[Dica da Malu] Minha vida fora de série - 4ª temporada

Sinopse: “Após um traumático término de namoro, Rodrigo e Priscila seguem seus caminhos separadamente. Enquanto ela parte rumo à Nova York para tentar uma nova vida, Rodrigo quer esquecer tudo que passou e viaja para o Canadá, onde encontra os irmãos. Mas algumas lembranças são difíceis de apagar, e deixá-las para trás é muito mais complicado do que ele poderia imaginar. Será que novos amores teriam o poder de curar seu coração? Ou ele precisa confrontar de vez o passado para finalmente se libertar? Descubra nesta nova e emocionante temporada de Minha vida fora de série.”Autora: Paula Pimenta / Editora: Gutenberg / Páginas: 438 / Comprar: Amazon

Semana passada, eu fiz um post aqui no blog falando quatro motivos para ler Minha vida fora de série, da autora Paula Pimenta. Então, esse final de semana eu viajei para Belo Horizonte e descobri que o lançamento do quarto livro seria no domingo e claro que eu não poderia perder, né? Assim, corri para comprar meu exemplar (já que o que eu tinha encomendado na pré-venda não chegaria a tempo) e participei do evento.
Infelizmente, devido a algumas informações desencontradas da Livraria Leitura (onde ocorreu o lançamento), não consegui participar do bate-papo com a Paula. No entanto, consegui senha para a sessão de autógrafos e fiquei muito feliz de poder conversar um pouquinho com a autora e, claro, ter meu exemplar autografado por ela.
Como de hábito com os livros da Paula Pimenta, eu devorei Minha vida fora de série – 4ª temporada e não consegui parar de ler até terminar. Eu estava com mais saudade desses personagens do que imaginava e foi impossível não “maratonar” essa nova temporada com eles. Mais uma vez, me vi completamente mergulhada na história e, quando terminei, senti um vazio enorme e uma necessidade de um abraço, pois não sei como vou aguentar esperar a próxima temporada.


No entanto, antes de começar a falar sobre o livro em si, aquele aviso que sempre faço quando tem resenhas sobre continuações de séries: não continue a leitura desta resenha caso não tenha lido os três primeiros volumes de Minha vida fora de série. Apesar de não colocar nenhum spoiler deste quarto livro, algumas informações dos três anteriores podem aparecer.
Em Minha vida fora de série – 4ª temporada, vamos saber o que aconteceu com o Rodrigo depois dos eventos do terceiro livro. Sim, este livro será totalmente focado na vida do Rô. Ele agora está no Canadá, tentando se recuperar depois de tudo que ocorreu e começar uma nova vida. No entanto, vai perceber que fugir não era a única solução e que, para seguir em frente, ele teria que aprender a lidar com os sentimentos e mágoas do passado.  
Eu preciso confessar para vocês que amo o Rodrigo e, sinceramente, gosto muito mais dele do que da Priscila. Inclusive, fiquei com muita raiva pelas coisas que ela fez no segundo e no terceiro livros, porque o Rô não merecia. No entanto, eu ainda acho esse casal incrível e acabei sentindo muita falta dela. Assim, demorei um pouco para me acostumar que não teríamos a visão da Pri nesse livro.
“Ao fazer mil planos com a Priscila em São Paulo, eu havia esquecido a regra básica: antes de depositar todos os nossos sonhos na mão de outra pessoa, é preciso ter certeza de que você também faz parte dos sonhos dela. E eu tinha descoberto da pior maneira possível que eu vinha sonhando sozinho durante todos aqueles anos.”

Mas, como estamos falando de um livro da Paula Pimenta, claro que isso não comprometeu em nada. Essa temporada do Rodrigo foi cheia de reviravoltas, surpresas e muito amadurecimento. Fiquei muito feliz de ver o quanto ele cresceu nesse livro e se tornou mais forte. Além disso, o Rodrigo é tão fofo e encantador que nada mais justo do que ter um livro só para ele.
Assim, apesar da saudade que senti da Pri, fui conquistada por essa nova fase do Rodrigo e pelos novos personagens que apareceram. Com a mudança dele para outro país, claro que aparecem muitos novatos e todos eles me conquistaram de algum modo. Aliás, é impressionante a habilidade que a Paula Pimenta tem de criar personagens tão cativantes e com personalidades únicas, que fazem o leitor se sentir amigo deles.


Dentre esses novos personagens, quatro se destacaram: o Klaus, a Antonella, o Sean, a Juliette. Cada um destes personagens entra na vida do Rodrigo de uma maneira diferente, mas todos os eles contribuíram muito para o amadurecimento dele, ao longo do livro. No entanto, se fosse para escolher, votaria na Antonella para melhor pessoa do livro todo. Ela é incrível, com uma personalidade cativante e um jeito leve que conquista a simpatia do leitor, e espero que ganhe ainda mais espaço no próximo livro.
Com relação ao enredo, a história transcorre de uma maneira muito envolvente e cheia de surpresas. Confesso que não esperava o misto de emoções que sentiria com esse livro e nem que a Paula Pimenta iria maltratar tanto meu coração. Pela primeira vez, eu senti um medo real de a Pri e o Rô não ficarem juntos e, por causa disso, fiquei muito angustiada o livro todo. Além disso, fiquei bastante dividida entre a vontade que tinha de ver o Rodrigo bem e o medo de que ele se afastasse ainda mais da Priscila.

“Fugir não vai te levar a lugar nenhum, só vai fazer com que você fique dando voltas e voltas dentro de si mesmo. Você precisa confrontar isso de uma vez e perdoar a Priscila. Ela já sofreu o suficiente. E você também.”

O desfecho do livro é daqueles que fazem a gente desejar pegar o próximo volume correndo. Eu ainda tentei procurar alguma pista em Fazendo meu filme 4 – Fani em busca do final feliz, para ver se encontrava alguma indicação lá que acalmaria meu coração. No entanto, a Paula Pimenta foi muito cuidadosa e não tem pista nenhuma. Só me resta esperar o quinto livro e implorar para que ele seja bem grande e não precise de um sexto volume, porque não estou sabendo lidar com tanta curiosidade e ansiedade.


