[Resenha] Cilada para um marquês (Escândalos e Canalhas 1)


Desde o ano passado, os romances de época têm estado cada vez mais presentes nas minhas leituras. No entanto, eu ainda não tinha lido nada de uma das autoras mais populares do gênero: Sarah MacLean. Então, já estava na hora de dar um jeito nisso, né?
Resolvi começar com o livro Cilada para um marquês, que me conquistou logo pela sinopse. Com uma premissa que prometia diversão, romance e aventura, foi impossível não ficar curiosa para ler esse livro. Felizmente, a promessa foi cumprida e o livro reúne alguns dos elementos que mais gosto em romances de época.

Autora: Sarah MacLean
Editora: Gutenberg
Tradução: A. C. Reis
Páginas: 320
Classificação: +18 anos
Onde comprar: Amazon
Sinopse: “De todas as bobagens incríveis que ele já tinha visto as mulheres fazendo ao longo de sua vida, aquela era, sem dúvida, a pior.”Sophie Talbot é conhecida pela Sociedade como uma das Irmãs Perigosas – mulheres Talbot que fazem de tudo para se arranjar com algum aristocrata. O apelido chega a ser engraçado, pois se existe algo que Sophie abomina é a aristocracia. Mas parece que mesmo não sendo uma irmã tão perigosa assim, o perigo a persegue por todos os lugares.Quando a mais “desinteressante” das irmãs Talbot se torna o centro de um escândalo, ela decide que chegou a hora de partir de Londres e voltar para o interior, onde vivia antes de seu pai conquistar um título. Em Mossband, ela pretende abrir sua própria livraria e encontrar Robbie, um jovem que não vê há mais de uma década, mas que jura estar esperando por ela.No entanto, ao fugir de Londres, seu destino cruza com o de Rei, o Marquês de Eversley e futuro Duque de Lyne, um homem com a fama de dissolver noivados e arruinar as damas da Sociedade. Rei está a caminho de Cumbria para visitar o odioso pai à beira da morte e tomar posse de seu ducado. Tudo o que ele menos precisava era de uma Irmã Perigosa em seu encalço.O Marquês de Eversley está convicto de que Lady Sophie Talbot invadiu sua carruagem para forçá-lo a se casar com ela e conquistar um título de futura duquesa. Já Sophie tenta provar que não se casaria com ele nem que fosse o último homem da cristandade. Mas e quando o perigo tem olhos verdes, cabelos claros e a língua afiada? Essa viagem será mais longa do que eles imaginavam...”

Em Cilada para um marquês, primeiro volume da série Escândalos e Canalhas, conhecemos Sophie Talbot, a mais jovem das Irmãs Perigosas. Dez anos antes, seu pai havia recebido o título de Conde de Wight, e suas mães e irmãs ficaram animadas com a perspectiva de frequentarem a alta sociedade. No entanto, a empolgação delas acabou se mostrando um tanto excessiva e gerando alguns comportamentos inapropriados na busca delas por maridos nobres, que renderam apelidos um tanto maldosos, inclusive o de Irmãs Perigosas.
Porém, Sophie não poderia ser mais diferente das irmãs. Ela nunca quis frequentar a alta sociedade e, sem dúvida, não desejava se casar com um nobre. Graças a isso, ela acabou ficando como a sem graça dentre as Irmãs Perigosas. No entanto, isso muda quando, em um evento, ela flagra o marido de sua irmã mais velha e acaba armando um escândalo de grandes proporções, além de ofender grande parte dos nobres presentes.
“E foi naquele momento que Sophie não conseguiu mais suportar aquele mundo de regras, hierarquia e desdém. Aquele mundo no qual ela não tinha nascido. O mundo que ela não escolheu. O mundo que ela odiava.”
Precisando fugir do local, Sophie acaba esbarrando com o marquês de Eversley, um dos maiores cretinos da sociedade. Ela tenta pedir uma carona para casa, porém, ele não está disposto a ajudá-la. Assim, Sophie precisa recorrer a outros meios: ir, clandestinamente, na carruagem do marquês. O que ela não esperava a que a carruagem estivesse se dirigindo para fora de Londres e, quando percebe, Sophie já está muito distante de casa.

Ao descobrir a jovem disfarçada como um criado, ele tem certeza que ela foi parar na carruagem dele com o intuito de obrigá-lo a se casar com ela. No entanto, isso não poderia estar mais distante dos planos dela. Assim, Sophie faz questão de deixar claro que casar com um nobre não é um de seus objetivos e que ele, especificamente, seria o último homem com quem ela jamais se casaria.


