[Dica da Malu] Minha Vida Mora ao Lado

Sinopse: “Minha mãe nunca ficou sabendo de uma coisa, algo que ela reprovaria radicalmente: eu observava os Garrett. O tempo todo.” Os Garrett são tudo que os Reed não são. Barulhentos, caóticos e afetuosos. São de verdade. E, todos os dias, de seu cantinho no telhado, Samantha sonha ser uma deles, ser da família. Até que, numa noite de verão, Jase Garrett vai até lá e... Quanto mais os adolescentes se aproximam, mais real esse amor genuíno vai se tornando. Contudo, precisam aprender a lidar com as estranhezas e maravilhas do primeiro amor. A família de Jase acolhe Samantha, apesar dela ter que esconder o namorado da própria mãe. Até que algo terrível acontece, o mundo de Samantha desmorona e ela é repentinamente forçada a tomar uma decisão quase impossível, porém definitiva. A qual família recorrer? Ou, quem sabe, Sam já é madura o bastante para assumir suas próprias escolhas? Será que está pronta para abraçar a vida e encarar desafios? Quem você estaria disposto a sacrificar pela coisa certa a se fazer? O que você estaria disposto a sacrificar pela verdade?
Autora: Huntley Fitzpatrick / Editora: Valentina / Páginas: 320 / Comprar: aqui.

Em Minha vida mora ao lado, romance de estreia da autora Huntley Fitzpatrick, conhecemos a jovem Samantha Reed, uma adolescente que tem tudo, mas sonha com a vida da família que vive na casa vizinha à sua. Porém, o livro vai além de um romance adolescente, abordando temas importantes como a família, o amadurecimento, a honestidade e a importância das escolhas que fazemos.

“Minha mãe nunca ficou sabendo de uma coisa, algo que ela reprovaria radicalmente: eu observava os Garrett. O tempo todo.”

Samantha é uma adolescente de 17 anos que mora com a mãe e a irmã mais velha e tem uma vida totalmente controlada. A mãe, Grace, é uma mulher metódica e organizada, que tenta passar essa disciplina para a vida das filhas, enquanto se dedica a carreira política. Tracy, a mais velha, era a mais rebelde e conseguiu escapar do controle materno. Sam, por outro lado, via toda sua vida sendo cuidadosamente planejada pela mãe, sem nunca a contestar.
Contrastando com a rigidez de Grace, a família que vivia na casa ao lado era desorganizada e barulhenta. Os Garretts tinham muitos filhos, mais do que seria aconselhável, segundo Grace, e viviam de um modo que ela desaprovada completamente. Tanto, que proibiu as duas filhas de terem qualquer contato com eles. No entanto, Sam passou anos observando-os de seu esconderijo e imaginando como seria a vida deles, que, apesar de bagunçada, parecia ser feliz e cheia de amor.

“Mesmo antes da família se mudar, era ali que me sentava, pensava e refletia. Mas, depois, era onde sonhava. [...] Era como assistir a um filme mudo, um filme muito diferente da minha vida.”

Tudo muda quando Sam conhece Jase, um dos filhos dos Garrett. A maneira simples e franca do garoto faz com que ela rapidamente se sinta à vontade com ele. Os dois acabam se aproximando e, com isso, ela passa a conviver com toda a família dele. O contraste com a sua própria vida é imediato. A condição financeira da sua mãe faz com que Samantha tenha uma vida muito confortável, enquanto que os Garrett precisam se esforçar para criar os oito filhos. No entanto, o que falta em luxo e conforto na casa deles, sobra em união, amor e carinho. Tudo que falta na vida de Samantha.

“Nossa casa tem todas as novidades, tudo é high tech e incrivelmente limpo. E abriga três pessoas que preferiam estar em qualquer outro lugar”.

A medida que se aproxima dos vizinhos, a menina precisa lidar com o distanciamento cada vez maior da mãe. Grace começa a namorar Clay, um homem ambicioso que está ajudando em sua campanha para reeleição como deputada. Envolvida com o novo relacionamento e com a campanha, Grace participa cada dia menos da vida da filha. Assim, sem o controle constante da mãe, Sam passa a ter liberdade para fazer suas próprias escolhas, que a levam cada vez para mais perto dos Garrett.
Um dos pontos que me encantaram nesse livro foi o desenvolvimento dos personagens, especialmente do casal principal. A autora consegue trazer personagens com qualidades e defeitos, o que contribui para torná-los mais humanos e reais. Isso contribui para torna-los complexos e interessantes, fazendo com que o leitor compreenda seus medos, suas dúvidas e suas escolhas. Em especial, é impossível não sentir empatia pela Sam e entender as razões que a fazem se sentir tão fascinada por aquela família.
O modo como a autora constrói os dois núcleos principais da trama também é muito interessante. A família da Sam é fria, formal e desunida. Mas isso não significa que não exista um vínculo de amor entre ela, a mãe e a irmã. É um relacionamento complexo, permeado por mágoas, medos e cobranças. Já a família Garrett tem uma convivência cheia de amor e união, onde todos têm liberdade para expressar suas opiniões e participar das decisões importantes. No entanto, a vida deles também não é perfeita. O grande número de filhos acaba sacrificando bastante os mais velhos, além de fazer com que a família precise conviver com problemas financeiros.
A história é bastante simples, mas me surpreendeu com a sensibilidade que assuntos importantes foram tratados. O romance entre Samantha e Jase se desenvolve de uma maneira muito cativante, mas está longe de ser o ponto principal desse livro. As reflexões sobre família, amizade e a importância de fazer o que é certo são, para mim, o aspecto mais interessante dessa história, que é ainda beneficiada por personagens cativantes, momentos divertidos e uma trama bem amarrada.
Gostei muito da escrita de Huntley Fitzpatrick. Achei que a autora soube dar um bom ritmo para a história, fazendo com que a leitura seja fluida e gostosa. Além disso, ela conseguiu dosar com competência o clima de romance com os momentos mais sérios e dramáticos.
Com relação à edição, não posso falar muito, porque li em ebook. No entanto, gostei da tradução e não encontrei nenhum erro de revisão durante a leitura. Além disso, acho a capa muito linda e totalmente condizente com a história.