Não preciso nem dizer que a escrita da Paula Pimenta continua maravilhosa e apaixonante. É impressionante como ela está cada vez mais segura na condução da história, fazendo os leitores se encantarem com seus personagens e se envolverem em todas as aventuras e mudanças vividas por eles. Além disso, ela continua demonstrando uma grande habilidade para construir personagens e situações muito reais, que fazem o leitor se identificar com eles.
Quanto à edição, segue o mesmo padrão dos três primeiros livros, que eu adoro. A capa está lindíssima, as páginas são amareladas e, no início de cada capítulo, temos um trecho de alguma série famosa. Além disso, usaram fontes diferentes para os e-mails trocados entre os personagens, bem como para as cartas e mensagens de celular. Isso não apenas demonstra o cuidado da editora, como ainda facilita bastante a leitura. Houve alguns errinhos de digitação, como palavras que ficaram sem espaçamento entre elas, mas foram muito poucos e não dificultaram em nada a compreensão.
Assim, Minha vida fora de série - 4ª temporada é um presente para os fãs da série, especialmente para aqueles que amam o Rodrigo. A Paula Pimenta conseguiu colocar um turbilhão de emoções em um único livro e me deixar ainda mais ansiosa (para não dizer desperada) para conferir o próximo livro, mas, apesar da angústia que estou sentindo nesse momento, adorei acompanhar o crescimento do Rodrigo. No entanto, ainda espero muito que a Pri esteja mais presente no próximo livro e que ela e o Rô tenham mais uma temporada incrível.

E, se você ainda não leu Minha vida fora de série e essa resenha não te convenceu a começar, não deixe de conferir o post que fiz citando quatro motivos para ler essa série

[Dica da Malu] Confissões on-line 2: Entre o real e o virtual

Sinopse: Mariana Prudente realizou seu maior sonho: fazer intercâmbio. Depois de dois meses de muito aprendizado e diversão no Canadá, ela voltou para casa, mas, dessa vez, é Arthur quem parece distante. Para completar, além de não ter a menor ideia do que fazer com o próprio futuro, Nina, sua melhor amiga, está de malas prontas para fazer faculdade em outro estado. Mari, então, mais uma vez faz de seus vídeos o lugar ideal para extravasar e falar sobre seus anseios e sua rotina diária. O canal Marinando ganha cada vez mais acessos e vira um fenômeno na internet. Com a sua vida virtual dominando a real, Mariana ainda precisará acertar as contas com o passado e enfrentar quem não está feliz com o sucesso dela. Mas, com a ajuda de uma nova amiga, Mari conseguirá enfrentar os momentos bons e ruins dos próximos meses e, finalmente, descobrir quem ela realmente é.Autora: Iris Figueiredo / Editora: Évora (selo Generale) / Páginas: 216 / Comprar: AmazonLivro cedido pela editora

Quem me acompanha aqui no blog viu que semana passada eu postei a resenha de “Confissões on-line: Bastidores da minha vida virtual” da autora Iris Figueiredo (aqui). Então, hoje eu vou falar sobre a continuação dele, Confissões on-line 2 – Entre o real e o virtual, que eu também recebi de cortesia da editora Évora.
Antes de mais nada preciso avisar que, se você não leu o primeiro livro, esta resenha pode ter alguns spoilers. Eu vou evitar ao máximo falar sobre o desfecho do primeiro livro, mas é inevitável, então, para quem não quiser saber demais, é melhor evitar continuar a leitura daqui para frente.
Agora que o aviso foi dado, vamos falar sobre o livro. A história continua dois meses depois do final do primeiro livro e a protagonista Mari ainda tem muitos problemas para enfrentar. Ela não passou no vestibular e não sabe direito o que quer fazer, seu namorado está estranhamente distante e ela está cada vez mais preocupada com a saúde de sua amiga, Nina. Para piorar, o passado de Mari parece não querer deixá-la em paz e o sucesso do seu canal parece incomodar algumas pessoas.
A primeira coisa que destaco sobre esse livro é que ele é uma continuação mais do que necessária. Apesar de muito fofo, o final do primeiro livro deixa muitas questões em aberto e que precisavam ser exploradas. Apesar de ter finalmente se livrado das pessoas que faziam mal para ela, Mari ainda não tinha enfrentado de frente seu passado e nem se livrado dos seus traumas.

O mundo é tão grande, com gente tão diferente, que não vale a pena privar de conhecer novas histórias e personalidades todos os dias. Há muito mais por aí além do meu bairro, da minha escola e de todo o mundinho ao qual eu sempre me prendi.

Algumas coisas que aconteceram com Mari no primeiro livro eram muito graves e tive medo de que a autora deixasse isso passar batido, com a personagem superando tudo com facilidade. Felizmente, isso não aconteceu e, ao longo do livro, percebemos que o passado deixou marcas em Mari. Além disso, a autora deixa claro que, provavelmente, a menina nunca iria esquecer o que aconteceu, mas que ela precisava enfrentar seus traumas para poder seguir em frente.
Outro ponto que gostei bastante é que a questão dos transtornos alimentares é abordada mais a fundo. Desde o primeiro livro, já fica evidente que a Nina sofre com bulimia e anorexia e em vários momentos é ressaltada a gravidade da situação. Além disso, o fato de Mari não saber como ajudá-la permite que o leitor vá descobrindo junto com ela como identificar e ajudar uma pessoa que esteja sofrendo com esses transtornos.
Com relação aos personagens, eu já havia gostado de como eles foram construídos no primeiro livro e achei que a autora soube desenvolvê-los muito bem. A Mari amadureceu muito e começou a aprender a enfrentar seus problemas e pedir ajuda quando necessário. Além disso, os personagens secundários também têm seus próprios conflitos e é interessante acompanhar a jornada de todos eles.

Todo mundo tinha seus dramas e medos. Se eles não estão nos relacionamentos, pode ter certeza que estão na família, em amizades ou qualquer outro campo. Cada um concentrava seus problemas em uma área, ou em várias. No final do dia, todo mundo precisava lidar com suas inseguranças, mesmo que elas não fossem as mesmas.

