Quem me acompanha aqui deve ter notado que
uma das minhas grandes surpresas do primeiro semestre foi a trilogia Grisha, da
autora Leigh Bardugo. Eu sempre vi muitos comentários sobre esses livros, mas
confesso que minhas expectativas eram um pouco baixas. No entanto, ao contrário
do que eu esperava, me vi apaixonada pelo universo que a autora criou desde o
primeiro livro e minhas expectativas para as continuações aumentaram muito.
Já comentei aqui sobre Sol e Tormenta, o
segundo volume, e agora chegou a hora de falar sobre a conclusão da trilogia.
Ruína e Ascensão traz o desfecho da jornada iniciada em Sombra e Ossos e vocês
podem imaginar o quanto fiquei ansiosa por ele. Será que minhas expectativas
foram atendidas? É isso que vou comentar na resenha.
⚠️ Atenção: essa
resenha não tem spoilers de Ruína e Ascensão, mas, como este é o terceiro livro
da série, tem informações dos livros anteriores.
Autora:
Leigh Bardugo
Editora:
Planeta Minotauro
Tradução:
Eric Novello
Páginas:
336
Onde
comprar: Amazon | Submarino
Exemplar
recebido de parceria com a editora.
Sinopse: “Terceiro volume da trilogia Sombra e ossos, que inspirou a série da Netflix “Não estou arruinada. Eu sou a ruína.” Após o seu embate com o Darkling, Alina Starkov se vê encurralada no subsolo, tentando recuperar as forças para salvar Ravka das garras de seu oponente. Sob a proteção e a vigilância do Apparat, Alina atinge outro status – agora não é somente a Conjuradora do Sol, mas sim uma Santa que carrega em seus ombros a esperança de fiéis que rezam por um futuro mais brilhante. No entanto, invocar a luz nunca foi tão difícil. Com o futuro do país em suas mãos, Alina partirá em busca do terceiro amplificador de Morozova, o mitológico pássaro de fogo, com o objetivo de derrotar o Darkling e libertar Ravka de uma vez por todas. Eletrizante do começo ao fim, Ruína e Ascensão é a conclusão impecável da aclamada trilogia Sombra e Ossos, que inspirou a megaprodução da Netflix.”
Em Ruína e Ascensão, encontramos Alina
muito enfraquecida, após quase morrer em seu confronto com o Darkling. Ela
está sendo mantida escondida no subsolo, em uma rede de túneis e cavernas, mas
agora se encontra sob o controle do Apparat e os fanáticos que a consideram uma
santa. Enquanto isso, o Darkling governa o país com o auxílio de seu perigoso
exército sombrio.
Para derrota-lo, Alina precisa encontrar o
terceiro amplificador e conquistar um poder suficiente para enfrentar o dele.
Porém, para isso, ela precisará sair de seu esconderijo e ir em busca de novas
alianças. Em seu caminho, ela encontrará amigos e inimigos, mas fará
descobertas que mudarão tudo que pensava saber e que a levarão a difíceis
decisões.
Depois de ter me apaixonado pelos dois
primeiros livros da trilogia Grisha, cheguei em Ruína e Ascensão com
muitas expectativas e ansiosa por respostas. E, de certa forma, posso dizer que
fui atendida por Leigh Bardugo, embora não completamente.
Um dos aspectos que mais gostei foi de ver
Alina mais confiante e mais madura. Quando penso naquela menina sem graça do
primeiro livro e que não tinha um propósito definido, foi muito bom ver como
ela se tornou uma pessoa decidida e disposta a fazer o que for preciso. O amadurecimento
dela ao longo foi evidente e me deixou muito satisfeita.
Mas esse desenvolvimento não ficou
limitado à Alina. Nesse livro, finalmente temos a oportunidade de conhecer mais
sobre o passado do Darkling e quais eram as motivações dele. Isso foi muito
importante não só por permitir ao leitor entender como ele se tornou quem é,
mas por trazer mais complexidade a esse personagem que é central na história. Além dele, outros personagens ganham mais
destaque e profundidade, em especial o Nikolai, a Genya e a Zoya.
Com relação ao romance, acredito que ele
continua sendo o maior problema dessa trilogia. O Maly melhora nesse terceiro
volume? Muito. Ele finalmente passa a ter uma participação mais efetiva na
trama e não sufoca tanto a Alina quanto nos primeiros livros. Porém, a química
entre eles é completamente inexistente e a relação acaba atrapalhando os dois.
Além disso, senti que a trama perdeu muito
ritmo em relação aos livros anteriores. Os personagens estão constantemente
fugindo, o que deixou a trama muito repetitiva. Com isso, faltou dinamismo e a
leitura acabou se tornando um pouco arrastada para mim. No entanto, da metade
para o final a autora se recupera e a trama se torna mais envolvente.
E o ritmo mais acelerado para o final se
deve, em grande parte, às grandes revelações e aos confrontos do final. Confesso
que a Leigh Bardugo preparou algumas surpresas que eu realmente não esperava e
gostei muito. Porém, em relação ao desfecho, fiquei com sentimentos
conflitantes. Por um lado, são decisões coerentes e compatíveis com o que vinha
sendo construído desde o primeiro livro. Por outro, não são as escolhas que eu
queria ou que os personagens mereciam. Além disso, em algumas questões ela
optou por soluções muito fáceis e que não me convenceram completamente.
Posso dizer que, de um modo geral, Ruína e
Ascensão é um desfecho que reflete a evolução que foi vista ao longo da
trilogia. Enquanto lia esses livros, eu me encantei com o universo e os
personagens criado por Leigh Bardugo e gostei de ver o quanto a escrita dela
evoluiu. Nesse último volume, não encontrei o desfecho que queria, mas foi um
final coerente e satisfatório. Assim, recomendo a trilogia para quem gosta de
uma fantasia envolvente, com personagens apaixonantes e um universo fascinante.
E vocês, já leram a trilogia Grisha? O que
acharam de Ruína e Ascensão? Me contem aí nos comentários.
olá... vejo muita gente elogiando essa trilogia. fico feliz que tenha gostado do desfecho, embora tenha pontuado uma ou outra coisa que naõ foi tão ok. essa capa tá bem bonita. gostei das cores dela.
ResponderExcluirlegal saber desse desenvolvimento dos personagens, que não se ateve apenas aos protagonistas.
Tschuss
OLá, Malu! TUdo bem?
ResponderExcluirEu tive o prazer de ler essa trilogia por outra editora e agora relendo pelas belíssimas edições da Planeta Minotauro. Gostei da sua resenha e sinceridade, é uma pena que o desfecho não tenha sido aquele que você imaginou ou esperava, mas ao menos foi algo coerente e satisfatório.
Abraços!!
Oi Malu, tudo bem?
ResponderExcluirEu só tinha visto mesmo o primeiro livro dessa trilogia, o "Sombra e Ossos" e muito pouca gente falava dele na ocasião. Até então eu não sabia bem que era o primeiro de três e que o título da trilogia na realidade é "GrishaVerso". Ou é o nome do universo da trama? É que algumas vezes os autores optam por colocar nas séries um nome diferente do título da primeira história.
Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...
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