Deste modo, o livro foi o romance leve e divertido que eu imaginava, mas me surpreendeu pelas reflexões que trouxe. Os personagens realmente me cativaram e fiquei feliz em ver o modo como eles amadurecem ao longo da trama. Recomendo Minha vida mora ao lado por ser uma leitura simples, mas também encantadora. 

[Dica da Malu] Três Coroas Negras

Sinopse: “A cada geração na ilha de Fennbirn nascem rainhas trigêmeas: três herdeiras da coroa, cada uma com um poder mágico especial. Mirabella é uma elemental, capaz de produzir chamas e tempestades com um estalar de dedos.  Katharine é uma envenenadora, com o poder de manipular os venenos mais mortais. E Arsinoe é uma naturalista, que tem a capacidade de fazer florescer a rosa mais vermelha e também controlar o mais feroz dos leões. Mas para coroar-se rainha, não basta ter nascido na família real. Cada irmã deve lutar por esse posto, no que não é apenas um jogo de ganhar ou perder: é uma batalha de vida ou morte. Na noite em que completam dezesseis anos, a batalha começa.”                    Autora: Kendare Blake / Editora: GloboAlt / Páginas: 304                                           Comprar: Aqui.

Eu conheci o livro “Três coroas negras” quando ele foi lançado no exterior e fiquei imediatamente apaixonada pela capa (antes de ler a sinopse, confesso). Então, quando a GloboAlt anunciou que iria publicá-lo no Brasil eu fiquei extremamente ansiosa para ler. Primeiro, por ter visto comentários positivos sobre ele. Segundo que, depois de ler a sinopse, imaginei se tratar um livro cheio de ação, com uma sociedade cruel e bárbara, e protagonistas muito fortes, que iriam se rebelar contra essas regras absurdas, quase uma mistura de Jogos Vorazes com A Rainha Vermelha. O que eu encontrei foi bem diferente do que eu esperava, porém, isso não é exatamente ruim.
Neste livro, temos três rainhas, Katherine, Arsinoe e Mirabella, irmãs trigêmeas que, a partir da comemoração do seu aniversário de 16 anos, terão um ano para lutar pelo trono até que apenas uma delas sobreviva e se torne a rainha da Ilha de Fennbirn. Cada uma dessas rainhas pertence a uma espécie de clã daquela sociedade: os envenenadores, os naturalistas e os elementais. Assim, os poderes delas estão associados ao núcleo a que pertencem.
Os envenenadores vêm controlando o trono há várias gerações, o que significa que a pressão em cima da rainha que os representará na competição é enorme. Katherine tem a responsabilidade de manter os envenenadores no poder. No entanto, ela é considerada a mais fraca envenenadora em muitas gerações e nem ela mesma acredita em sua capacidade de vencer as outras irmãs. Por outro lado, o templo elegeu a rainha Mirabella, a elemental, como sua favorita na disputa. Ela é extremamente forte e considerada a grande esperança de afastar os envenenadores do trono. Há ainda a rainha naturalista, Arsinoe, que, apesar de ser considerada tão fraca quanto Katherine, conta com o apoio de amigos leais. Assim a trama é permeada por intrigas e manipulações. Os envenenadores fazem de tudo para se manter no poder.
Mas vocês devem estar pensando que se a trama conta com intrigas, disputas pelo poder e três irmãs com poderes sobrenaturais competindo pelo trono, em que sentido o livro não foi o que eu esperava? A resposta é que nada disso foi desenvolvido com a intensidade e profundidade que eu desejava, nem mesmo as três protagonistas.
O universo da história é complexo, cheio de regras e tradições, que além da divisão entre elementais, envenenadores e naturalistas, ainda tem uma grande disputa por influência entre o conselho, dominado pelos envenenadores, e o templo, liderado pela sacerdotisa Luca. No entanto, demorou mais do que o desejável para que eu conseguisse me situar naquele mundo que a autora estava apresentando e isso me incomodou um pouco. Claro que, ao longo do livro, muitas coisas foram sendo explicadas e eu comecei a entender melhor como aquele universo funcionava. Porém, foi tudo abordado de uma maneira um tanto superficial e que me deixou ainda com muitas dúvidas.
Com relação aos personagens, às três protagonistas são bem diferentes do que eu imaginava. Antes de ler, eu tinha certeza que uma delas seria muito mais digna do trono do que as outras, facilitando a minha torcida. No entanto, a autora me surpreendeu apresentando três personagens que possuem virtudes e defeitos, tornando difícil dizer qual delas mereceria mais vencer. 
Em especial, gostei muito do arco da Katherine e da Mirabella durante a história. Katherine provavelmente teve a infância e adolescência mais difícil das três, e é fácil identifica-la como a mais frágil. No entanto, ela evolui ao longo do livro e acabou me surpreendendo. Já a Mirabella tinha tudo para ser uma personagem insuportável, cheia de si por ser a única das três que tem realmente um dom, mas ela não é. Na verdade, ela tem sentimentos conflituosos, é pressionada pelas expectativas que as outras pessoas depositaram nela e se vê constantemente dividida entre o dever e o que deseja para si, o que acaba atraindo a simpatia do leitor.
A Arsinoe também é uma personagem interessante e que tem qualidades que a tornam tão digna do trono quanto suas irmãs. Ela tem uma personalidade forte e não fica se lamentando o tempo todo por seu dom não ter se manifestado ainda e vai procurar maneiras de sobreviver. No entanto, ela acaba sendo um pouco ofuscada por outra personagem, sua amiga Jules, o que prejudicou um pouco seu desenvolvimento na história.
Com relação aos personagens secundários, são muitos e confesso que tive dificuldade para guardar o nome de todos, porém, alguns merecem destaque: Jules, a amiga de Arsinoe; Luca, a sacerdotisa; e Nathália, a líder dos envenenadores e responsável pelo treinamento de Katherine. Jules, se destaca pela coragem e lealdade à Arsinoe (embora tenha me irritado com um comportamento infantil em muitos momentos); já Luca e Nathália são mulheres muito fortes e inteligentes, que sabem jogar muito bem quando o assunto é poder.
No entanto, apesar de ter gostado dos personagens que citei, não posso deixar de mencionar alguns problemas. O primeiro deles é, justamente, a grande quantidade de personagens em um livro tão curto. Muitos deles foram pouco explorados e, como consequência, eu não conseguia me conectar com eles. Além disso, senti falta de uma construção mais elaborada da personalidade e dos conflitos de quase todos os personagens, mesmo aqueles com um destaque maior na história.
Por outro lado, não posso deixar de destacar o papel das mulheres em Três Coroas Negras. Vocês devem ter reparado que eu não citei nenhum personagem masculino até agora. Isso é porque as mulheres realmente dominam esse universo. São três rainhas disputando o trono, quem as treina e defende são outras mulheres, e quem controla o templo é a sacerdotisa Luca. Não que não tenham personagens masculinos, porém, eles têm um papel bem menor na história. E, considerando que a maioria dos livros de fantasia é dominado por homens, essa é uma mudança muito bem-vinda.
No que se refere à trama, a autora dedicou a maior parte do livro a apresentar as três protagonistas e o universo em que a história se situa. Isso foi bom no sentido de que me permitiu conhecer melhor e entender como funcionava aquela sociedade e o que estava em jogo. Por outro lado, prejudicou um pouco o ritmo da leitura, pois a maior parte da ação se concentrou no final.
Quanto à edição da GloboAlt, eu achei visualmente linda. Para começar, a editora optou por manter a capa original, o que achei uma ótima escolha. As páginas são amareladas e a diagramação e tamanho da fonte estão muito bons. Além disso, no começo de cada capítulo há o símbolo de cada rainha, ajudando a identificar qual será a perspectiva mostrada naquele momento. Sei que isso é só um detalhe, mas eu achei que valorizou a edição. Os únicos pontos negativos é que passaram alguns erros de revisão e, no meu exemplar, algumas páginas vieram com as letras um pouco desbotadas, dificultando um pouco a leitura.
De um modo geral, eu esperava mais de Três Coroas Negras, porém, não é uma leitura que eu tenha me arrependido ou que não recomende. Há alguns problemas, porém, a premissa ainda é muito boa e há elementos que tornam o livro interessante. Além disso, cabe lembrar que este é apenas o primeiro volume de uma série, então, ainda há muito a ser explorado. Destaco também que o desfecho é muito bom e levou a trama para um rumo que eu realmente não esperava, abrindo um ótimo gancho para o próximo livro, que, com certeza, deverá ter muito mais ação. Assim, é uma leitura que eu indico para quem gosta de fantasia e que queira se aventurar em um universo realmente diferente.
Agora, quero saber de quem já leu o que achou do livro e se também achou diferente do que tinham imaginado a princípio. E, quem não leu, me conta aí nos comentários se tem vontade de ler.