No entanto, tem uma personagem nova que merece um destaque especial. A Pilar, uma menina que a Mari conhece em seu intercâmbio, proporciona ótimos momentos no livro, com seu jeito espontâneo e divertido. Além disso, sem querer ser (muito) clubista, mas ela torce para o Atlético Mineiro, então, já virou uma das minhas personagens favoritas.
A escrita da autora é mais uma vez leve e envolvente. Ela conseguiu construir personagens muito humanos e cativantes, abordando problemas sérios da adolescência, mas ainda proporcionando muitos momentos divertidos. A leitura não é cansativa ou arrastada em nenhum momento e o leitor realmente se envolve com as situações e dilemas vividos pelos personagens.
A edição segue o mesmo padrão do livro anterior, incluindo as ilustrações com as mensagens trocadas pelos personagens e com as reportagens das revistas que Mari lê. As páginas são amareladas e, como no primeiro livro, a fonte poderia ser um pouco maior, mas não chega a prejudicar a leitura.

Assim como falei sobre o primeiro volume, Confissões on-line 2: Entre o real e o virtual é uma leitura mais do que indicada para quem gosta de livros jovem adulto, trazendo um retrato realista, mas delicado sobre a adolescência. É um livro repleto de momentos divertidos e situações inusitadas, mas que aborda questões sérias e que precisam ser discutidas, especialmente entre o público mais jovem. 

Motivos para ler "Minha vida fora de série"

Se você é adolescente ou conhece algum, com certeza já ouviu falar sobre a Paula Pimenta. Essa escritora mineira conquistou o coração de milhares de leitores com a série “Fazendo meu filme” e, desde então, seus livros são um sucesso. Aliás, no final do mês será lançado o quarto volume de outra série de sucesso da autora, Minha vida fora de série – 4ª temporada.
Aproveitando que o lançamento está tão próximo, resolvi fazer um post especial sobre essa série. Então, se você ainda não conhece o trabalho da Paula, ainda não se interessou pelos seus livros ou, até mesmo, leu a série Fazendo meu filme e ainda não foi conhecer as outras obras da autora, vou listar aqui quatro motivos para começar a ler “Minha vida fora de série”.

1 – Facilidade de identificação, mesmo para quem não é mais adolescente.
Sei que muitas pessoas acham que, por se tratar de livros jovem adulto, eles estão limitados ao público adolescente, mas não é bem assim. Tem muitos adultos que ainda se encantam com as histórias da Paula (inclusive eu), porque ela tem uma habilidade incrível de retratar a adolescência de uma forma tão sensível e tão natural, que é impossível você ler e não sentir uma certa nostalgia lembrando da sua época de adolescente. Claro que são livros românticos e com vários momentos que parecem de sonhos, mas os personagens, os diálogos e os lugares são tão realistas que, ao longo do livro, você vai se ver em pelo menos uma situação retratada e lembrar com carinho da sua própria adolescência.

2 – Não tem estereótipos de adolescentes americanos.
Um dos problemas que eu sempre tive com livros jovem adulto escritos por autores estrangeiros é que os adolescentes ali retratados vivem uma realidade muito diferente da nossa. Claro que alguns autores conseguem abordar aspectos da adolescência que são comuns em qualquer lugar do mundo, o que facilita a identificação, mas sempre tem algumas coisas que são diferentes em cada país.
Nesse sentido, os livros da Paula Pimenta trazem uma sensação de reconhecimento muito maior. São histórias que se passam no Brasil, em cidades e lugares que muitos de nós conhecemos e, por isso, conseguimos nos identificar mais facilmente.

3 – Ótimas indicações de séries
            Em todos os livros de “Minha vida fora de série”, foram incluídos diálogos de séries famosas no começo de cada capítulo. Esses trechos, que têm a ver com a situação que irá acontecer naquele capítulo, são retirados de famosas séries de TV como Gilmore Girls, One Three Hill, The O.C., entre outras. Aliás, ainda preciso agradecer à Paula, porque foi graças a esses livros que resolvi assisti Gilmores Girls e adivinhem? Se tornou a minha série favorita da vida!
            Então, se você ama séries ou está procurando alguma indicação para assistir, pode pegar Minha vida fora de série para ler. Em todos os livros são citadas várias séries, algumas mais antigas, outras um pouco mais recentes, e tenho certeza que pelo menos uma vai te agradar.

4 – É o mesmo universo ficcional de Fazendo meu filme.
            Para quem não sabe, Minha vida fora de série traz como protagonistas a Priscila e o Rodrigo, que apareceram nos quatro livros de Fazendo meu filme, mas eram considerados secundários. Assim, podemos conhecer melhor esses personagens que não tiveram um grande destaque em Fazendo meu filme, mas que já ocupavam um lugar no nosso coração. Além disso, para quem leu todos os livros de Fazendo meu filme e sentiu falta de mais, é uma ótima forma de matar um pouquinho as saudades.
            Aliás, ainda ressalto que a Paula soube conduzir muito bem as duas séries, sem deixar que houvesse nenhuma contradição de uma para a outra. Além disso, há momentos em que as duas histórias se cruzam, porém, o final de Fazendo meu filme não deixa claro o que aconteceu com os personagens de Minha vida fora de série. Ou seja, só lendo mesmo para descobrir.

Bônus:
            O quarto livro está próximo de ser lançado, mas ainda dá tempo de ler os três primeiros. Os livros têm um bom espaçamento e a escrita da Paula é tão leve e envolvente, que a leitura flui muito rápido.


            Assim, só me resta dizer que eu indico tranquilamente essa série para quem é adolescente e para os adultos que querem lembrar da sua própria adolescência. É uma leitura leve, divertida e apaixonante, daquelas que a gente termina sentindo o coração quentinho e com saudade dos personagens. 

Para quem tem interesse em ler essa série ou outros livros da autora, vou deixar o link de compra na Amazon aqui. E aproveito para lembrar que Minha vida fora de série - 4ª temporada, já está disponível em pré-venda aqui.

Lançamentos de Agosto - Galera Record

Hoje eu vim trazer aquele post que faz a alegria de muita gente: anúncio de lançamentos do mês da Galera Record. Então, já podem se preparar para ampliar a lista de desejados que as novidades de agosto estão bem legais.

