Como
hoje é o Dia das Mães, resolvi fazer uma pequena homenagem a esta data especial
listando as mães da literatura que mais me marcaram. Na ficção, são vários
os casos de mães que se destacam por sua coragem, seu amor pelos filhos, pelo
seu jeito carinhoso ou por sua força, então, destaquei algumas que eu mais
admiro.
Para
começar, não podia ser outra que não Molly Weasley, da série Harry Potter. Além
de criar com dificuldade os seus sete filhos, a senhora Weasley ainda adota
Harry como um filho, se preocupando com sua alimentação e garantindo que ele
receba presentes no Natal (o mesmo suéter que os outros Weasley ganham). Molly
é uma mãe atenciosa e amorosa, mas que vira uma verdadeira guerreira quando se
trata de proteger seus filhos. Impossível não admirar a generosidade e a força
dessa personagem.
Outra
mãe da literatura que me marcou muito é a sra. Bennet, de Orgulho e
Preconceito. Se trata de uma personagem muito imprudente e, na maior parte do
tempo, inconveniente. No entanto, não se pode negar que é uma mãe muito amorosa
e que deseja o melhor para as filhas. Apesar de sua insistência em tentar casar as meninas colocá-la em situações ridículas, no fundo, são apenas o reflexo da preocupação de uma mãe que tem cinco filhas e faz de tudo para garantir o futuro
delas, pois sabe que as garotas não herdarão nada do pai. Em uma época
em que as opções para as mulheres, especialmente daquelas com uma situação
financeira ruim, eram tão limitadas, é bastante compreensível a preocupação da
sra. Bennet em ver as filhas casadas e com o futuro assegurado. Além disso, não
se pode negar que é uma personagem divertida e cativante.
Oh, sim! Nós esperamos um casamento muito vantajoso. |
Quando
li o livro Little Women, de Louisa May Alcott, uma das personagens que mais me
marcou foi, sem dúvida, a Sra. March. Quando seu marido parte para a guerra,
ela se vê sozinha com as quatro filhas tendo que sobreviver em um período de
dificuldades financeiras. No entanto, ela se dedica a cria-las da melhor
maneira possível, não deixando que falte nada a elas e, ainda, encontrando
tempo para ajudar pessoas mais necessitadas. É uma mulher forte e afetuosa, que
se preocupa com as filhas, mas as deixa livres para escolherem o seu futuro.
Uma das coisas que mais gosto, aliás, é o modo como ela incentiva as filhas a
serem elas mesmas e decidirem o que é melhor para suas vidas, sem criticar
quando recusam propostas de casamento vantajosas para seguir um sonho ou escolhem
se casar com um homem pobre.
Mais
recentemente, li a série Os Instrumentos Mortais, da Cassandra Clare, e me
impressionei com a força da personagem Jocelyn Fairchild/Fray, mãe da
protagonista Clary. Em vários momentos, ela me irrita um pouco por tentar
impedir a Clary de entrar no mundo dos caçadores de sombras. Por outro lado,
reconheço que o medo dela é compreensível, considerando todo o seu passado.
Além disso, tem o sofrimento pela perda de seu primeiro filho e a culpa por
acreditar que podia ter feito mais por ele. Assim, Jocelyn acabou conquistando
minha admiração por seu amor pela filha e por sua força e coragem ao tentar protegê-la
de Valentim.
Por
fim, tem a dona Cristiana, mãe da protagonista Fani. Ela é uma personagem teimosa e, na
minha opinião, um pouco fútil, mas não tem como negar o amor que ela tem pela filha.
Seja quase obrigando a Fani a fazer um intercâmbio ou insistindo
para que ela faça faculdade de Direito ao invés de Cinema, tudo o que Cristiana quer é o
que julga ser o melhor para a filha. Talvez o modo como ela interfere na vida
da Fani não seja correto, mas suas intenções são as melhores. A Fani e os seus
irmãos são tudo para dona Cristiana, e ela faz o possível para garantir que eles sejam
felizes.
Bônus: Não quis
colocar na lista duas personagens da mesma série, mas não podia deixar de
mencionar Lilian Potter, mãe do Harry. Apesar de ter morrido quando Harry era
um bebê, a importância de Lily nos livros é enorme. Ela se sacrifica pelo
filho, e esse amor incondicional de mãe muda totalmente o rumo da história. Sem
dúvida, é uma das mães mais marcantes da literatura.
Essas
foram as mães da literatura que mais me marcaram. São mulheres diferentes, mas
que têm em comum a força, a coragem e o amor incondicional pelos filhos. Fica,
então, minha singela homenagem a todas as mães da vida real, que merecem ser
celebradas todos os dias por sua força, determinação, generosidade e profunda
capacidade de amar. Feliz Dia das Mães!