Lançamentos de Maio - Galera Record

Hoje eu venho trazer aquele post lindo, que faz as listinhas de desejados de vocês aumentar bastante: os lançamentos de maio da Galera Record. Os lançamentos desse mês estão incríveis e acho que vão agradar especialmente os fãs de romance e de fantasia. Ficou curioso? Dá uma olhada nas sinopses abaixo.

Os quatro cavaleiros (Vol. 1 Riders) – Verônica Rossi        Sinopse: “Nada além da morte pode impedir Gideon Blake de conquistar seu objetivo de se tornar um soldado americano. Bem, o problema é que ele morreu. Por algum tempo. Enquanto se recupera do acidente que deveria ter sido fatal, Gideon nota que seus ferimentos estão cicatrizando muito rapidamente. É um milagre. Se você considerar um milagre o fato de se tornar um dos quatro cavaleiros do apocalipse. Gideon é Guerra. E ele precisa se unir aos outros cavaleiros, Fome, Morte e Peste, para, juntos, proteger uma chave que a Ordem quer ter em mãos para abrir as portas de um reino infernal na Terra, ameaçando escravizar todos os humanos”
Páginas: 350 / Comprar: Aqui.

Time humanos – Justine Larbalestier e Sarah Rees Brennan Sinopse: “Mel nunca gostou de vampiros. A ideia de se transformar em alguém que não está nem vivo, nem morto lhe dá calafrios. Vampiros perdem a capacidade de sorrir, param de ter sentimentos... Isso sem falar que durante a transformação, se as coisas derem errado, você se torna um zumbi. E aí eles matam você. É um risco grande demais! Quando a melhor amiga de Mal, Cathy, e Francis Duvaney se apaixonam, a garota fica apavorada. Francis é arrogante, formal, metido a esperto e esplêndido demais. E quando começa a suspeitar de que Francis está usando Cathy num plano que não tem nada a ver com amor, Mel passa a dedicar seus dias a desvendar a verdade por trás do vampiro, e fazer sua amiga enxergar que aquele é um amor sem futuro, sem jeito, abominável...
Páginas: 352 / Comprar: Aqui.

Londres é nossa! – Sarra Manning                                         Sinopse: “Sunny sempre foi um pouco ingênua, até meio molenga. Mas quando recebe a foto de seu namorado beijando outra garota em seu celular, ela sabe exatamente o que fazer: encontra-lo e terminar tudo. Só que... será que Mark não tem uma explicação para isso tudo? Eles estavam indo tão bem... Agora, Sunny precisa achar o rapaz em pleno sábado à noite em uma das cidades mais movimentadas do mundo. O que antes parecia uma tarefa simples virou uma verdadeira corrida maluca por Londres. No caminho, Sunny conhece um condutor de riquixá, grupo de dragqueens, sua banda girl power favorita e, principalmente, os Goddard – os gêmeos (primos) francês mais misteriosos e descolados de Londres.
Páginas: 266 / Comprar: Aqui.

Graça e maldição – Laure Eve                                              Sinopse: “Se você não ama os Grace, quer ser exatamente como eles – charmoso, rico e influente. River, nova aluna na escola local, é acolhida pela família. Ela é diferente. Mas o que os Grace não sabem é que a garota não está na cidade por acaso; ela sabe exatamente o que está fazendo.
‘Graça e maldição merece ser lido duas vezes. A primeira pelo suspense; e a segunda pelas sutilezas. Uma história sobre a mágica que vem de feitiços, mas também da magia nascida daqueles momentos quando o presente parece perfeito e o futuro, cheio de possibilidades’ – The New York Times”                                      Páginas: 350 / Comprar: Aqui.