O problema do para sempre – Jennifer L. Armentrout. Sinopse: “Mallory viveu muito tempo em silêncio. Mas o destino lhe reserva um novo desafio. E ela percebe que está na hora de encontrar a própria voz. Já na infância, Mallory Dodge percebeu que só poderia sobreviver se ficasse calada. Teve que aprender a ficar o mais quieta possível. Aprendeu a passar despercebida. A se esconder. Mas agora, após ter sido adotada por pais amorosos e dedicados, ela precisa enfrentar um novo desafio: sobreviver ao último ano do Ensino Médio numa escola de verdade. O que Mallory não imaginava é que logo no primeiro dia de aula daria de cara com um velho amigo que não via desde criança, quando viviam juntos no abrigo. E começa a notar que não é a única que guarda cicatrizes do passado, além de uma paixão adormecida e inevitável”. Páginas: 392

Loki & Mori – Heather W. Petty. Sinopse: “Um assassinato uniu Lock e Mori. A verdade pode separá-los para sempre. Uma pessoa foi assassinada no Regent’s Park, a polícia não tem pistas. Sherlock Holmes, um adolescente brilhante, desafia a jovem James Moriarty a resolver o crime antes que ele mesmo o faça. Existe uma única regra: devem compartilhar todas as informações que encontrarem. O que começou como um jogo divertido logo se torna assustador. À medida que se aproxima da solução do caso, Mori descobre que o assassinato está conectado ao próprio passado. Agora, a garota está guardando segredos de Sherlock, de sua família e da melhor amiga... E esses segredos podem trazer severas consequências. Para salvar aqueles que ama, Mori está disposta a acabar com tudo com as próprias mãos. Será que Lock ainda estará ao seu lado quando tudo estiver resolvido? Esse é um mistério que Mori não pode solucionar”. Páginas: 256

Treze – FML Pepper. Sinopse: "O azar pode ser a sua ruína. A sorte também. Da mesma autora da trilogia Não pare! Rebeca. Uma garota sem escrúpulos ou fé, criada para ser ladra. O esquema para o novo e maior golpe de sua vida é irretocável, perfeito... até encontrar Madame Nadeje, a enigmática cartomante do decadente parque de diversões. Ouvir seus segredos mais íntimos seguidos de profecias perturbadoras, entretanto, não impedem Rebeca de ir adiante. Seu mundo matemático e lógico desmorona ao enfrentar as previsões da vidente, e sua vida se transforma em um pesadelo. Karl, um orgulhoso e passional lutador de MMA, passa por uma grande decepção. Incapaz de aceitar derrotas, ele comete um erro estúpido e, de herói, se torna vítima em segundos. Um acidente deixa em seu cérebro um coágulo inoperável que pode se romper num piscar de olhos. Determinado a esconder a terrível condição de todos, ele resolve levar uma vida tranquila e passar longe de brigas. Um plano perfeito... até conhecer Rebeca. " Páginas: 406

O garoto está de volta – Meg Cabot. Sinopse: “Um escândalo traz de volta à pequena cidade natal, à família e ao primeiro amor uma estrela do golfe. Reed Stewart pensou que todos os problemas de cidade pequena — incluindo um coração partido — haviam ficado para trás quando ele abandonou a microscópica Bloomville, Indiana, há dez anos para se tornar um rico e famoso profissional do golfe. Até um post na internet ter ressuscitado todas as suas inseguranças de adolescente. Becky Flowers investiu tempo e recursos para se tornar uma bem-sucedida profissional no ramo de realocação de idosos. Mas ela trabalhou ainda mais duro para esquecer que Reed Stewart sequer existia. Ela não tinha, absolutamente, a menor intenção de revê-lo, agora que ele voltou... até a família do garoto a contratar para ajudar na mudança dos pais.” Páginas: 352

A caça ao snark – Lewis Carroll / Ilustrador: Chris Riddell. Sinopse: “Uma versão luxuosa de A caça ao Snark, poema nonsense de Lewis Carroll, que traz ilustrações e introdução de Chris Riddell, além de tradução da poeta Bruna Beber. Paladar nítido e incoerente; hábito de acordar tarde; lentidão em fazer graça; fascínio por carrinhos de banho, levando o seu consigo debaixo de chuva ou de sol; finalmente, mas não menos importante, sua ambição é tanta, mas tanta, que distingue os penosos mordedores dos bigodudos arranharentos. É difícil dizer o que é um Snark. Mas não se preocupe! Saberá que está diante de um quando o vir. Ele é imbatível. Arrebatador. Se acalme, amigo. Não vamos ficar afoitos. Entre no navio, se junte aos outros e não faça como o padeiro, que desmaiou agora há pouco. Essa nova versão luxuosa de A caça ao Snark, poema nonsense de Lewis Carroll, traz ilustrações e introdução de Chris Riddell, premiado autor das séries Otolina e Garota Gotic, além de tradução da poeta Bruna Beber. A caça ao Snark está há anos fora das prateleiras brasileiras e é uma verdadeira joia para admirados de Carroll e sua literatura”. Páginas: 96

Gostaram das novidades? Não deixem de me contar nos comentários se vocês já leram ou querem ler algum destes lançamentos de agosto da Galera Record.

E, para quem se interessou, vou aproveitar e contar outra novidade: começou hoje, ao meio-dia, a Book Friday da Amazon. São milhares de livros e ebooks em promoção, além de desconto de R$ 80,00 nos modelos Kindle e Kindle Paperwhite, e o melhor de tudo é que o frete é grátis para todo o Brasil, independentemente do valor da compra. Não dá para perder né? Mas tem que correr, porque a promoção é só até as 23:59 de amanhã (18 de agosto). Então, aproveitem para comprar algum desses lançamentos ou aquele livro que já está na lista de desejados há um tempão: http://amzn.to/2vMApjI

[Dica da Malu] Confissões on-line

Sinopse: “Prudência é uma característica que só consta no sobrenome de Mariana Prudente. A menina viu sua vida mudar de cabeça para baixo em poucos meses: perdeu a popularidade, o namorado, a melhor amiga e o grande sonho de fazer um intercâmbio. Mariana vê seu nome rabiscado nas cabines do banheiro da escola e escuta fofocas sobre ela pelos corredores do colégio e fica sem rumo. O vestibular se aproxima, sua irmã está enlouquecida por causa do casamento marcado, e tudo que ela quer é não pirar enquanto suporta os últimos meses no ensino médio. Sem lugar para desabafar, Mari vê no ambiente virtual uma chance de descarregar todas as angústias do mundo off-line, criando o blog Marinando. Com sua banda preferida como trilha sonora, ela conta com a ajuda de Arthur e Carina para mergulhar no mundo virtual e esquecer os problemas do mundo real. Com uma câmera na mão e alguns vídeos na internet, Mariana Prudente vê sua vida mudar mais uma vez, pois chegou a hora de sair dos bastidores e ser protagonista novamente.”Autora: Iris Figueiredo / Editora: Évora (selo Generale) / Páginas: 240 / Comprar: Amazon / Site da editora Exemplar cedido pela editora.