Como já deve dar para imaginar por esse resumo, Sophie e o marquês de Eversley, conhecido como Rei, vão trocar farpas desde o começo do livro. Sei que se trata daquele velho clichê do casal que parece se odiar, mas sente uma atração inexplicável um pelo outro. No entanto, eu confesso que, apesar de ser um recurso comum, eu sempre amo histórias assim, especialmente porque elas costumam envolver diálogos divertidos. Assim, acho que a primeira coisa que posso comentar sobre Cilada para um marquês é que eu me diverti muito enquanto lia, graças às constantes provocações entre Sophie e Rei.
Outro ponto que merece destaque é que Sophie é o tipo de mocinha que conquista nossa admiração desde o começo. Ao contrário das irmãs, ela nunca se deslumbrou com o mundo da nobreza e conseguia enxergar a hipocrisia e o machismo da alta sociedade, o que já demonstra a personalidade desta personagem. Além disso, confesso que foi impossível não simpatizar com o sonho que ela tem de abrir sua própria livraria (afinal, que leitor nunca quis isso, né?). Mas, acima de tudo, me solidarizei ao ver o quanto a indiferença e os comentários maldosos das pessoas afetaram a forma como Sophie se via.
“Para qualquer outra garotinha, as caixas que seu pai trazia poderiam ser tediosas. Mas para Sophie eram mágicas. Os livros eram aventuras encadernadas em couro, com páginas e mais páginas de mundos distantes, pessoas e ensinamentos notáveis; felicidade simples e honesta.”
Já o marquês de Eversley fez com que eu me dividisse entre amá-lo e querer esganá-lo. Em muitos momentos, eu me diverti com as implicâncias entre ele e Sophie e adorei o fato de que, mesmo afirmando que ela não era problema dele, o marquês sempre acaba se sentindo culpado e tentando protegê-la. Além disso, consegui entender os traumas que o levaram a agir e pensar como ele fazia. Porém, ele é extremamente teimoso e, mesmo entendo seus motivos, teve horas em que eu quis entrar no livro e dar uns tapas na cara dele para ver se ele parava de agir feito um idiota. Mas quero deixar claro que isso foi só em alguns momentos e, na maior parte do tempo, eu me diverti muito com esse personagem.
Além disso, adorei a forma como se desenvolveu o romance entre ele e Sophie. Apesar de usar o recurso comum do casal que se odeia a princípio e vai se apaixonando aos poucos, achei que a autora conseguiu fazer isso com muita naturalidade. Tanto os motivos que fizeram com que eles se estranhassem no início, como os que provocaram as mudanças nos comportamentos deles foram muito compreensíveis. Com isso, os sentimentos que surgem entre Sophie e Rei não soam forçados ou falsos em nenhum momento. É uma relação que se desenvolve de uma maneira muito bonita e, ao mesmo tempo, divertida.
“Ele era tudo que diziam ser. Escandaloso. Perverso. Um canalha total. Tudo o que a sociedade rejeitava – ao mesmo tempo que louvava. Como seu próprio cunhado e muitos outros homens e mulheres da aristocracia britânica. Um belo exemplo do que que havia de pior naquele mundo em que ele tinha nascido. Para o qual ela tinha sido arrastada. Sophie o odiou no mesmo instante.”

Há outros personagens secundários que trazem muitos momentos divertidos e tocantes. Adorei as irmãs de Sophie, especialmente a mais velha, e gostaria que elas tivessem aparecido mais. Além disso, há algumas personagens que vão aparecendo durante a jornada da Sophie e do Rei que contribuíram para alguns dos momentos mais engraçados do livro, em especial o pequeno ladrão, John. No entanto, quem roubou a cena mesmo foi o Duque de Warnick, amigo de Rei e que será um dos protagonistas do segundo volume da série.



Com relação à trama, adorei a forma como ela foi desenvolvida. O livro já começa com muito humor e aventura. Aliás, fiquei bastante surpresa com a forma como a autora conseguiu equilibrar muito bem romance, humor e aventura, sem exagerar em nenhum desses elementos. Com isso, a leitura foi muito envolvente e fluiu de uma maneira tão natural que eu acabei lendo em um dia. Além disso, adorei o fato de que, em muitos momentos da história, vemos críticas à hipocrisia da sociedade e ao machismo. Deste modo, apesar de ser uma trama simples, ela não deixa de trazer reflexões importantes.
“Eu não ligo porque isso nos desvaloriza. Elas são minhas irmãs. Somos seres humanos. Com sentimentos. Nós existimos. E parece que o mundo não consegue enxergar isso. Não consegue enxergá-las.”
Cilada para um marquês foi meu primeiro contato com a escrita da Sarah MacLean, mas me fez perguntar por que eu ainda não tinha lido nada dela. Sua escrita é bem leve e ela emprega com muita habilidade um humor bastante sarcástico nos diálogos, o que eu gosto muito. Além disso, achei que ela soube desenvolver muito bem os personagens, fazendo com que eles fossem complexos e muito cativantes.
Não posso deixar de mencionar também o capricho na edição da Editora Gutenberg. Além da capa linda e condizente com a história, a parte interna do livro está impecável. O começo de cada capítulo tem a formatação de uma manchete de jornal, fazendo uma referência às colunas de fofoca que eram bastante populares na época, o que eu achei que deu um toque bem especial ao livro. Além disso, as páginas são amarelas, a fonte tem um ótimo tamanho para leitura e eu não encontrei nenhum erro de revisão.
Só posso dizer que Cilada para um marquês é um romance de época com um enredo simples e, até mesmo, um pouco clichê, mas que conquista pela personalidade de seus personagens, a boa construção da trama e o humor refinado da autora. Nesse meu primeiro contato com a escrita da Sarah MacLean eu não poderia ter ficado mais satisfeita, o que me deixa muito motivada a ler outros livros dela.
E vocês, já leram Cilada para um marquês? Me contem aí nos comentários se já leram esse ou outros livros da Sarah MacLean e quais outras autoras de romance de época vocês recomendam.

[Resenha] Só escute


Quem nunca ficou com um livro parado na estante e, quando finalmente leu, ficou se perguntando por que demorou tanto tempo? Passei por isso recentemente, com o livro Só escute, da Sarah Dessen. Recebi a edição brasileira em julho, mas já tinha em inglês desde o ano passado e ainda não tinha lido. E, agora que terminei a leitura, só consigo pensar que já deveria ter feito isso há muito tempo.

