[Resenha] A garota que bebeu a lua


Sempre gostei de histórias infantis, por acreditar que elas carregam mensagens importantes, que devemos levar por toda a vida. Por esse motivo, fiquei imediatamente curiosa desde que a Galera Record anunciou o lançamento de A garota que bebeu a lua, da autora Kelly Barnhill. Além de uma capa maravilhosa, o enredo apresenta uma história lúdica, mas cheia de significado e reflexões.
Acompanhando a jornada de uma menina que, ainda bebê, foi alimentada com a luz da lua por uma bruxa, A garota que bebeu a lua é um livro sobre amadurecimento, opressão, amor e a importância de superar as tristezas para seguir em frente. É um livro infantil, mas que traz lições para os adultos também.



Autora: Kelly Barnhill
Editora: Galera Record
Tradução: Natalie Gerhardt
Páginas: 308
Onde comprar: Amazon
Exemplar recebido em parceria com a editora
Sinopse: “Todo ano o povo do Protetorado deixa um bebê como oferenda para a Bruxa que vive na floresta, na esperança de que o sacrifício a impeça de aterrorizar sua pequena cidade protegida pelos muros e pela Torre das Irmãs da Guarda. Mas, Xan, a Bruxa na floresta, ao contrário do que eles acreditam, é bondosa. Ela vive em paz com um Monstro do Pântano muito inteligente e um Dragão Perfeitamente Minúsculo. Todo ano ela resgata o bebê deixado pelos Anciãos e o leva em segurança para uma família adotiva em uma das Cidades Livres do outro lado da floresta. Durante a longa viagem, quando a comida acaba, Xan alimenta os bebês com luz estelar. Em uma dessas ocasiões ela acidentalmente oferece a um deles a luz do luar, dotando a menininha de uma magia extraordinária. A bruxa então decide criar a menina “embruxada”, a quem chama de Luna. Conforme o aniversário de treze anos da menina se aproxima, sua magia começa a aflorar – e pode colocar em perigo a própria Luna e todos à sua volta.”

Em A garota que bebeu a lua, é apresentado um universo lúdico, mas carregado de sofrimento e opressão. Todo ano, o povo do protetorado precisa deixar o bebê mais jovem da aldeia na floresta para ser entregue à Bruxa, a fim de evitar que ela destrua a cidade. As famílias que perdem seus bebês sofrem pelo sacrifício feito, já as outras vivem aterrorizadas pela possibilidade de um dia serem elas a terem um filho levado.
“Deixaria a menina ali sabendo que certamente não existia bruxa alguma. Nunca existira uma bruxa. Havia apenas a floresta perigosa e uma única estrada e um controle tênue de uma vida da qual os Anciãos gozaram por gerações. A Bruxa – ou melhor, a crença de que ela existia – tornou o povo aterrorizado e subjugado, um povo submisso, que vivia a vida em um nevoeiro de tristeza, e as nuvens de sua tristeza adormeciam seus sentidos e encharcavam suas mentes. Era terrivelmente conveniente para um governo livre desimpedido dos Anciãos.”
O que eles não imaginavam é que a Bruxa realmente existia, mas, na verdade, era boa e não entendia o motivo de abandonarem todo ano um bebê. Ela carregava as crianças e entregava para boas famílias que viviam nas Cidades Livres, do outro lado da Floresta. No caminho, quando o alimento acabava, ela alimentava as crianças com luz das estrelas. Porém, um dia ela se distrai e, acidentalmente, alimenta uma bebê com luz da lua, o que confere à menininha uma magia extraordinária. A Bruxa não poderia entregar uma criança com tal magia para viver entre os humanos, por isso, passa a criá-la como se fosse sua neta. 
No entanto, as pessoas no Protetorado não sabiam de nada disso e continuavam chorando pela perda de suas crianças. Até que um jovem decide pôr fim a esse sacrifício e caçar a Bruxa. Mas será que a verdadeira maldade vivia na floresta ou estava escondida dentro dos muros do Protetorado?


A Garota que bebeu a lua foi um livro que me deixou com sentimentos conflituosos. Por um lado, gostei muito das reflexões que a autora trouxe ao longo da trama. Por outro, o desenvolvimento da história é muito lento e, em alguns momentos, repetitivo. Com isso, a leitura acabou se mostrando um pouco maçante e não me cativou como eu esperava.
Assim como o universo é infinito. É luz e escuridão em movimentos eternos; é espaço e tempo, e tempo dentro do espaço. E ela soube: não há limites para o que um coração consegue carregar.”
O primeiro ponto que me incomodou foi a construção dos personagens. O fato de estarem divididos em tantos núcleos diferentes fez com que a jornada deles ficasse um pouco truncada e eu sentisse mais dificuldade para me apegar a eles. A história vai se intercalando entre Luna sendo criada pela bruxa Xan, com a ajuda do monstro Glerk e do dragão minúsculo (que pensa ser imenso), Fyrian; a mulher que vive trancada na Torre após ter enlouquecido pela perda da filha; o jovem Antain lidando com seus conflitos desde que presenciou uma bebê sendo retirada da mãe e abandonada na floresta; e os Anciãos e as Irmãs da Guarda manipulando a vida das pessoas do Protetorado. Com tantos núcleos separados e o foco mudando constantemente, senti que nenhum foi suficientemente aprofundado.
Além disso, confesso que faltou uma boa dose de carisma para a maioria dos personagens, especialmente a protagonista, Luna. Quando aparece criança, Luna é uma menina inquieta, desobediente e um tanto egoísta. Depois que fica um pouco maior, seu comportamento se torna um pouco mais compreensível, mas continua sendo uma personagem sem graça e que, ao longo do livro, me incomodou mais do que agradou. Porém, preciso destacar que adorei a bruxa Xan, o Glerk e o Fyrian, personagens que proporcionaram alguns dos momentos mais divertidos e cativantes da história.