Já imaginou ter sua vida completamente transformada pela internet? É isso que acontece com Mariana Prudente, uma adolescente de 17 anos, protagonista do livro “Confissões on-line: Os bastidores da minha vida virtual”, da autora brasileira Iris Figueiredo. Sua vida estava cheia de problemas e, sem ter com quem desabafar, ela resolve criar um canal no YouTube e contar um pouco sobre a sua vida. O que Mariana não esperava é que, de uma hora para outra, esse canal ia conquistar muitos seguidores e virar sua vida de cabeça para baixo, mais uma vez.

“Foi uma fofoca que colocou minha vida de cabeça para baixo de um dia para o outro. Sem chances de explicação, fui deixada na mão. Em uma semana, eu tinha tudo: amigos, namorado e uma reputação; na outra, eu só tinha a certeza de que não era culpada de nada do que me acusaram.”

Confesso que, quando comecei a ler, achava que os problemas que desestabilizaram a vida de Mariana tinham uma boa dose de drama adolescente. No entanto, à medida que fui lendo, percebi que eram motivos consistentes e que poderiam acontecer com qualquer adolescente. Uma fofoca fez com que Mariana ficasse isolada na escola e se tornasse alvo da hostilidade dos colegas. Além disso, de uma vez só, ela perdeu o namorado e praticamente todos os amigos. E, para completar, o intercâmbio que ela faria para o Canadá foi adiado, pois a irmã mais velha dela, Melissa, ficou noiva e seus pais não tinham dinheiro para pagar a viagem e o casamento. Assim, Mariana teve que adiar seu sonho e a chance de se livrar de todos os problemas no colégio.
O segredo sobre o que realmente aconteceu com Mariana e qual era a fofoca que havia sido inventada sobre ela não é revelado; a autora vai dando pequenos indícios durante o livro, mas a extensão e gravidade do que aconteceu só é descoberto mais para o final. Claro que eu não vou contar aqui o que é, mas é um assunto sério e, infelizmente, muito atual.
Aliás, um dos pontos positivos que encontrei nesse livro é que, ao contrário do que eu imaginei a princípio, a autora aborda vários temas importantes. E, apesar de ser tudo discutido de uma maneira leve, bem adequada ao público adolescente, ela não tira a seriedade das questões discutidas. Assim, entre os diversos assuntos que são abordados, estão o bullying, a fofoca, transtornos alimentares, os riscos da exposição na internet, entre outros.

“Foi um olhar dividido na mesa daquela pizzaria que me fez ter certeza do que ela estava passando, um olhar cheio de dúvida, medo e tristeza. E agora tudo que eu queria era ajudá-la, mas não sabia como.”

Com relação aos personagens, eu gostei bastante de como foram construídos. Eles não são infantilizados, mas também não parecem adultos em corpos de adolescentes. São jovens normais, com problemas, um pouco de drama, sonhos e inseguranças. Aliás, muitas das situações vividas são comuns à qualquer um que foi ou é adolescente: a preocupação com o vestibular, o medo do futuro, a necessidade de ser aceito, a empolgação de assistir ao show da banda favorita, a insegurança com o próprio corpo e, claro, os conflitos amorosos e nas amizades.
Assim, a Mariana é uma protagonista cativante, mas também muito humana. Qualquer um que já foi adolescente vai se identificar com ela ou, pelo menos, sentir empatia. Ela é inteligente, carismática, tem personalidade e um senso de humor afiado, mas também tem dúvidas, inseguranças e enfrenta problemas que são críveis. Lógico que há algumas situações um tanto exageradas, mas, considerando o contexto e o fato de ser um livro jovem adulto, dá para relevar. Mas o que mais me chamou a atenção nessa personagem é que ela comete muitos erros ao longo do livro (quem nunca, não é mesmo?), mas também amadurece com eles.
Os demais personagens da trama são bem construídos e conquistam a simpatia do leitor, pelo menos, a maioria deles. Há um grupinho que inferniza a vida de Mariana e que são realmente destetáveis, mas, infelizmente, não deixam de ser críveis, pois há muitos jovens que agem exatamente como eles. Por outro lado, Carina, a melhor amiga dela, Bernardo e Arthur se destacaram ao longo do livro e agregaram bastante à história.



Não poderia deixar de mencionar também que o romance na história é fofo e bem construído. No começo, tive um certo receio de que seria mais um caso de amor à primeira vista, o que normalmente me irrita muito, mas isso não acontece. O interesse de Mariana fica claro desde o começo, mas a aproximação entre eles é natural e o romance foi construído aos poucos.
Com relação à escrita de Iris Figueiredo, achei natural e envolvente. Ela soube retratar problemas reais da adolescência de uma maneira condizente com a realidade, mas sem tornar a história pesada ou excessivamente dramática. Além disso, a trama foi conduzida de uma maneira dinâmica e envolvente, com diálogos divertidos e, ocasionalmente, algumas mensagens trocadas por celular, e-mail ou Facebook.
A edição do livro está linda e com detalhes que ajudam a compor a história. Além da capa que tem tudo a ver com a trama, o livro conta também com as ilustrações das mensagens trocadas entre os personagens, bem como de páginas de revistas. Não encontrei nenhum erro de revisão e, apesar de achar que a fonte do livro poderia ser um pouco maior, não é nada que chegue a atrapalhar a leitura, ainda mais com as páginas amareladas que facilitam bastante.
De modo geral, gostei bastante do livro e indico bastante para quem está na adolescência. A autora trabalhou temas muito apropriados para esse público de uma maneira leve, mas que deixa claro a seriedade deles. No entanto, não é uma leitura que fica limitada ao público alvo. Qualquer um que já passou por essa fase vai se identificar com pelo menos alguma das situações retratadas e se divertir com as confusões em que Mariana se envolve. Gostei deste livro muito mais do que esperava e já li o segundo, cuja resenha deve sair aqui no blog ainda essa semana.