Enrolei para ler Só escute, em grande parte, por medo de me decepcionar. Eu já tinha lido outro livro da autora, Uma canção de ninar (também publicado pela Editora Seguinte), e gostado muito, o que fez com que as minhas expectativas para as outras obras dela aumentassem consideravelmente, assim como o risco de me frustrar. Mas, finalmente, deixei o medo de lado e agora vou poder contar para vocês o que achei da leitura.

Autora: Sarah Dessen
Editora: Seguinte
Páginas: 352
Tradução: Alessandra Esteche
Onde comprar: Amazon
Exemplar recebido de cortesia da editora
Sinopse: “Ano passado, Annabel era a típica “garota que tem tudo” — inclusive era esse o papel que interpretava no comercial de uma loja de departamentos da cidade. Este ano, porém, ela é a garota que não tem nada: não tem mais a amizade de Sophie; não tem uma família feliz desde a descoberta do distúrbio alimentar de uma de suas irmãs; e não tem ninguém com quem passar a hora do almoço na escola. Até conhecer Owen Armstrong.”
                                   
Só escute conta a história de Anabelle, uma adolescente que, aparentemente, tem a vida perfeita. Além de popular na escola, ela segue a carreira de modelo desde criança, assim como suas duas irmãs mais velhas. Quem assistisse ao comercial gravado por ela, pensaria que Anabelle tinha a vida perfeita e estava ansiosa para começar um novo ano no colégio. Isso até poderia ter sido verdade meses antes, quando a propagando foi filmada, porém, um acontecimento logo antes do início das férias mudou tudo.
“Aquilo tinha sido antes daquela noite, antes de tudo o que acontecera com Sophie, antes do verão longo e solitário de segredos e silêncio. Eu estava perdida, mas a garota do comercial estava bem.”
Anabelle teve todo o verão para se preparar para a volta às aulas, mas não poderia estar mais desanimada para esse retorno e tudo que teria que enfrentar. Paralelamente, sua vida familiar também estava desmoronando. Para quem olhasse de fora, veria a imagem de uma família feliz e estável. Porém, a descoberta de que uma das irmãs de Anabelle tem um distúrbio alimentar muda completamente a dinâmica daquela família e expões os problemas que todos ali sempre tentaram evitar.
Sem querer trazer mais problemas aos pais e ficando totalmente sozinha na escola, Anabelle acaba se aproximando de Owen Armstrong, um garoto misterioso que costumava ser evitado na escola. Obcecado por música, Owen tem tentado controlar seu gênio e evitar as brigas. Com o lema de sempre dizer a verdade, por mais dolorosa que ela pudesse ser, ele acaba incentivando Anabelle a olhar mais para si mesma e encarar as verdades que ela sempre tentou esconder, incluindo o segredo que mudou a vida dela.


A princípio, Só escute pode parecer um YA comum, com uma trama simples e, até mesmo, clichê. No entanto, me surpreendi ao encontrar temas muito importantes sendo abordados com sensibilidade e seriedade. Todos os personagens possuem seus conflitos e, por meio deles, várias questões importantes foram discutidas. Então, enquanto eu esperava mais um livro em que vemos o romance de uma menina popular que teve seu status alterado e passa a reparar no garoto esquisito, ele foi muito mais que isso. É um livro que fala sobre família, amizade, amor próprio, machismo, transtornos alimentares e, principalmente, a importância de aprender a encarar seus medos e a usar a própria voz.
“Aquela era a questão: um dia, a diferença entre a luz e a escuridão fora simples. Uma era boa; a outra, ruim. Mas de repente as coisas não eram mais tão claras. A escuridão ainda era um mistério, algo escondido, que causava medo, mas eu passara a temer a luz também. Era onde tudo se revelava, ou parecia se revelar.”
E o que achei mais interessante é que, apesar da autora abordar muitos assuntos nesse livro, todos eles foram bem trabalhados ao longo da trama. São questões que foram surgindo de maneira natural na história, acompanhando os arcos dos personagens. Em nenhum momento, senti que algum tema tenha sido jogado pela autora, sem o devido desenvolvimento, ou que tenha sido abordado de uma maneira forçada ou exagerada.
Nesse sentido, outro ponto que gostei muito foi a construção dos personagens, começando pela protagonista. Confesso que Anabelle não é uma personagem fácil de se gostar, porque ela tem atitudes erradas em diversos momentos e me irritei com a dificuldade dela em falar a verdade e expor seus sentimentos. No entanto, as situações vividas por ela são muito críveis e tornam o seu comportamento muito mais compreensível. Anabelle é uma personagem que se fecha e se cala quando deveria falar, mas fica evidente que isso era um mecanismo de defesa, uma proteção contra o mundo. Além disso, a autora soube mostrar o quanto esse comportamento fazia com que a personagem acabasse sofrendo e se sentindo sufocada. Assim, por mais que eu ficasse brava com ela em alguns momentos, conseguia entender seus conflitos.
“... mas eu absorvi a mensagem: ser gentil era o ideal, a única maneira de não levantarem a voz ou dirigirem um silêncio assustador a você. Ao ser gentil, não precisava me preocupar com gritos. Mas aquilo não era tão fácil quanto parecia, porque o mundo poderia ser bem malvado.”
Os demais personagens também são bem construídos e tiveram seus dilemas bem trabalhados pela autora. As irmãs de Anabelle, Kirsten e Whitney, foram as que mais me surpreenderam, porque a imagem que criei delas no início foi se transformando ao longo da trama, à medida que os conflitos que elas carregavam se tornavam mais claros. Já o Owen, apesar de ser um mocinho que encanta e faz com que a gente se apaixone por ele, também tem suas fraquezas e seus conflitos. Assim, por mais perfeito que pareça ser, ele também tem suas falhas e isso o torna mais humano, sem deixar de ser cativante.