E aí, gostaram das novidades? Eu já escolhi meus favoritos e estou muito ansiosa para ler, mas agora quero saber os de vocês. Me contem aí nos comentários se ficaram interessados em algum dos lançamentos desse mês e quais foram. 

Tag - Frases de Mãe


         Hoje, segundo domingo de maio, é comemorado o Dia das Mães. Então, aproveitei a data para responder a tag Frases de mãe, que fui marcada pela Ana Paula do  blog Vícios e Literatura. Esta tag foi criada pela Taty Salazar do blog Coleções Literárias e o Márcio Silva do blog Umbaixinho nos livros, e consiste em relacionar 15 frases que são ditas frequentemente pelas mães com livros.
Mas antes de tudo, vamos às regras:

1 – Mencionar e linkar os blogueiros que criaram a Tag: Taty Salazar (ColeçõesLiterárias) e o Márcio Silva (Um baixinho nos livros).
2 – Indicar 5 blogs para responder e Tag
3 – Colocar a imagem do post (aquela do início do post).

Então, vamos as frases e às minhas respostas.

1 -  “Eu vou contar até três”: Um livro que você não via a hora de acabar.



Esse livro sempre vai aparecer aqui no blog em perguntas como essa: Comer, rezar, amar, da Elizabeth Gilbert. Eu demorei cinco anos para ler esse livro, até que ano passado resolvi que precisava terminar logo. Eu consegui, mas parecia que não ia acabar nunca, do tanto que a leitura se arrastou.

2 – “Se falar isso de novo, te arrebento os dentes”: Um livro que você não suporta que falem mal.



Sem nem pensar duas vezes, Harry Potter. Essa é a minha série favorita da vida e ouvir pessoas falando que é livro para criança, que é uma história pobre ou que os livros são chatos e muito grandes, me dá muita raiva. Dá vontade de sentar o livro na cabeça da pessoa e mandar ler de novo.

3 – “Se correr, vai ser pior”: Um livro que você corre dele, mas sabe que algum dia terá que lê-lo.



Não é exatamente um livro que eu corro dele, mas sempre acabo deixando para depois: Dom Casmurro, do Machado de Assis. Eu sei que preciso ler algum dia, é um clássico da literatura nacional, mas sempre acabo postergando.

4 – “Vem comer, se não esfria”: Um livro que você comprou assim que lançou.



Dificilmente eu compro um livro logo que ele lança, por ser mais caro. Geralmente, eu prefiro esperar alguma promoção. No entanto, em março eu aproveitei algumas promoções e comprei A traidora do trono (resenha aqui) e Lord of Shadows em pré-venda. (Lord of Shadows é a continuação de Dama da meia-noite que será lançado esse mês nos Estados Unidos e eu estou contando os dias para ler).

5 – “Você não é todo mundo”: Um livro que todo mundo odeia, menos você.



Aparentemente, eu sou a única pessoa no mundo que não odeia “A Coroa”, último volume da séria “A Seleção”, da Kiera Cass. Apesar de ter achado o final do livro bastante apressado, não foi um livro que eu tenha odiado ou que tenha me arrependido de ler, como vi muitas pessoas falando. No geral, não é um livro excelente, mas achei uma leitura agradável e fiquei satisfeita de ter lido e concluído a série. Resenha aqui.

6 – “Quantas vezes eu já disse para não fazer isso?”: Um personagem que mais te irritou e fez burrice.



Aqui temos uma boa disputa. Primeiro, alguém por favor me explica a Priscilla em Minha Vida Fora de Série 2 e 3? Sério, que vontade que eu sentia de sacudir essa menina e mandar ela acordar para a realidade. Nunca vi uma personagem fazer tanta burrada de uma vez só. Porém, como não mencionar a Amanda, do livro Sábado à noite, da Babi Dewet? Ela faz muita besteira ao longo do livro e, no final, eu senti vontade de bater nela e impedir que tomasse uma determinada atitude. Pelo menos, a Amanda se redime nos dois livros seguintes e se torna uma personagem maravilhosa. Espero que aconteça o mesmo em Minha Vida Fora de Série 4, que será lançado em breve.

7 – “Quando eu digo não, é não”: Um livro que você não lera. Não importa o quanto as pessoas falem bem.
Com certeza, não vou ler Cinquenta tons de cinza. Não adianta me falar que é uma história maravilhosa, que é muito melhor que o filme e que há uma explicação para o comportamento de Christian Grey. Me desculpem, mas nada justifica um homem oferecer um contrato para ficar com uma mulher, se sentir no direito de rastrear o celular dela e começar a persegui-la em todos os lugares.

8 – “Não mente para mim”: Um personagem mentiroso ou que te enganou direitinho.



Não vou falar qual o personagem, porque alguém que ainda não leu pode juntar as peças e descobrir o final. Como não quero estragar a leitura de ninguém, vou só dizer que um (a) determinado (a) personagem de “A rainha vermelha” fez o meu mundo cair. Sério, a reviravolta desse livro e a verdade sobre uma pessoa na trama me deixou no chão, sem acreditar em mais nada. Quem leu, vai entender de quem estou falando. Resenha aqui

9 – “Coração de mãe não se engana”: Um livro que te conquistou pela capa e a leitura foi ainda melhor.



Quando eu vi a capa de “Em algum lugar nas estrelas”, foi amor à primeira vista e, sem ter ideia do que se tratava a história, já adicionei na minha lista de desejados. Depois li a sinopse, e tive certeza de que precisava ler esse livro. Não me enganei. A leitura foi ainda mais encantadora do que a capa. Resenha aqui.

10 – “Tá chorando sem motivo por quê? Peraí que vou te dar um motivo para chorar”: Um personagem chorão que te fez sentir raiva.



A Grace, protagonista do livro “Em queda livre”, da Ally Carter. Não é que ela é exatamente chorona, mas ela surta em vários momentos do livro, sem motivo algum ou fica de mimimi. Isso acabou me irritando e tornando a leitura um tanto cansativa para mim.