Gostaram da resenha? Quero muito saber a opinião de vocês, então, me contem aí nos comentários se vocês já leram ou querem ler esse livro. 

Tag - Pai Literário


No segundo domingo de maio, é comemorado no Brasil o Dia dos Pais. Então, para homenagear a data de hoje resolvi responder a Tag Pais Literários criada pela Sabrina do blog SteLivros. São cinco perguntas que envolvem citar um pai da literatura que tenha a ver com tipos de pai da vida real.
Então, vamos às minhas respostas:

1 – Pãe: Pai que também é mãe

Para essa pergunta, pensei em um personagem que, apesar de não ter filhos, é um ótimo “pãe”: o Hagrid, da série Harry Potter. Não dá para negar que ele trata o Harry, o Rony e a Hermione como se fossem seus filhos mesmo, e ainda tem o maior jeito de mãe. Inclusive, como esquecer quando ele “adotou” um filhote de dragão e ainda soltou a famosa frase “ele reconhece a mamãe”.


2 – Pai artista
Claro que o Hans, pai adotivo da Liesel, em A menina que roubava livros, teria que aparecer nessa tag, não é mesmo? Ele é um dos meus pais preferidos da literatura e não poderia ficar de fora. Por esse motivo, quando vi esta pergunta, ele foi o primeiro personagem a vir na minha mente. Além de ser um pai amoroso e dedicado, ele é violinista e usa sua música tanto para sustentar sua família quanto para alegrar sua filha.

3 – Pai estiloso
Essa foi provavelmente a pergunta que gastei mais tempo tentando pensar em uma resposta. Não conseguia lembrar de imediato de nenhum pai da literatura que tivesse estiloso como uma de suas características. Mas depois que lembrei fiquei me perguntando como não pensei nele antes: Magnus Bane, o famoso feiticeiro da série Os Instrumentos Mortais. Ele não aparece apenas nessa série, mas em outras da Cassandra Clare e é, provavelmente, o personagem mais estiloso que eu já li.

4 – Pai companheiro
Para mim, a resposta mais óbvia de todas: Arthur Weasley, da série Harry Potter. Tem como não pensar no amoroso e divertido Sr. Weasley, sempre disposto a proteger e amparar seus sete filhos?  Arthur é um homem gentil, que muitas vezes faz vista grossa para as bagunças dos filhos, mas também sabe o momento de dar bronca e impor limites. Além disso, ele está sempre disposto a orientar e aconselhar, não apenas seus filhos, mas os amigos deles, que ele considera como parte da família.
 
5 – Pai protetor
Quando vi essa pergunta, pensei imediatamente em um personagem que não é pai, mas age como se fosse, e é tão protetor quanto: Anthony Bridgertn, da série Os Bridgertons, da Julia Quinn. O mais velho de oito filhos, Anthony acabou assumindo a criação dos irmão mais novos quando o pai deles morreu. Assim, ele acabou se tornando a figura paterna que os caçulas tiveram e, mais ainda, um pai super-protetor, especialmente para as irmãs.

E aí, gostaram das minhas respostas? Me contem aí nos comentários o que acharam e não deixem de conferir a tag original, neste link.

Lembrando que todos os livros citados na tag, vocês podem adquirir na Amazon, através do link do blog: aqui.

[Dica da Malu] Simplesmente o paraíso

Sinopse: “Honoria Smythe-Smith sabe que, para ser uma violinista ruim, ainda precisa melhorar muito… Mesmo assim, nunca deixaria de se apresentar no concerto anual das Smythe-Smiths. Ela adora ensaiar com as três primas para manter essa tradição que já dura quase duas décadas entre as jovens solteiras da família. Além disso, de nada adiantaria se lamentar, então Honoria coloca um sorriso no rosto e se exibe no recital mais desafinado da Inglaterra, na esperança de que algum belo cavalheiro na plateia esteja em busca de uma esposa, não de uma musicista. Marcus Holroyd foi encarregado de uma missão… Porém não se sente tão confortável com a tarefa. Ao deixar o país, seu melhor amigo, Daniel, o fez prometer que vigiaria sua irmã Honoria, impedindo que a moça se casasse com pretendentes inadequados. O problema é que ninguém lhe parece bom o bastante para ela. Aos olhos de Marcus, um marido para Honoria precisaria conhecê-la bem (de preferência, desde a infância, como ele), saber do que ela gosta (doces de todo tipo) e o que a aflige (como a tristeza pelo exílio de Daniel, que ele também sente). Será que o homem ideal para Honoria é justamente o que sempre esteve ao seu lado afastando todo e qualquer pretendente? Com seu estilo inteligente e divertido, Julia Quinn enfim apresenta ao público o Quarteto Smythe-Smith, o terrivelmente famoso e adoravelmente desafinado grupo musical que conquistou os leitores antes mesmo que as cortinas se abrissem para ele.”Autora: Julia Quinn / Editora: Arqueiro / Páginas: 272 - Comprar: Amazon