“Parecia estranho que Owen Armstrong fosse mais seguro do que as duas únicas grandes amigas que já tive. Eu estava começando a perceber que o desconhecido nem sempre era o que mais deveríamos temer. As pessoas que nos conhecem melhor podem ser mais perigosas, porque suas palavras e seus pensamentos podem não apenas ser assustadores, mas verdadeiros.”
Com relação ao romance, eu adorei a forma natural como ele foi construído. A aproximação entre eles acontece aos poucos e é fácil compreender o que levou Anabelle a se sentir bem com a companhia dele. Além disso, gostei muito de ver o quanto Owen ajuda Anabelle e a desafia a enfrentar seus conflitos. Juntos, eles despertam um o melhor do outro, o que torna seu relacionamento ainda mais especial.
No entanto, o que mais me cativou nesse livro, foi o drama familiar. Dentro desse núcleo, a autora trouxe assuntos muito importantes como a depressão e os transtornos alimentares. Além disso, gostei muito de ver que, apesar de todos os problemas que estavam escondidos sob a fachada de família perfeita, havia muito amor naquela família. Em especial, adorei a evolução da relação entre as três irmãs e o quanto elas amadurecem.
“Mas eu também tinha mudado, ainda que fosse a única a perceber. Estava diferente. Tão diferente quanto minha família era daquilo que parecíamos na noite em que tudo começara – uma família feliz, com nós cinco compartilhando uma refeição em nossa casa de vidro – para qualquer pessoa que passasse de carro pela rua e olhasse para dentro.”
Com relação à escrita de Sarah Dessen, mais uma vez, ela me conquistou. Apesar de abordar assuntos sérios, a autora desenvolve a história com muita sensibilidade, deixando a leitura leve e envolvente.  Além disso, conduziu a trama de uma maneira bem dinâmica, mas sem apressar demais os acontecimentos ou deixar pontas soltas. Tudo acontece no momento certo e de forma natural, prendendo a atenção do leitor e tornando a leitura fluida.
Só escute foi meu segundo contato com a escrita da Sarah Dessen e, mais do que não me decepcionar, ele conseguiu superar minhas expectativas. É uma leitura rápida e envolvente, mas que trouxe assuntos importantes e muitas reflexões. Assim, recomendo para aqueles que procuram um romance Young Adult leve e apaixonante, mas também para aqueles que buscam um livro com temas sérios e necessários.

[Resenha] Corte de Asas e Ruína


Se tem uma coisa capaz de deixar um leitor ansioso e, ao mesmo tempo, morrendo de medo é último volume de série. Sabe aquela vontade de saber como tudo irá terminar, mas o pânico de pensar que o autor pode estragar tudo? Pois é, foi assim que me senti em relação ao livro Corte de Asas e Ruína, terceiro livro da série Corte de Espinhos e Rosas, da autora Sarah J. Maas.
Sim, eu sei que Corte de Asas e Ruína não é o último livro da série e ainda terão outros dentro do mesmo universo. Porém, ele encerra essa primeira parte da série e eu sabia que havia muitas questões importantes a serem respondidas nesse volume. Além disso, depois do final simplesmente desesperados de Corte de Névoa e Fúria, seria impossível não ficar ansioso. Felizmente, Sarah J. Maas não me decepcionou e conseguiu me deixar mais ansiosa para conferir as próximas aventuras que ocorrerão nesse universo fantástico.
Mas, antes de começar a falar sobre essa leitura, um aviso: esta resenha contém spoiler dos volumes anteriores. Ou seja, NÃO continue lendo caso não tenha lido Corte de Espinhos e Rosas E Corte de Névoa e Fúria. Caso tenha interesse, pode ler a resenha do primeiro livro aqui e do segundo aqui.

Autora: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Tradução: Mariana Kohnert
Páginas: 686
Onde comprar: Amazon
Sinopse: “Em Corte de Asas e Ruína a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.”

Corte de Asas e Ruína se passa pouco tempo depois dos eventos que encerraram Corte de Névoa e Fúria. Feyre está de volta à Corte Primaveril e tenta convencer a todos que foi mantida como prisioneira na Corte Noturna. Aproveitando-se da culpa que Tamlin sente pelas suas ações anteriores e o que seus erros custaram à família de Feyre, ela se entrega ao papel de boa moça e esposa do Grão-Senhor (bela, recatada e do lar), conseguindo uma liberdade maior para participar das reuniões e descobrir o que Hybern estava planejando. Além disso, é claro que Feyre também não deixaria barato tudo que Tamlin fez no livro anterior, mas sua raiva é bem disfarçada e vingança é construída de maneira sutil.
“Um pesadelo, eu dissera a Tamlin. Eu era o pesadelo. Usando aquilo que Tamlin temere desde meus primeiros dias ali.”

Enquanto isso, Rhysand e seu grupo se preparam da melhor maneira possível para a guerra contra Hybern. Assim, na ausência de Feyre, eles se dedicam a descobrir o máximo de informações sobre os planos do inimigo e uma maneira de neutralizá-lo, além de procurarem por possíveis aliados. A guerra era iminente, aumentando a urgência para descobrir quem estaria com eles para enfrentar o poderoso exército que se aproximava.