11 – “Come só mais um pouquinho”: Um livro que te fez dizer: “vou ler só mais um pouquinho”.



Com certeza, The kiss of deception. Geralmente, eu sou meio descontrolada com livros que me prendem, mas esse foi um livro em que me superei. Eu li as 492 páginas em menos de 24 horas, porque não conseguia largar o livro. (Parei só para dormir, mas quando acordei já estava com o livro na mão de novo). Resenha aqui.

12 – “Quantas vezes vou ter que repetir?”: Um livro que você teve ou terá que ler de novo para entender.



Acho que quando li “Quem é você, Alasca?” não estava em um bom momento para realizar a leitura. Demorei muito para me envolver com o livro e, quando a história me prendeu, ainda fiquei meio perdida no final. Então, eu ainda pretendo reler esse livro com mais calma para absorver melhor a história.

13 – “Não faz mais do que a sua obrigação”: Um livro que você leu por obrigação.



Tive que ler vários livros para o vestibular, mas muitos deles eu adorei e até leria de novo. No entanto, “Sagarana”, do Guimarães Rosa, foi um livro que eu só li porque caía no vestibular e, sinceramente, não pretendo ler novamente.

14 – “Coração de mãe sempre cabe mais um”: Os três livros que você está doida para comprar.



Só três, sério? Gente, eu podia falar tranquilamente de uns 50 livros que quero comprar e acho que ainda ia faltar hahaha. Mas três que eu quero muito mesmo são: Golem e o gênio, da Helene Wecker, My lady Jane, da Cinthya Hand, e O livro de sombra e sangue, da Robin Wasserman. Inclusive, mês que vem é meu aniversário, então, se algum amigo quiser me dar de presente, eu não vou reclamar haha.

15 – “Isso, quebra mesmo, não foi você quem pagou”: Um livro que você emprestou e voltou irreconhecível.
Felizmente, isso nunca aconteceu comigo. Eu não empresto meus livros para praticamente ninguém, mas quando empresto é só para pessoas de confiança, que cuidam dos livros tanto quanto eu.

Blogs indicados:

Então, gostaram da tag? As mães de vocês costumam falar alguma dessas frases? Me contem aí nos comentários o que vocês acharam e outras frases que elas costumam dizer. Ah e aproveito para desejar um feliz Dia das Mães para todas as mamães, sejam elas leitoras ou não. 

[Dica da Malu] Lola e o garoto da casa ao lado

Sinopse: “A designer-revelação Lola Nolan não acredita em moda... ela acredita em trajes. Quanto mais expressiva for a roupa — mais brilhante, mais divertida, mais selvagem — melhor. Mas apesar de o estilo de Lola ser ultrajante, ela é uma filha e amiga dedicada com grandes planos para o futuro. E tudo está muito perfeito (até mesmo com seu namorado roqueiro gostoso) até os gêmeos Bell, Calliope e Cricket, voltarem ao seu bairro.  Quando Cricket — um inventor habilidoso — sai da sombra de sua irmã gêmea e volta para a vida de Lola, ela finalmente precisa conciliar uma vida de sentimentos pelo garoto da porta ao lado.”             Autora: Stephanie Perkins / Editora: Novo Conceito / Páginas: 288 Comprar: Aqui 
            Ano passado, depois de ouvir vários comentários positivos, eu li Ana e o beijo francês, da Stephanie Perkins. O livro atendeu a todas as minhas expectativas e se tornou um dos meus queridinhos, por ser daqueles livros que deixam a gente com um quentinho no coração quando termina de ler. Então, é claro que eu tinha expectativas enormes para a continuação do livro, Lola e o garoto da casa ao lado. Infelizmente, desta vez eu não fiquei totalmente satisfeita.
Nesse livro, somos apresentados à Lola, uma garota de dezessete anos que sempre teve uma quedinha por Cricket Bell, o vizinho da casa ao lado. Porém, as coisas não deram muito certo e Cricket acabou se mudando com a família para acompanhar a irmã gêmea dele, Callíope, que estava se dedicando aos treinos de patinação artística. Dois anos depois, Lola acredita já ter superado qualquer sentimento que teve por ele e está muito bem com seu namorado, o vocalista de uma banda e cinco anos mais velho do que ela.
No entanto, a situação não é tão simples assim. Os pais de Lola são totalmente contrários ao namoro, devido à diferença de idade entre os dois. Além disso, Cricket e a família voltaram a viver na casa ao lado, o que significa que agora Lola terá que lidar com todas os sentimentos mal resolvidos que tinha por ele e ainda voltar a conviver com Callíope, uma pessoa que ela admira e detesta, ao mesmo tempo.
O primeiro aspecto que quero deixar claro nesta resenha é que não detestei o livro. Só me decepcionei por não sentir o mesmo envolvimento que tive quando li Ana e o beijo francês. Lola é uma personagem na maior parte do tempo mimada e infantil, o que tornou difícil me envolver com a história dela. Além disso, achei que faltou desenvolver melhor alguns personagens que agregariam muito à história. No entanto, vou falar primeiro das coisas que gostei no livro e, depois, eu explico melhor as ressalvas que eu tive.
Para começar, eu simplesmente amei a família da Lola. É incrível ver o quanto eles se amam e se apoiam em tudo. Ela é criada por um casal homossexual, mas o fato de ter dois pais nunca foi um problema, pois Lola sabe que recebeu todo amor que uma filha pode desejar. Os conflitos que surgem entre eles são os comuns em qualquer família com filhos adolescentes. Lola quer mais liberdade, principalmente no que se refere ao namorado, e não entende as proibições impostas pelos pais. Já Nathan e Andy se preocupam com o fato da filha melhor de idade estar namorando com um rapaz de 22 anos, que tem uma banda e, consequentemente, uma rotina totalmente diferente da dela.
Um outro aspecto que gostei bastante, aliás, foi que a autora fugiu dos estereótipos ao construir a personalidade de Nathan e Andy. Algumas vezes vemos autores errando na construção de personagens homossexuais justamente por exagerar nos clichês, ou por fazer o casal parecer uma pessoa só, sem individualidade nenhuma. Felizmente, Stephanie Perkins soube construir esses dois personagens muito bem. Ambos são muito humanos e carismáticos, mas têm personalidade forte, cada um com suas particularidades. Além disso, eles não são pais perfeitos e erram algumas vezes com a Lola, mas isso só os tornou mais reais. Afinal, que pai ou mãe que não erra em algum momento, né?
Outro ponto positivo do livro é, sem dúvida, o Cricket. Sabe aquele personagem que mal aparece e já faz você se apaixonar? É o Cricket Bell. Ele é atencioso, inteligente, romântico, sensível e tudo mais que se espera de um mocinho de romance. Além disso, é lindo ver o quanto ele ama a irmã e tudo que sacrificou para que ela pudesse seguir o sonho dela. Aliás, mesmo a Callíope sendo irritante em vários momentos, a relação dos dois é outro aspecto que gostei nesse livro.
E adivinhem quem aparece nesse livro sendo a ligação com Ana e o Beijo Francês? Isso mesmo: a Ana e o St Clair! Os dois aparecem em vários momentos do livro e, claro, roubam a cena totalmente. Especialmente o St. Clair, que proporcionou vários momentos muito divertidos na história.
Apesar de ter aprovado tantas coisas no livro, alguns problemas fizeram com que ele não tivesse o mesmo encanto do primeiro. A Lola tinha tudo para ser uma personagem que eu adoraria, por ter uma personalidade forte, ser extremamente criativa e ter um jeito irreverente e espontâneo. No entanto, ela acabou me cansando por agir de uma maneira infantil e irresponsável em vários momentos. Eu sei que ela é uma adolescente e que isso é normal nessa fase, mas algumas atitudes de “rebelde sem causa” me fizeram perder a paciência várias vezes.
Outra coisa que senti falta foi um maior desenvolvimento de alguns personagens. Os pais da Lola são maravilhosos e queria que aparecessem muito mais no livro. Além disso, queria que a relação com a mãe biológica dela também fosse mais desenvolvida. Senti que a autora poderia ter explorado temas muito legais com esses personagens, mas que acabou optando por uma abordagem mais superficial. O mesmo aconteceu com a Callíope, uma personagem que tinha um potencial muito grande, mas que só ganhou um destaque maior no final do livro. 
O romance também deixou um pouquinho a desejar. Mesmo não gostando tanto da Lola, me encantei pelo Cricket e torci pelo casal. Porém, os motivos que afastam os dois durante o livro me pareceram meio fracos, como se só estivessem ali para mover a trama. Assim, o casal é fofo e conquista a torcida do leitor, mas faltou uma construção melhor para o relacionamento dos dois, com obstáculos mais críveis.
No entanto, apesar dessas ressalvas, a escrita da autora continua extremamente fluida. A Stephanie Perkins consegue fazer o leitor realmente mergulhar na leitura e querer descobrir qual será o desfecho daqueles personagens. Além disso, ela sabe construir aqueles momentos românticos que deixam a gente com um sorriso bobo no rosto.
Apesar de não ter despertado o mesmo encantamento que o livro anterior, Lola e o garoto da casa ao lado é uma leitura leve, rápida e cativante. O livro proporciona momentos engraçados e românticos, que realmente cativam o leitor. Assim, para quem está querendo ler algo divertido e envolvente, é uma boa opção. Para mim, foi uma leitura agradável, de modo geral, e que manteve a minha curiosidade pelo terceiro livro da série, Isla e o final feliz.
Agora que já sabem o que eu achei desta leitura, me contem nos comentários se já leram esse e os outros dois livros da série e quais foram as impressões de vocês.