Preciso começar essa resenha dizendo que estou com um vício chamado romances de época. Sério, a série Os Bridgertons, da Julia Quinn, me apresentou esse gênero e agora eu estou completamente apaixonada. Por isso, mesmo sem ter terminado essa série ainda, tive que começar a mais recente da autora, O Quarteto Smythe-Smith. Mais uma vez, pude experimentar uma leitura leve, romântica, divertida, e que me deixou com um sorriso bobo no final.
Em Simplesmente o paraíso, primeiro livro deste quarteto, o leitor é apresentado a Honoria Smythe-Smith, uma jovem que já vai para sua terceira temporada a procura de um marido, mas ainda não desistiu. Ela tem esperança de que esta seja sua última temporada como solteira, apesar de todos os pretendentes que a cortejaram anteriormente terem desistido sem maiores explicações.
Mal sabia Honoria que Marcus Holroyd estava disposto a afastar qualquer pretendente que não julgasse digno dela. Antes de ir embora do país, Daniel, irmão mais velho de Honoria, pediu que Marcus cuidasse de sua irmã caçula e impedisse que ela se casasse com um homem inadequado. Por esse motivo, ele sempre acompanhou atentamente os passos da jovem e espantou todos os pretendentes que tentaram se aproximar. Sem que ela soubesse, claro.
Para Marcus, cumprir a promessa feita ao amigo não chegou a ser um sacrifício. Ele cresceu junto com Daniel e Honoria, portanto, sempre foi próximo dela e desejava que ela se casasse com um homem que a merecesse. No entanto, um acidente acaba aproximando os dois de uma maneira que Marcus não esperava e afastar outros pretendentes de Honoria deixa de ser apenas uma missão para atender ao pedido de um amigo.
Como já deve ter dado para perceber, o enredo deste livro é bastante previsível, porém, eu me envolvi com a história como se não fizesse a menor ideia de qual seria o desfecho. O motivo disso é que o romance foi construído de uma forma absolutamente natural e apaixonante. Não existem aquelas paixões instantâneas e sem fundamento que sempre me irritaram. Na verdade, Marcus e Honoria compartilham inúmeras lembranças e momentos importantes vividos desde a infância, portanto, é totalmente natural que a reaproximação, já como adultos, levasse a descoberta de sentimentos mais fortes que uma simples amizade.
Nesse sentido, me agradou muito a forma como Julia Quinn conduziu a trama. A princípio, vemos Marcus e Honoria retomando a amizade, se redescobrindo depois de adultos e relembrando os ternos momentos da infância. Isso torna o vínculo entre eles muito mais crível para o leitor e o desenrolar da história é natural e apaixonante. Além disso, o sentimento que vai surgindo é tão puro e genuíno que é capaz de fazer os leitores mais românticos suspirarem sonhando viver algo parecido.
E o que dizer da Honoria? Ela é uma das melhores mocinhas que já li em romances e são tantos motivos para isso que chega a ser difícil explicar. Provavelmente, o primeiro deles é o otimismo e a maneira leve que ela tem de encarar a vida. Mesmo já estando próxima de ser considerada uma solteirona (para os padrões da época), Honoria não se desespera ou desanima. Além disso, ela não está disposta a aceitar qualquer rapaz que a cortejar. Honoria quer muito se casar e acredita firmemente que irá conseguir, mas só se for com um rapaz que a ame e que realmente seja digno dela.
Outro motivo que me fez adorar essa protagonista é o amor que ela tem pela família. Quem já leu a série Os Bridgertons sabe que a família Smythe-Smith sempre realiza um tradicional concerto apresentado por quatro jovens solteiras da família. O problema é que eles são sempre péssimos, devido à falta de talento musical das jovens. Naquele ano, era a vez de Honoria se apresentar novamente com suas primas Sarah, Iris e Harriet, e, mesmo sabendo que seria mais uma performance desastrosa, ela se dedica ao máximo e sem reclamações, simplesmente por ter orgulho de dar continuidade a uma tradição de família. E, sendo sincera, só o fato dela se apresentar de cabeça erguida, sem constrangimento, já diz muito sobre a personalidade desta personagem.
Marcus, por sua vez, é um homem apaixonante. Não tem outra palavra mais exata para descrevê-lo. Discreto e levando uma vida solitária, Marcus é um amigo leal e que se empenha para cumprir a palavra dada ao amigo. Ao longo do livro, podemos conhece-lo melhor e perceber que, por trás da fachada séria, ele é um homem gentil, atencioso e divertido, que só não se mostra mais por ser tímido e reservado. Além disso, ele não é aquele tipo de mocinho superprotetor, arrogante e extremamente autoconfiante, que fica tentando mudar a personalidade da protagonista e controla-la a todo segundo. Ao contrário, ele a admira cada vez mais por sua maneira de falar e pensar, e está sempre disposto a apoiá-la, mesmo que isso signifique passar (longas) horas nos recitais das Smythe-Smith.
No entanto, o livro vai além do casal principal e apresenta personagens secundários tão carismáticos quanto os protagonistas. Em especial, as primas de Honoria, Sarah e Iris, e sua amiga Cecily são muito divertidas e carismáticas. É impossível não dar risadas com seus planos para tentar encontrar maridos adequados na temporada social que irá se iniciar ou com as brigas nos ensaios para o recital dos Smythe-Smith.
A escrita de Julia Quinn mais uma vez se mostrou fluida e envolvente. Apesar do romance se desenvolver de uma maneira muito gradual, a leitura não se torna cansativa em nenhum momento. Ao contrário, ela é leve, agradável e divertida, e é muito gostoso acompanhar o casal principal ir evoluindo da amizade para o amor, construindo um vínculo forte e verdadeiro.
Com relação a edição, não preciso nem dizer que ficou impecável, né? Mais uma vez a Editora Arqueiro caprichou em todos os detalhes e trouxe um livro lindo, desde a capa até a diagramação do texto. Além disso, as páginas são amareladas e a fonte e o espaçamento estão em um tamanho ideal para leitura.
Deste modo, não preciso nem dizer que esta é uma leitura mais do que recomendada para os fãs de romances de época e até mesmo para aqueles que querem começar a conhecer o gênero. Não é à toa que a Julia Quinn é uma das autoras mais lidas quando o assunto é romance de época; seus livros são leves e apaixonantes e seus personagens conquistam o leitor desde as primeiras páginas.
Amei esse primeiro volume da série Quarteto Smythe-Smith e não vejo a hora de ler os próximos. Quem já leu ou pretende ler essa série? Me contem a opinião de vocês aí nos comentários.
E, para quem tem interesse em adquirir, eles podem ser comprados separadamente ou em um box lindo que a Editora Arqueiro preparou. Vou deixar todos os links de compra na Amazon aí embaixo:

Simplesmente o paraíso: Aqui
Uma noite como esta: Aqui
A soma de todos os beijos: Aqui
Os mistérios de Sir Richard: Aqui
Box Quarteto Smythe-Smith: Aqui

[Dica da Malu] Um tom mais escuro de magia

Sinopse: “Entre em um universo de aventuras audaciosas, poder eletrizante e Londres múltiplas. Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica. Existe a Londres Cinza, suja e enfadonha, sem magia alguma e com um rei louco — George III. A Londres Vermelha, onde vida e magia são reverenciadas, e onde Kell foi criado ao lado de Rhy Maresh, o boêmio herdeiro de um império próspero. A Londres Branca: um lugar onde se luta para controlar a magia, e onde a magia reage, drenando a cidade até os ossos. E era uma vez... a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extra-oficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. É um hobby desafiador com consequências perigosas que Kell agora conhecerá de perto. Fugindo para a Londres Cinza, Kell esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente obriga Kell a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade. Magia perigosa está à solta e a traição espreita em cada esquina. Para salvar todos os mundos, Kell e Lila primeiro precisam permanecer vivos.” - Autora: V. E. Schwab / Editora: Record / Páginas: 420 / Comprar: AmazonLivro cedido pela Editora Record