Se fosse para resumir Corte de Asas e Ruína em uma palavra, eu diria que a mais adequada seria épico. É um livro intenso, com grandes revelações e muita ação, especialmente na primeira e na última parte. Há um clima de tensão que permeia toda a trama e que mantém o leitor preso na leitura, o que me agradou muito.
Os personagens se mostram muito mais maduros e temos uma noção muito maior de tudo que eles estão enfrentando e o que estão dispostos a sacrificar para conter a ameaça de Hybern. Em especial, eu adorei a evolução da Feyre neste volume. Não apenas ela se mostra mais forte e capaz de usar seus poderes, como aparece mais estrategista e equilibrada, controlando melhor suas emoções e agindo com esperteza. Além disso, senti que ela estava mais segura de si nesse livro e com um propósito muito mais claro.
“A guerra permaneceria comigo por muito tempo depois de acabar, alguma cicatriz invisível que talvez esmaecesse, mas nunca desapareceria por completo. Mas, por meu lar, por Prythian e pelo território humano e tantos outros... Eu limparia minhas lâminas e lavaria o sangue da pele. E faria isso de novo, e de novo, e de novo.”
Já o Rhysand fez o que eu pensava ser impossível: se tornou ainda mais apaixonante. Desde o segundo livro, eu já o considerava o personagem mais complexo da série, mas aqui eu pude entender melhor como os horrores doutra guerra o afetaram, o que me deixou com o coração apertado por ele diante da perspectiva de reviver tudo aquilo. Além dele, gostei muito do desenvolvimento das irmãs da Feyre, Elain e Nesta. Aliás, esta última demonstrou se tornou uma das personagens mais interessantes da série e não vejo a hora de ler os próximos livros para descobrir o que acontecerá com ela.
 Todos os personagens secundários dos livros tiveram um destaque maior e seus arcos foram mais desenvolvidos, especialmente os membros do grupo do Rhys (Cassian, Azriel, Mor e Amhren), além das irmãs da Feyre e do Lucien. Achei que isso foi importante não só para que a trama não ficasse centrada apenas no casal principal, mas também pensando nos próximos livros dentro deste universo, em que (eu espero) eles terão um espaço ainda maior. Além disso, foi possível conhecer melhor também os outros Grão-Senhores de Prythian e seus poderes, o que ajudou a conhecer mais sobre as outras cortes e entender melhor a parte política deste universo.

O romance mais uma vez esteve presente na história, mas com um foco menor que nos livros anteriores. Agora que entendemos a relação de Feyre com Rhysand, não foi necessário que a autora explorasse tanto a tensão sexual entre eles, embora ela ainda apareça. Aqui, vemos uma relação muito mais consolidada, pautada realmente na cumplicidade e na parceria, sem que nenhum tente se sobrepor ao outro, o que me agradou muito. Por outro lado, senti que relações de outros personagens ficaram muito abertas e eu queria muito que tivesse um desenvolvimento maior ou, pelo menos, uma sinalização de qual rumo irão seguir.



Com relação à trama, eu achei que a autora equilibrou bem a ação e o romance, soube inserir revelações nas horas certas, e ainda dosar bem os momentos mais tensos com outros mais descontraídos. No entanto, apesar da leitura não ter sido cansativa, não consegui evitar a sensação de que o livro poderia ter sido mais resumido. Há muitas cenas de perseguição e de combates, especialmente na segunda parte do livro, que poderiam ter sido cortadas sem prejuízo para a história.
“– Caminharemos para aquele campo – declarou Rhys. – E só aceitaremos a Morte quando ela vier nos puxar para o Outro Mundo. Lutaremos pela vida, pela sobrevivência, por nossos futuros. Mas, se ficar decidido por aquela trama do Destino ou pelo Caldeirão ou pela Mão que não sairemos daquele campo hoje... – A grande alegria e honra de minha vida foi conhecê-los. Chamar vocês de minha família. E sou grato, mais do que posso expressar, por ter recebido esse tempo com vocês.”
No entanto, a terceira parte do livro foi de tirar o fôlego. A Sarah soube construir muito bem toda a tensão para o momento da batalha e, quando ela acontece, é simplesmente épico. A Sarah consegue descrever muito bem todos os acontecimentos, permitindo ao leitor visualizar a batalha com muita clareza. É tudo muito intenso e impactante, fazendo com que eu me sentisse dividida entre a surpresa por ver a extensão dos poderes de alguns personagens e o medo do que poderia acontecer com eles.
O final, apesar de deixar muitas questões a serem abordadas nos próximos livros, encerra bem essa primeira parte. Achei que a Sarah foi muito coerente em suas escolhas e na forma como ela deixa os personagens nesse momento. Apesar de não explicar tudo, as principais questões foram bem respondidas e a forma como cada um dos personagens encerra essa etapa foi bastante compreensível.
De um modo geral, Corte de Asas e Ruína foi um livro que atendeu às minhas expectativas e encerrou muito bem esse primeiro arco da série. Apesar não superar o meu amor pelos livros de Trono de Vidro, a série Corte de Espinhos e Rosas conquistou um lugar no meu coração e, certamente, vou querer continuar lendo os próximos livros que a Sarah J. Maas escrever dentro deste universo. Aliás, mal posso esperar para ler Corte de Gelo e Estrelas, que será lançado esse mês pela Galera Record.
E vocês, já leram a série Corte de Espinhos e Rosas? Me contem aí nos comentários o que acharam e se estão ansiosos para ler esses e os outros livros que serão lançados.

