, 1960 e 1970 e essa
contextualização foi muito real. A autora aborda o glamour das estreias e das
premiações, mas também as disputas entre estúdios, a rivalidade entre as
atrizes, as puxadas de tapete e, principalmente, a forma como as mulheres eram
tratadas, sendo sempre julgadas e rotuladas. E, para quem é apaixonado por
cinema, é impossível não ficar fascinado com isso.
“Eu estava sendo preparada para ser duas coisas opostas, uma figura complicada, difícil de dissecar, mas fácil de gostar. Era para ser ingênua e erótica ao mesmo tempo. Como se eu fosse complexa demais para me preocupar com as ideias pouco complexas que as pessoas faziam de mim.”
Mas, além de uma ambientação muito bem
feita, o que destaca esse livro é o quanto seus personagens são reais.
Começando com a Monique, que é o elo entre o leitor e a Evelyn Hugo. Apesar de
não ser o centro da história, ela tem o próprio arco e se mostrou uma
personagem muito humana. O contexto da vida dela, sofrendo por um casamento que
está chegando ao fim, a insatisfação com a carreira e o próprio fascínio que ela
sente ao conhecer uma estrela de Hollywood são fatores que deixam essa
personagem mais real, mais próxima do leitor.
Porém, é claro que o centro do livro é
mesmo a Evelyn Hugo e eu preciso dizer que terminei a leitura lamentando muito
ela não ser uma pessoa real, porque eu adoraria ver muitos filmes com ela. Que
personagem completamente fascinante. Provavelmente, uma das mais bem
construídas que já li. Longe de ser uma mocinha perfeita e sem erros, Evelyn
Hugo poderia facilmente ter soado como uma vilã, se a autora não fosse tão
habilidosa na sua construção.
“Sempre achei fascinante a maneira como as coisas podem ser simultaneamente verdadeiras e falsas, como o mesmo indivíduo pode ser bom e ruim, como alguém pode amar de uma forma linda e altruísta e ainda assim ser implacável na hora de arrancar o que quer da pessoa amada.”
Extremamente franca, Evelyn narra sua
história para Monique contato tudo: suas conquistas, seus amores, sua ascensão
na carreira, mas também tudo que fez para alcançar seus objetivos, as pessoas
que magoou e os erros que cometeu para proteger quem ama. Várias de suas
atitudes foram questionáveis, mas é possível enxergar nela uma pessoa real, com
qualidades e defeitos, que errou, acertou, amou, sofreu e foi feliz, e que
nunca fugiu das consequências de suas atitudes. Além disso, como temos a
perspectiva da Evelyn já aos 79 anos contando sua própria história, encontramos
uma personagem mais madura e que tem consciência de todos os seus atos.
Assim, não preciso nem dizer que foi
fascinante acompanhar a vida de Evelyn Hugo. E, acreditem ou não, apesar da
história de cada um dos sete casamentos dela ser muito interessante, há muito
mais na jornada dela. Então, eu que estava ansiando para conhecer os romances
dela, me vi muito mais interessada em acompanhar sua carreira, seus medos, como
ela amadureceu ao longo dos anos e as escolhas que precisou fazer.
Mas não se preocupem que não faltam
romances no livro e todos os amores de Evelyn foram muito reais. Amei como a
autora construiu os personagens secundários e soube demonstrar a importância
deles na vida da protagonista. Ninguém aparece no livro sem um motivo e todos
são personagens muito críveis. Além disso, é um livro com muita
representatividade e isso foi inserido de maneira muito natural na trama e
trouxe questionamentos muito importantes.
“‘Não é conveniente’, Harry continuou, ‘que num mundo onde os homens ditam as regras a coisa mais presada seja a que representa maior ameaça? Imagine se todas as mulheres solteiras do planeta exigissem alguma coisa em troca de seus corpos. Vocês seriam as donas do mundo. Um exército de pessoas comuns. Só homens como eu teriam alguma chance contra vocês. E isso é a última coisa que esses cretinos querem: um mundo comandado por gente como eu e você.’”
Com relação à trama, achei que a autora
soube desenvolvê-la de modo a instigar o leitor a continuar conhecendo a
história de suas protagonistas. Eu ficava simplesmente vidrada para saber mais
sobre o passado da Evelyn e amei acompanhar o amadurecimento da Monique. Além
disso, as reviravoltas são inseridas no momento certo e funcionam perfeitamente
dentro da trama.
E, sobre a escrita da autora, não preciso
nem comentar, né? Taylor Jenkins Reid definitivamente entrou para a minha lista
de autores favoritos, daquelas que eu compro até a lista de supermercado se ela
decidir publicar. É uma escrita fluida, que envolve o leitor do início ao fim,
mas também cheia de sensibilidade e emoção. Me emocionei em todos os livros
dela que eu li, sempre em momentos que eu não estava esperando, e Evelyn Hugo
sem dúvida foi o que mais mexeu comigo.
O que me resta dizer é que Os sete maridos de Evelyn Hugo foi uma
leitura fascinante e emocionante, com uma história diferente de tudo que já e,
ao mesmo tempo, personagens muito reais e humanos. É um livro que vai muito
além do que está na sinopse e proporciona uma jornada única para o leitor.
Taylor Jenkins Reid traz uma montanha-russa de emoções e, se tem uma coisa que
eu garanto, é que é impossível ficar indiferente à história de Evelyn Hugo.
Lembrando que se vocês quiserem comprar esse ou qualquer outro livro na Amazon, comprando pelo link que eu disponibilizo, vocês ajudam o blog com uma pequena comissão que não interfere no valor da sua compra. Então, quem puder utilizar esse link para as compras na Amazon, está ajudando a manter o Dicas de Malu.
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