Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Maggie Smith, Alan
Rickman, Robie Coltraine, Richard Harris
Direção: Chris Columbus
Nacionalidade: Reino Unido/ EUA
Em
1999, a escritora britânica J. K. Rowling vendeu os direitos dos quatro
primeiros livros da série Harry Potter para a Warner Bros. No ano 2000, o
elenco escolhido foi anunciado e as filmagens começaram. Esses foram os
primeiros passos de uma série que marcou a história do cinema.
Como
parte do especial Harry Potter, além das resenhas dos livros, todo mês falarei
de um dos filmes da série no Das páginas para o cinema. Assim, como eu já falei
sobre os dois primeiros livros da série, resolvi falar sobre suas respectivas
adaptações em uma mesma postagem, até por que ambas contam com o mesmo diretor
e têm características muito parecidas.
Uma
confissão que preciso fazer é que, ao contrário de muitos fãs da série, eu
assisti a Harry Potter e a Pedra Filosofal antes de ler o primeiro livro. Mas
uma das coisas positivas que posso falar sobre esse filme é que ali já
identifiquei um pouco da magia presente no universo criado por J. K. Rowling. Para
mim, o maior problema de muitas adaptações de livros é, justamente, não
conseguir transmitir para o cinema a essência da história original. Felizmente,
isso não aconteceu nos filmes de Harry Potter.
Em
Harry Potter e a Pedra Filosofal somos apresentados junto com Harry ao mundo
mágico. O filme foi pensado em cada detalhe, criando ambientes absolutamente
fantásticos, que encantam o espectador e tornam totalmente compreensível o
olhar fascinado de Harry a cada novidade. Além disso, a trama é bastante fiel ao livro e
preserva o clima lúdico da história original.
O
mérito do filme reside, em grande parte, na escolha do elenco, que foi
absolutamente perfeita. Daniel, Rupert e Emma ficaram tão bem no papel do trio
principal, que já não consigo ler os livros de Harry Potter sem imaginá-los. Além
disso, é visível o cuidado da produção na escolha do restante do elenco, que
inclui grandes nomes do cinema britânico como Maggi Smith, e os saudosos Richard
Harris (intérprete de Alvo Dumbledore nos dois primeiros filmes) e Alan
Rickman. Aliás, este último foi provavelmente a melhor escolha do elenco,
responsável por interpretar o personagem mais complexo da série, levando para o
cinema o olhar frio e o sarcasmo característico de Snape, além de conseguir
deixar o espectador sempre em dúvida sobre a sua lealdade.
Já Harry
Potter e a Câmara Secreta mantém a fórmula de sucesso do seu antecessor. O
elenco principal foi mantido e outros atores entraram em novos personagens, em
especial, Kenneth Branagah como o exibicionista professor Gilderoy Lockhart.
Além disso, o filme consegue conciliar muito bem o clima de mistério da
história com momentos de humor e leveza, preservando a inocência infantil do
primeiro longa.
O
que mais gosto nesses dois longas é a maneira leve e divertida com que eles nos
apresentam ao mundo de Harry Potter. São os filmes mais infantis da série,
acompanhando a idade de seu protagonista, mas funcionam muito bem para
apresentar a série e trazer para o cinema algumas das características marcantes
da obra de J. K. Rowling: um universo fantástico e rico, com personagens
interessantes e uma trama envolvente.