Observação: Mesmo sendo histórias no mesmo universo ficcional, não é necessário ler “Ana e o beijo francês” para compreender “Lola e o garoto da casa ao lado”. No entanto, eu recomendo que leiam na ordem para evitar spoilers do livro anterior. 

[Dica da Malu] O sol também é uma estrela

Sinopse: Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história. Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois. O universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará nossa realidade?”
Autora: Nicola Yoon / Editora: Arqueiro /         Páginas: 288 / Comprar: Amazon

Para começar bem a semana, escolhi trazer a resenha de um livro que foi a minha melhor leitura do ano, até agora: O sol também é uma estrela, da Nicola Yoon. Eu já tinha sido surpreendida pela escrita da autora quando li “Tudo e todas as coisas”, romance de estreia dela (resenha aqui). No entanto, não poderia imaginar que este novo lançamento da autora poderia me deixar tão encantada. Eu terminei a leitura apaixonada pelos personagens, pela história e, principalmente, pelas mensagens que a Nicola transmitiu ao longo do livro.
Em “O sol também é uma estrela”, o leitor é apresentado a dois personagens completamente diferentes: Natasha, uma adolescente jamaicana que vive ilegalmente nos Estados Unidos com a família desde que tinha oito anos, e Daniel, um garoto que nasceu e cresceu nos Estados Unidos, mas é filho de pais coreanos. Ela é pragmática e de personalidade forte, já ele é romântico e sonhador. Em um dia decisivo, eles se conhecem e esse encontro inesperado pode mudar a vida deles.
A Natasha é uma jovem prática, que não acreditava em coisas como destino ou amor à primeira vista. Para ela, só faz sentido o que pode ser explicado e comprovado cientificamente. Por este motivo, ela já tinha planejado toda a sua vida de maneira prática e racional, sem pensar em sonhos ou idealizações. O problema é que, devido à um ato imprudente de seu pai, ela e sua família foram descobertos pela imigração e devem deixar os EUA. No último dia em solo americano, ela vai fazer mais uma tentativa desesperada de permanecer no país onde cresceu, podendo até começar a acreditar em milagres.

“Fato Observável: a gente nunca deveria tentar uma possibilidade remota. Melhor estudar as chances e tentar a possibilidade provável. Mas, se a remota é a única, é preciso tentar.”