The Devil's Thief Blog Tour - Entrevista com Lisa Maxwell



Olá, pessoal! Hoje é a vez do Dicas de Malu no Blog Tour de The Devil’s Thief, a continuação de O último dos magos, da Lisa Maxwell, que foi lançado ontem (09 de outubro) nos Estados Unidos. Para minha alegria, tive a oportunidade de enviar para a autora algumas perguntas sobre o primeiro livro, as influências que ela teve em seu trabalho e o que esperar deste segundo volume.
Vocês poderão conferir a entrevista logo abaixo. Mantive as perguntas e respostas no idioma original também, pois esse post faz parte do tour de divulgação de The Devil’s Thief e, portanto, pode ter leitores estrangeiros. Espero que gostem de saber um pouco mais sobre a autora e os seus livros.

1 – Antes de se tornar uma escritora, os livros já eram uma parte importante da sua vida. Como você acha que isso influenciou a sua vida e o seu trabalho como escritora?
Before you became a writer, the books were already an important part of your life. How do you think it influenced your life and your work as a writer?

Lisa: Eu não acho que poderia ser a escritora que sou sem ter lido o tanto que li. Porque estudei literatura – e realmente, romances – por tanto tempo, eu tenho um tipo de senso intuitivo para a história e como ela pode ser construída. Mas os diferentes tipos de romances que eu li, eu acho, todos informam os livros que escrevo. Eles me dão muito mais para tirar, em termos de inspiração, do que seu eu só lesse um certo tipo de livro.
I don’t think I could be the writer I am without reading as much as I have. Because I studied literature—and really, novels—for so long, I have a kind of intuitive sense for story and how it can be built. But the different types of novels I’ve read, I think, all inform the books I write. They give me so much more to draw from, in terms of inspiration, than if I only read a certain type of book.

2 –  Em quais autores você se inspira?
Which authors inspire you?

Lisa: Oh! Tantos! Toni Morrison e Tim O’Brien são dois dos meus favoritos em termos de autores de alta literatura, mas eu amo o trabalho que os autores de YA estão fazendo – autores como Nova Ren Suma ou Laini Taylor, ou Maggie Stiefvater, escrevem tão lindamente. E eu sou constantemente inspirada pelo Nós Precisamos de Livros Diversos e escritores do #ownvoices, pessoas escrevendo livros incríveis como Gloria Chao, Jason Reynolds, Lamar Giles e Julie Dao.
Oh! So many! Toni Morrison and Tim O’Brien are two of my favorites in terms of the big-L Literary authors, but I love the work that a lot of YA authors are doing—writers like Nova Ren Suma or Laini Taylor, or Maggie Stiefvater write so beautifully. And I’m constantly inspired by the We Need Diverse Books and #ownvoices writers, people writing amazing books like Gloria Chao, Jason Reynolds, Lamar Giles, and Julie Dao.]

3 – Falando sobre “O Último dos Magos”, eu considero um dos livros de fantasia mais originais que já li em muito tempo. Como surgiu a ideia desta história?
Talking about ‘The Last Magician’, I consider it one of the most original fantasy books that I have read in a long time. How did the idea of this story come up?

Lisa: Muito obrigada! Estou muito feliz que você gostou!
Eu tinha a ideia de uma ladra que poderia ver em câmera lenta, por anos. No entanto, eu levei muitos falsos começos para descobrir qual era a história. Em um ponto, ela era uma ladra de mapa, em outro, ela era moderna e vivia em DC. Só quando assisti Newsies com meus filhos que eu considerei uma Nova York antiga... e isso se encaixou.
Thank you!! I’m so glad you liked it!
I’ve had the idea of a thief who could see in bullet time for years. It took me a lot of false starts to figure out what her story was, though. At one point she was a map thief, at another she was modern and lived in DC. It wasn’t until I watched Newsies with my kids that I considered Old New York…and it just fit.

4 – Uma grande parte dos livros é baseada na Nova York do passado e as descrições eram muito detalhadas, permitindo aos leitores realmente se imaginar naquele lugar. Eu suponho que isso tenha demandado muita pesquisa. Qual foi a parte mais desafiadora desse processo?
A huge part of the book is based in the New York of the past and the descriptions were very detailed, allowing the readers to really imagine themselves in that place. I suppose it demanded an extensive research. What was the most challenging part of this process?

Lisa: Eu adoro pesquisa, então, essa provavelmente foi a minha parte preferida de desenvolver o livro. Mas uma das partes mais desafiadoras foi simplesmente descobrir em qual ano o livro precisava se passar. Nova York muda tanto nos anos entre 1890-1905. Em uma questão de meses, a cidade foi de estar atada com milhões de fios telefônicos e elétricos para não ter nenhum. Então, garantir que eu tinha o ano certo para minha história e depois descobrir como a cidade seria naquele ano específico foi um desafio.
I happen to love research, so it was probably my favorite part of developing the book. But one of the most challenging parts was simply figuring out which year the book needed to happen in. New York changes so much in the span of the years between 1890-1905. In a matter of months, the city went from being laced with thousands of telephone and electric wires, to having none, for instance. So making sure I had the right year for my story and then figuring out exactly what the city would have been like in that specific year was a challenge.

