Editora: Galera
Record
Páginas: 224
“Quem
diria que quatro minutos podem mudar tudo?”
É por causa de quatro minutos de atraso que Hadley, a
protagonista de A probabilidade estatística do amor à primeira vista, perde o
avião que a levaria para Londres, para o casamento do pai. Assim, Hadley
precisa ficar mais quatro horas no aeroporto esperando o próximo voo e acaba
conhecendo um rapaz chamado Oliver. Coincidentemente, ele também iria viajar
para Londres e os assentos dos dois eram próximos. Assim, eles ficaram
conversando não só durante o tempo de espera, mas ao longo do voo também.
Tem muito tempo que estou querendo ler essa história e não
me decepcionei nem um pouco. Pelo contrário, me surpreendi positivamente com a
história e os personagens. Gostei principalmente da relação de Hadley com o
pai.
A trama vai intercalando o presente dos personagens com
acontecimentos passados, explicando o que aconteceu com a família de Hadley e o
que fez com que sua relação com pai tivesse se tornado tão complicada. Ao mesmo
tempo, Hadley e Oliver vão se conhecendo por meio de conversas repletas de
humor, descontração e muita fofura. Sério, o Oliver cativa desde o primeiro
momento e é fácil entender por quê Hadley se sente tão segura e confortável com
ele.
A história ainda tem uma reviravolta que realmente me
surpreendeu e fez com que minha admiração por Oliver aumentasse ainda mais.
Além disso, faz Hadley repensar o modo como vinha conduzindo sua vida e,
principalmente, sua relação com o pai.
Eu pensava que essa seria uma simples história de amor
voltada para o público adolescente. No entanto, o que realmente me cativou
nessa história foi a relação da família. Tanto a relação de Hadley com a mãe quanto
a relação dela com o pai se desenvolvem de uma maneira muito bonita. As dúvidas
e os ressentimentos da menina são muito naturais, o que tornam as ações dela realmente
compreensíveis.
“Apesar
de saber que não passava de uma coleção de minutos, um após o outro, nunca
percebeu, como hoje, o fato de que minutos viram horas, de que meses poderiam
rapidamente ter virado anos, o quão perto esteve de perder uma coisa muito
importante para o movimento incessante do tempo”.
O romance entre o casal também é muito cativante. Eles vão
compartilhando seus medos e inseguranças, mas, ao mesmo tempo, têm momentos
muito divertidos e românticos. São daqueles casais tão fofos que conquistam a
torcida do leitor logo começo.
“Oliver
é como uma música que ela não consegue esquecer. Por mais que tente, a melodia
do encontro entre os dois fica tocando na cabeça repetidamente, cada vez mais
agradável, como uma canção de ninar, como um hino; não tem como ficar cansada
daquilo”.
Assim, é um livro que eu recomendo totalmente para quem
gosta de um romance leve e divertido, que traz uma história envolvente e que
comove o leitor. A leitura é muito fluida, li as 224 extremamente rápido
(questão de poucas horas). Mérito para a escrita de Jennifer E. Smith, que é
divertida e envolvente. Com esse tempinho frio e o clima de romance provocado
pela proximidade do Dia dos Namorados, A probabilidade estatística do amor à
primeira vista é uma ótima opção de leitura.