Já o Daniel é romântico e idealista. Ele acredita no amor e sonha em ser escritor. O problema é que seu pai já tem todo o seu futuro planejado, e não envolve nada ligado às artes. Ele quer que o filho estude medicina na universidade de Yale, construa um brilhante futuro profissional e depois se case com uma garota coreana. Então, no dia de sua entrevista para a universidade, a vida dele será traçada.
O primeiro aspecto que destaco é o quanto esses personagens foram bem construídos. Ambos são cativantes em suas particularidades e o encontro entre duas pessoas tão diferentes provoca ótimos diálogos, que conquistam ainda mais o leitor. Além disso, é interessante ver como o ambiente em que cresceram influenciou a vida deles e moldou suas personalidades.
Muito do carisma se deve ao fato de que as situações vividas por eles são muito reais, tornando fácil para o leitor se identificar com eles ou, pelo menos, sentir empatia. Natasha é jamaicana, mas não tem nenhum vínculo emocional com seu país de origem. Ela cresceu nos Estados Unidos e todas as suas referências (amigos, escola, cultura, planos para o futuro, etc) estão ligados a este país. A Jamaica é uma lembrança distante para ela, com a qual ela não sente a menor identificação. É compreensível, então, o desejo desesperado que ela tem de impedir a deportação.
E como não simpatizar com um menino tão cheio de sonhos, mas que precisa sacrificá-los para atender aos planos que os pais têm para ele? Daniel tem uma personalidade doce e se vê dividido entre às expectativas dos pais e ao que ele realmente quer fazer da vida. Por mais que não deseje ser médico, ele entende os motivos que levaram o pai a planejar essa carreira para ele e tem medo desapontá-lo.
Aliás, um outro ponto que gostei muito deste livro foi justamente que, através das histórias da Natasha e Daniel, a autora trabalhou um tema extremamente importante e atual. Ela fala sobre a imigração, o sentimento de pertencimento e a dificuldade para os filhos de imigrante de definirem sua identidade cultural. Natasha é jamaicana, mas se sente americana e está sendo forçada a deixar os Estados Unidos, o lar que ela reconhece, para voltar à Jamaica, lugar com o qual ela não tem nenhuma identificação cultural. Já o Daniel é americano, mas seus pais insistem que ele seja educado como coreano. Assim, os americanos o consideram “muito coreano”, mas os pais acham que ele se desviou muito dos valores coreanos, o que significa que ele se sente deslocado tanto no país onde nasceu, quanto dentro de sua própria família.

“Por fim, escolheu as duas coisas. Coreano e americano. Americano e coreano.Para que eles soubessem de onde vinham.Para que soubessem para onde iam.”

No entanto, o que me fez amar esse livro mesmo foi a forma como a Nicola mostra o quanto as pessoas estão conectadas e influenciam as vidas umas das outras. Assim, apesar de focar na história do casal principal, ela também deu voz aos personagens secundários e àqueles que são praticamente invisíveis na maior parte do tempo. Sabe aquele desconhecido que você esbarra sem querer na rua? O funcionário que te atende no caixa da loja? A recepcionista no consultório médico? Enfim, todas aquelas pessoas que você não conhece, mas que encontra em algum momento da vida? A Nicola nos mostra a história de algumas dessas pessoas que cruzam o caminho da Natasha e do Daniel, e isso tornou o livro muito mais especial.
Claro que, falando de um Young Adult, não podia faltar romance também. E esse foi outro aspecto que me surpreendeu. A história toda se passa em um dia e, como vocês já devem ter me visto falando diversas vezes, eu detesto romances apressados. No entanto, a interação entre eles foi tão bem construída pela autora que se tornou totalmente crível. Mais do que isso, é impossível ler e não torcer pelos dois. É aquele típico romance adolescente, intenso, meio dramático, mas totalmente cativante. E quem foi adolescente e falar que nunca se apaixonou por alguém que acabou de conhecer, não viveu essa fase da vida direito.
Com relação a escrita da Nicola Yoon, só posso dizer que ela conseguiu superar todas as minhas expectativas, mais uma vez. A leitura é fluida e faz com que o leitor se envolva completamente. Além disso, através de uma história simples e personagens muito reais, a autora trouxe reflexões muito interessantes. Em especial, ela nos faz pensar sobre como estamos conectados e o quanto podemos influenciar, com os mais simples gestos, na vida uns dos outros, mesmo daqueles que não conhecemos.
A edição está maravilhosa e faz justiça à beleza do livro. A editora manteve a capa original (ótima decisão), e as páginas são amareladas. A fonte e o espaçamento estão de um tamanho adequado para leitura, sem letras pequenas demais que dificultam a leitura.
Assim, se ainda tiver alguma dúvida, esta é uma leitura que eu indico muito. Adorei a construção dos personagens, a forma como a história foi conduzida e as reflexões que o livro trouxe. Além de me apaixonar pela história de um casal encantador, ele me fez pensar sobre a vida e a forma como, às vezes, nossas escolhas e ações podem repercutir até em quem sequer imaginávamos. Só me resta dizer que, quando concluí a leitura, eu estava assim:


Então, agora quero saber de quem já leu “O sol também é uma estrela” o que acharam e se o livro correspondeu às expectativas de vocês. E, quem ainda leu, ficou interessado? Me contem aí nos comentários.
E, para quem quiser adquirir o livro, deixo o link de compra na Amazon. Comprando por ele, vocês ajudam o Dicas de Malu a continuar crescendo. Comprar: aqui.

Motivos para assistir Star Wars


Hoje é um dia de comemoração para todos os fãs de Star Wars. Todos os anos, no dia 04 de maio é considerado o Star Wars Day, ou o Dia de Star Wars, em português. Essa celebração tem a ver com a semelhança entre a pronúncia da data em inglês (May the 4th), com o início da famosa frase dos filmes “may the force be with you” (que a força esteja com você).
Como fã da saga, não poderia deixar de fazer um post especial para comemorar a data. Então, resolvi listar alguns motivos para conhecer Star Wars. São razões que explicam por quê eu gosto tanto desta série e acho que todo mundo deveria, pelo menos, ser apresentado ao universo criado por George Lucas.