5 – Um dos aspectos que eu mais gostei em “O último dos magos” foram os personagens. Mais do que carismáticos, eles eram todos muito complexos e tinham muito mais a mostrar do que parecia à primeira vista. Qual você acha que foi o mais difícil de escrever e qual foi o mais fácil?
One of the aspects I loved the most about “The last magician” is the characters. More than charismatic, they were all very complex and had more to show than they suggested at first glance. Which one was the most difficult to write, and which was the easiest?

Lisa: Viola foi a mais fácil. Eu cresci em uma família muito ítalo-americana, e tem muito de mim em Viola, então suas experiências e mentalidade foram muito naturais para eu escrever. O mais difícil foi Jianyu. Eu não sou chinesa e eu realmente quis fazê-lo mais do que só um estereótipo, então, garantir que eu o elaborei cuidadosamente usando leitores de sensibilidade e outros recursos foi essencial para mim.
Viola was the easiest. I grew up in a very Italian-American family, and there is a lot of me in Viola, so her experiences and mind-set were very natural for me to write. The most difficult was Jianyu. I’m not Chinese, and I really wanted to make him more than just a stereotype, so making sure that I crafted him carefully an using sensitivity readers and other resources was essential to me.

6 – Falando sobre Esta, especificamente, ela é uma personagem feminina incrível. Ela é forte e determinada, mas também tem muitas vulnerabilidades, como todos têm. O que você mais admira nesta personagem, e o que podemos esperar dela no próximo livro?
Talking about Esta, specifically, she is an amazing female character. She is strong and determined, but also have many vulnerabilities, as everyone does. What do you admire the most about this character, and what can we expect from her in the next book?

Lisa: Eu decidi escrever uma ladra bad-ass, e isso é exatamente o que ela é. Eu realmente admiro a lealdade dela. Muito do conflito dela no livro 1 é porque ela sente essa lealdade intensa para o povo dela e sua missão, e então coisas que ela descobre testam estas lealdades.
Você pode esperar muito da sua atitude decidida no livro 2, mas no final do livro 1, ela é uma garota que teve o tapete puxado debaixo dela. Ela tem muito sobre o que sentir raiva, e o livro 2 é muito sobre ela lidando com essa raiva e a sede que tem de vingança.
I set out to write a bad-ass girl thief, and that’s exactly what she is. I really admire her loyalty. So much of her conflict in book 1 is because she feels this intense loyalty to her people and to her mission, and then things that she finds out tests those loyalties.
You can expect more of her no-nonsense attitude in book 2, but by the end of Book 1, she is a girl who has had the rug pulled out from under her. She has a lot to be angry about, and Book 2 is very much about her dealing with that anger and the thirst she has for revenge.

7 – Quando você imagina os personagens, costuma pensar sobre atores que combinariam com eles? Se sim, quais atores você gostaria que interpretassem Esta e Harte.
When you imagine your characters, do you use to think about actors that would match them? If so, which actors would you imagine playing Esta and Harte?

Lisa: Uma jovem Lea Michelle para Esta e eu, sinceramente, não tenho certeza sobre Harte.
 A young Lea Michelle for Esta and I’m honestly not sure about Harte.

8 – Como eu perguntei sobre atores, eu preciso dizer que O último dos magos daria um ótimo filme. Tem alguma chance de vermos essa história no cinema no futuro?
As I asked about actors, I need to say that ‘The last magician’ would make an amazing movie. Is there any chance for us to see this story on the big screen in the future?

Lisa: Não no momento, mas você nunca sabe! Teve algum interesse aqui e ali, mas coisas de filmes demoram muito e o autor é basicamente o último a saber, pelo que eu sei. Honestamente, eu adoraria se alguém quisesse fazer uma mini-série, como na Netflix. Eu sinto que a história tem tantos ótimos personagens secundários, que eu odiaria cortá-los em um filme menor.
Not at the moment, but you never know! There’s been some interest here and there, but film stuff takes so long and the author is basically the last to know, from what I understand. Honestly, I’d love it if someone wanted to do a mini-series, like on Netflix. I feel like the story has so many great side characters, that I’d hate to have them cut out of a shorter film.

9 – O Segundo livro, The Devil’s Thief, acaba de ser lançado. O que os leitores podem esperar deste livro?
The second book, ‘The Devil’s Thief’, is coming out soon. What the readers can expect from this book?

Lisa: Muito mais de tudo – especialmente dos personagens secundários. Viola e Jianyu ganham mais da sua própria história nesse livro. E, claro, mais tensão romântica entre Harte e Esta ;)
A lot more of everything – especially the secondary characters. Viola and Jianyu get more of their own story in this one. And of course, more romantic tension between Harte and Esta ;)

10 – “O último dos magos” foi um sucesso entre leitores brasileiros e ganhou muitos fãs no país (inclusive eu). Você tem planos de vir ao Brasil algum dia?
‘The last magician' was a success between Brazilian readers and has gained many fans in the country (including me). Do you have any plans to come to Brazil someday?

Lisa: Nenhum plano, no momento, mas eu AMARIA. Eu tenho amigos da escola que moram no Brasil, também, e eu adoraria ver o país e visitá-lo com eles e com os fãs. Eu estou muito feliz que os leitores brasileiros tenham gostado do livro.
No plans at the moment, but I would LOVE to! We have friends from grad school that live in Brazil, too, and I’d love to see the country and visit with them and with fans. I’m so glad that Brazilian readers have enjoyed the book!