Sabe quando você tem expectativas altas para um livro e ele consegue ultrapassar todas elas? Eu sei que é raro, mas aconteceu comigo e o nome do livro é “Um tom mais escuro de magia”, da V. E. Schwab (ou Victoria Schwab). Eu terminei a leitura desse livro recentemente e só conseguia pensar uma coisa: que livro MARAVILHOSO!
Mas antes de começar a falar sobre os motivos que me levaram a amar tanto esse livro (não se preocupem que não haverá spoiler em nenhum momento), vou apresentar o enredo para vocês. Em Um tom mais escuro de magia, descobrimos quatro dimensões de Londres, a Cinza, a Vermelha, a Branca e a Preta. Quando a Londres Preta sucumbiu à maldade, as outras três se fecharam e praticamente todo o contato entre elas foi interrompido.

“Então, Kell, inspirado pela cidade perdida conhecida por todos como Londres Preta, designara uma cor para cada capital remanescente. Cinza para a cidade sem magia. Vermelho para o império vigoroso. Branco para um mundo faminto.”

Apenas os antari, ou Viajantes, tinham a habilidade de viajar entre as diferentes dimensões de Londres. Kell é um dos últimos antari e serve à família real da Londres Vermelha, levando suas mensagens aos governantes da Londres Cinza e da Londres Branca. No entanto, além de seus serviços oficiais, Kell também age secretamente como contrabandista, negociando relíquias das diferentes Londres.
No entanto, esse passatempo perigoso de Kell vai render consequências que ele jamais poderia imaginar e, quando tenta concertar seu erro, seu caminho acaba encontrando o de Delila Bard. Habitante da Londres Cinza, Delila, que prefere ser chamada de Lila, é uma ladra esperta e sonha em fugir dali para viver uma grande aventura. Sua oportunidade aparece quando ela esbarra em Kell e rouba algo dele, mas depois o reencontra e salva sua vida. Juntos, eles acabam se envolvendo em uma perigosa aventura, cheia de mistérios e reviravoltas.

Tudo que falei até agora trata-se apenas da sinopse do livro e não dá para ter a menor noção do que é de fato essa história, porque é tudo maior e muito mais complexo do que se possa supor à princípio. E é aí que reside um dos grandes méritos do livro: a leitura se torna mais instigante à cada página devido às revelações que são feitas ao longo da história e à evolução dos personagens, fatores que contribuem para aumentar a complexidade do enredo.
E o que dizer dos personagens desse livro? São todos bem construídos pela autora, que consegue habilmente evitar clichês e estereótipos como mocinhos perfeitos, heroínas em perigo ou vilões desprezíveis. Em todos eles, é possível identificar conflitos entre o bem e o mal, o certo e o errado; e mesmo naqueles em que a maldade predomina completamente neles, há sempre algo que os torna assustadoramente humanos.

“Kell sempre se pegava falando com a magia. Não comandando, mas simplesmente conversando. A magia era algo vivo, isso todos sabiam. Mas ele sentia algo mais, como se ela fosse uma amiga, alguém da família”.

Falando especificamente dos dois protagonistas, não sei dizer qual dos dois eu gostei mais. O Kell encanta logo nas primeiras páginas por ser um personagem bom, altruísta, determinado e carismático, mas, aos poucos, percebemos que ele não é perfeito. Aliás, Kell comete erros graves e carrega dentro dele, como qualquer ser humano, o conflito entre o bem e o mal. No entanto, mesmo com suas fraquezas, em nenhum momento duvidamos do carácter de Kell. Afinal, pessoas boas também erram.
Já a Lila é provavelmente uma das personagens femininas mais fortes e inspiradoras que eu já li. Para começar, ela é esperta, corajosa e independente, dona de um humor afiado e uma personalidade muito forte. Apesar do caminho que escolheu não ser o mais digno, é impossível não admirar a sua força e capacidade de superação. Além disso, Lila não ficou se lamentando por ter sofrido na vida ou sonhando com um príncipe encantado para tirá-la dessa vida. Ela não perdeu sua capacidade de sonhar e quer vencer por si mesma, sem depender da boa-vontade de ninguém.

“E ali, pela primeira vez, Kell viu Lila. Não como ela queria ser vista, mas como ela era. Uma menina assustada apesar de esperta, tentando desesperadamente permanecer viva. Uma menina que provavelmente passara frio e fome e lutara, que quase certamente matara, para se agarrar a uma ilusão de vida, protegendo-a como uma vela na ventania.”

Destaco ainda que a autora soube evitar um problema que tem sido recorrente em livros de fantasia: romances que tiram o foco do enredo principal. Não vou dizer que eu não tenha sentido uma química entre alguns personagens ou que não torça para um casal, porque estaria mentindo. Mas isso nunca fica claro no livro, e a trama dinâmica e cheia de reviravoltas não abre espaço para que isso se torne o foco da história.
E como não mencionar a escrita incrível de V. E. Schwab? Ela escreve de uma maneira leve e envolvente, que quando você percebe já está completamente mergulhada na leitura. O universo que ela criou é rico, mágico e complexo, encantando por sua grandeza, em alguns momentos, mas chocando por sua brutalidade em outros. Além disso, mesmo se tratando de uma fantasia, temas recorrentes na nossa sociedade, como desigualdade, disputas de poder, miséria, ambição e conflito entre bem e mal, são bem trabalhados pela autora ao longo do livro.

Por fim, só me resta dizer que eu lamento não ter lido esse livro antes, pois já entrou para minha lista de favoritos. Fiquei completamente apaixonada por esta leitura e estou mais do que ansiosa para ler o segundo volume da série, Um encontro de sombras, que será lançado agora em agosto.
E, se você ainda não se convenceu a ler Um tom mais escuro de magia, aqui vai mais um incentivo: V. E. Schwab foi confirmada na Bienal do Rio desse ano. Então, se você ainda não leu essa obra incrível, vale a pena começar agora e se encantar com a escrita maravilhosa da autora.

Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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