1 – Importância para o cinema
            A importância que Star Wars teve para o cinema é inquestionável. Quando o primeiro filme foi lançado em 1977, os efeitos visuais e sonoros no cinema ainda eram modestos e a tecnologia muito limitada. Então, só consigo imaginar o quão impressionante foi ver as incríveis naves espaciais e as incríveis batalhas com sabres de luz naquela época. A partir deste filme, houve um salto significativo nas tecnologias usadas no cinema.
            Isso para não mencionar a trilha sonora. As composições de John Williams para esses filmes estão entre as mais marcantes da história do cinema. Duvida? Assista aos vídeos abaixo e me diga se não conhece pelo menos uma delas. Não conheço ninguém que, mesmo sem ter visto nenhum dos filmes de Star Wars, não reconheça essas músicas imediatamente.



2 – História atemporal
            A história de Star Wars é totalmente atemporal. Não é sem motivos que tantas gerações diferentes se apaixonam por estes filmes. Temos ali a típica jornada do herói, com personagens cativantes, mentores sábios e vilões bem construídos. Tudo isso ambientado no espaço, com diversos planetas, povos diferentes e muitas batalhas com naves. Além disso, proporciona vários ensinamentos e reflexões que podem ser aplicadas à nossa sociedade. Afinal, em todos os filmes são discutidas questões sobre o equilíbrio entre o bem e o mal, a dificuldade de escolher entre o que é certo e o que é fácil, a democracia e o perigo de regimes totalitários, entre outros temas.

3 – Personagens femininas fortes
            Mais uma vez retornando ao ano de 1977, o que predominava no cinema naquela época eram personagens femininas cujo papel era apenas de interesse romântico o herói da história e aguardar que ele fosse salvá-la em algum momento do filme (infelizmente, esse estereótipo ainda ocorre). Então, quando Star Wars foi lançado, conhecemos a Princesa Léia, uma jovem senadora que é presa pelo vilão da história e fica esperando os heróis irem resgatá-la, certo? Errado! Léia assume o comando do próprio resgate e ainda ajuda a salvar os seus atrapalhados salvadores. Além da Léia, tem a sua mãe, Padmé, que também é uma personagem corajosa, dona de uma personalidade forte e independente. Mais recentemente, ainda fomos apresentados a mais duas ótimas personagens: Rey e Jhin. A Rey é uma das protagonistas da nova trilogia (episódios VII, VIII e IX), uma personagem forte, corajosa e independente, que cresceu sozinha, em um lugar cheio de ameaças, e aprendeu a se defender. Já a Jhin é a protagonista de Rogue One: Uma história Star Wars. Ela ficou órfã ainda criança e, quando adulta, se tornou uma contrabandista. Depois de ser pega pelos rebeldes, ela se vê liderando uma missão extremamente perigosa para roubar planos do império. Se isso não é uma personagem feminina forte, não sei mais o que é.

4 – Universo expandido
            Não é exagero dizer que o universo de Star Wars é gigantesco. Além dos 7 filmes da saga e de Rogue One, que é um prelúdio do episódio IV, são diversos livros, HQs e desenhos que contam histórias sobre acontecimentos ocorridos entre os filmes. Através dessas obras, os fãs conhecem novos personagens e planetas, têm mais detalhes sobre as batalhas e tem a oportunidade de preencher algumas lacunas entre os filmes. Inclusive, já tive a oportunidade de ler um dos livros que fazem parte do cânone de oficial, Star Wars: Marcas da Guerra, e tenho vários outros na minha lista.

5 – Novos filmes
            Os novos filmes são, sem dúvida, um ótimo motivo para assistir Star Wars. Para quem não sabe, até alguns anos se supunha que a saga havia terminado com o episódio 3. Porém, a Disney anunciou uma nova trilogia e mais alguns filmes que não seriam continuações, mas estariam relacionados ao universo de Star Wars. Dois deles já foram lançados: Star Wars VII: O despertar da força, em 2015, e Rogue One: Uma história Star Wars, em 2016. Ambos são ótimos filmes, que preservam os elementos que tanto amamos nos filmes originais, mas que trazem novidades e enriquem ainda mais a franquia.
            Ah e tem mais filmes vindo por aí. Em dezembro, será lançado o episódio VII da franquia, Os últimos Jedi, e o filme sobre Han Solo, um dos personagens mais queridos da série, já está sendo gravado. Ou seja, o que não falta é novidade deste universo de Star Wars.

6 – Darth Vader
Mesmo que você nunca tenha assistido a um filme de Star Wars, duvido muito que não tenha ouvido falar de Darth Vader. O famoso vilão que anda sempre com sua máscara e roupa preta, e que impressiona com sua respiração mecânica e incrível habilidade com o uso da Força, é considerado um dos maiores da história do cinema. Sua simples aparição dos filmes já desperta, ao mesmo tempo, medo e fascínio, e é simplesmente impossível não se sentir hipnotizado por essa figura. O típico vilão que amamos odiar.

Bônus: BB-8
            Se nenhum dos motivos citado acima te convenceram a assistir Star Wars, o BB-8 vai. O pequeno robozinho construído para o episódio VII abalou os corações mais sensíveis e conquistou fãs no mundo inteiro. Mas, sinceramente, dá para resistir a tanta fofura?



Se animaram a conhecer Star Wars? E, para quem é fã, concordam com os motivos que apontei ou lembrariam de outros? Me contem tudo que vocês pensam sobre essa famosa saga aí nos comentários. Ah, e aproveitem que a Amazon também está comemorando o Dia de Star Wars com ótimos descontos: aqui.
Ah e, atendendo a alguns pedidos, deixo uma pequena explicação sobre a ordem dos filmes. Os três primeiros filmes lançados são, na verdade, os episódios IV, V e VI, respectivamente. Então, se quiserem seguir a ordem de lançamento, é só olhar a data dos filmes. Mas, se preferirem a ordem cronológica, é só se basear no número do episódio.
Star Wars I: A ameaça fantasma (1999)
Star Wars II: O ataque dos clones (2002)
Star Wars III: A vingança dos Sith (2005)
Rogue One: Uma história Star Wars (2016)
Star Wars IV: Uma nova esperança (1977)
Star Wars V: O império contra-ataca (1980)
Star Wars VI: O retorno de jedi (1983)

Star Wars VII: O despertar da força (2015)

Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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