11 – E, finalmente, qual conselho você daria para seus leitores que sonham em se tornar escritores algum dia?
And, finally, what advice would you give to your readers who dream of becoming authors someday?

Lisa: Leia tudo, termine algo. É isso. Você tem que continuar lendo, assim aprende como escrever, e você precisa se levar a terminar algo. Isso, e desenvolver uma pele muito grossa :D
Read everything, finish something. That’s it. You have to keep reading, so you learn how to write, and you have to make yourself finish something. That, and grow a really thick skin. :D

E aí, gostaram da entrevista? Eu fiquei muito feliz com a oportunidade e grata pela atenção da Lisa ao responder às perguntas.
Once again, I want to thank Lisa for taking her time and answering those questions. I really loved reading “The Last Magician” and it made me very glad to be a part of The Devil’s Thief Blog Tour.

The Devil’s Thief Blog Tour começou no dia 17 de setembro e vai até o dia 12 de outubro. Vocês podem conferir mais informações e o link para os demais participantes aqui. E ainda dá tempo para concorrer a prêmios (termos e condições aqui):

Grand Prize for the Tour Participants:
Signed copy of The Devil's Thief
Pavé snake bracelet
Character art
Signed swag

Runners Up (2)
Character art
Signed swag pack


Cameron Whitman Photography
Sobre a autora: Lisa Maxwell é autora do livro Best-Selling do The New York Times, O Último dos Magos. O livro está sendo traduzido para 10 línguas e foi vendido em 11 países. Seus outros livros para Jovens Adultos incluem o premiado Unhooked, assim como os clamados pela crítica Sweet Unrest e Gathering Deep. Ela tem PhD em Inglês e é professora em uma universidade comunitária nos arredores de D.C. Ela bebe muito café e tem um ponto fraco por música alta e carros velozes. Quando ela não está ensinando ou escrevendo, você pode encontrá-la procurando bandas ao vivo ou indo em aventuras com seu marido e seus dois filhos.
Twitter: @LisaMaxwellYA
Instagram: @LisaMaxwell13
Website da autora: www.lisa-maxwell.com
Website da série (com LINKS DE COMPRA): www.thelastmagician.com

5 motivos para ler O Último dos Magos



Olá, pessoal! Como já tinha dito aqui, esse mês está acontecendo um especial sobre o livro O Último dos Magos, da autora Lisa Maxwell. O segundo volume da série, The Devil’s Thief, será lançado essa semana nos EUA e deve ser publicado no Brasil no início do ano que vem. Ou seja, tem muito tempo para vocês lerem o primeiro antes da continuação sair aqui.
Pensando nisso, fiz uma lista com alguns motivos para ler O último dos magos. Eu já escrevi resenha sobre ele aqui, mas vou colocar nesse livro alguns pontos que fizeram com que ele se destacasse para mim.

1 -  Universo original e bem construído:
O universo de O último dos magos é um dos mais originais que já li, além de ter sido muito bem construído pela autora. Para começar, a forma como a magia foi inserida dentro desse mundo e como ela funcionava foi brilhante. Além disso, toda a organização daquela sociedade é fascinante, tanto pela divisão entre os que possuíam magia natural e os que não possuíam, quanto pelos conflitos entre gangues. Por fim, há a questão da rica ambientação, especialmente por grande parte do livro se passar na Nova York do início do século XX.

2 – Protagonista feminina forte:
O que dizer da Esta? Ela é uma daquelas protagonistas fortes, mas que não deixam de ser humanas. Ela é extremamente habilidosa e esperta, conseguindo se virar nos momentos mais difíceis, além de possuir uma personalidade marcante e um senso de humor ácido. Claro que ela comente erros ao longo do livro e, algumas vezes, é muito teimosa, mas isso não diminui o fato de que Esta demonstra uma força muito grande e que a determinação dela em certos momentos é admirável.

3 – Personagens carismáticos:
Além de Esta, todos os demais personagens foram bem construídos pela autora, incluindo os secundários. Achei que todos eles demonstram conflitos internos bem interessantes e acabam conquistando o leitor de alguma forma. Há vilões, é claro, mas até eles são carismáticos à sua maneira. De um modo geral, são personagens que conquistam o leitor e fazem com que ele se importe com o destino de cada um deles.
4 – Viagens no tempo:
Sem dúvida, o ponto alto do livro para mim. Não sei vocês, mas eu amo livros que possuem viagens no tempo e a forma como elas são inseridas nessa história foi muito boa. Além disso, essas viagens permitem ao leitor viajar para Nova York em diferentes momentos, com grande destaque para o início do século XX, o que deixou a leitura ainda mais interessante.

5 – Trama dinâmica e envolvente:
A trama de O último dos magos é extremamente dinâmica, tendo muita ação e aventura desde o começo. Além disso, há um toque de mistério que torna tudo ainda mais instigante e prende a atenção do leitor. Com um bom equilíbrio entre fantasia, ação, mistério, aventura e, até mesmo, um pouco de romance, a leitura se torna bastante fluida e envolvente.

Esses são os principais motivos que me fazem recomendar a leitura de O Último dos Magos. Para quem quiser saber mais sobre o livro, já tem resenha dele aqui no blog. Essa foi uma leitura que me deixou realmente encantada e ansiosa para ler sua continuação.
E vocês, ficaram curiosos para conhecer o universo criado pela Lisa Maxwell? Me contem aí nos comentários se vocês já leram O Último dos Magos ou se os motivos listados despertaram o interesse de vocês.

Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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