Autora: Elizabeth Gilbert
Editora: Objetiva
Páginas: 342
A resenha de hoje será sobre o livro Comer, rezar,
amar, de Elizabeth Gilbert. Finalmente, depois de mais de cinco anos abandonado
na minha estante, eu consegui terminar de ler esse livro, então, resolvi
compartilhar minhas impressões sobre ele.
Em Comer, rezar, amar, Elizabeth Gilbert narra os
acontecimentos de um ano de sua própria vida, em que ela largou tudo para
viajar pelo mundo. Ela tinha passado por um divórcio, enfrentava uma depressão
e lidava com outro relacionamento fracassado, quando resolve se demitir do seu emprego,
vender suas coisas e dedicar um ano da sua vida para procurar a felicidade e a
paz interior. Assim, ela passa quatro meses na Itália, quatro na Índia e quatro
na Indonésia. Em cada um desses países, ela conhece pessoas novas e aprende
coisas diferentes que a ajudam a trilhar um caminho de autoconhecimento.
Gosto nesse livro o fato de que vamos conhecendo Elizabeth aos
poucos, à medida que ela narra os acontecimentos da sua vida, tanto os da
viagem quanto os anteriores a ela. Além disso, o fato de ser autobiográfico faz
com que a história seja contada de um modo mais pessoal e convincente, tornando
mais fácil para o leitor simpatizar com Elizabeth e entender as suas tristezas
e os motivos que a levaram a partir naquela viagem.
Além disso, fica muito claro o processo de evolução
que ela passou durante aquele ano. É possível perceber como cada lugar e cada
pessoa que ela conheceu a ajudaram a curar as feridas do passado e encontrar um
ponto de equilíbrio para sua vida.
No entanto, confesso que por vários momentos achei a
leitura cansativa (tanto que deixei o livro encostado por tanto tempo na
estante, sempre deixando para retomar a leitura depois). Não que a história de
Elizabeth não seja interessante, porque é, mas a maneira como ela a contou me
cansou em alguns momentos. Acho que o livro peca talvez por um excesso de descrições,
sendo muitas delas desnecessárias para a compreensão da história.
Neste sentido, acho que esse foi um dos poucos casos
em que gostei mais da adaptação para o cinema do que do livro que a originou. Isso porque
o filme mantém apenas o que era importante para fazer com que o público
compreenda a jornada de Elizabeth e como esses acontecimentos a transformaram.
Já o livro, é cheio de descrições, comentários e curiosidade sobre os lugares
que ela visita. E, embora essas informações sejam algumas vezes interessantes
e contribuam para a compreensão de como é a cultura
dos lugares por onde ela passou, elas acabaram ocorrendo com mais frequência do
que o necessário, tornando a história lenta e cansativa.
Apesar da leitura não ter fluído e eu ter deixado esse
livro tanto tempo encostado, fico feliz por ter dado uma segunda chance e
terminado de ler. Mesmo com os problemas que apontei, Comer, Rezar, Amar traz
uma história de vida inspiradora, com reflexões sobre a importância da fé, do
equilíbrio interior e da busca pela felicidade dentro de si mesmo.