Com relação à trama, eu achei o enredo original e complexo. Gostei muito da proposta da autora, que traz reflexões importantes em uma história aparentemente simples. Através da jornada de cada um dos personagens, são trabalhados temas importantes como a perda, o amadurecimento, a necessidade de lidar com a tristeza, a fé e, principalmente, a opressão e o controle social.
“Uma história podia contar a verdade, ela sabia, mas uma história também podia contar uma mentira. As histórias podiam ser dobradas e retorcidas e obscurecidas. Quem poderia se beneficiar de tal poder?”
No entanto, apesar de ter gostado muito das reflexões que são feitas ao longo do livro, achei que o desenvolvimento da trama deixou muito a desejar. O ritmo é muito lento, com boa parte do livro se passando sem grandes acontecimentos, e a história acaba se tornando repetitiva. Apenas da metade para o final, a leitura se torna mais interessante, com acontecimentos importantes dando mais dinamismo para a trama.
A escrita de Kelly Darnhill é bastante poética e sensível, fazendo com que alguns momentos do livro fossem muito bonitos. Porém, achei que o excesso de descrições deixou a leitura cansativa e repetitiva. Além disso, há momentos que considerei muito confusos, especialmente capítulos que eram intercalados com a trama e que eu não entendi muito bem sua relevância ou o que a autora quis dizer com eles.
De um modo geral, A garota que bebeu a lua foi uma leitura que me surpreendeu pelos temas abordados e pelas reflexões que proporciona. Apesar de ser um livro infantil, ele traz mensagens muito importantes e que acredito serem dirigidas muito mais aos adultos do que às crianças. Com isso, mesmo que a forma como a trama foi desenvolvida tenha deixado a leitura bastante cansativa, ainda recomendo o livro por sua mensagem e por todas as lições que ele deixa.  Apesar de não me encantado como eu esperava, me deixou reflexões que fizeram a leitura valer a pena.

3 filmes para ver no 2º semestre



Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Faz um tempinho que eu não falo aqui sobre a minha segunda maior paixão: o cinema. Pensando nisso, eu resolvi contar para vocês quais são os lançamentos que estou mais ansiosa para assistir nesse segundo semestre.
Apesar de não ter dedicado tanto tempo aos filmes quanto eu gostaria, continuo sempre de olho nas novidades e tem três que eu estou aguardando ansiosamente desde o primeiro semestre. São eles: Para todos os garotos que já amei, que estreia no catálogo da Netflix em agosto; O ódio que você semeia, que está previsto para o final do ano; e Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindewald, que chega aos cinemas em novembro.
Então, aproveitando que ontem saiu trailer novo de Animais Fantásticos, vou falar um pouquinho sobre cada um desses filmes que estão mexendo com a minha ansiedade.

Para todos os garotos que já amei – 17 de agosto de 2018 (Netflix)
Adaptação do livro homônimo, escrito pela autora norte-americana Jenny Han, Para todos os garotos que já amei promete ser um ótimo entretenimento para os fãs de comédias românticas mais juvenis. Pelo que percebi do que foi divulgado até agora, o filme manteve a essência do livro que o inspirou, com personagens muito cativantes e uma história divertida e apaixonante. Ele entrará no catálogo da Netflix no dia 17 de agosto e os fãs já estão contando os dias para assim. Porém, até lá, vocês podem conferir a sinopse e o trailer abaixo:Sinopse: “Lara Jean Song Covey escreve cartas de amor secretas para todos os seus antigos paqueras. Um dia, essas cartas são misteriosamente enviadas para os meninos sobre os quem ela escreve, virando sua vida de cabeça para baixo.”



O ódio que você semeia – 19 de outubro
Para começar a falar desse filme, preciso começar dizendo que eu chorei e fiquei arrepiada logo no trailer. Então, já dá para vocês imaginarem o quanto as minhas expectativas estão altas. O filme é adaptação do livro O ódio que você semeia, da autora Angie Thomas, que foi um dos livros mais importantes e impactantes que eu já li. Por tudo que eu já vi divulgado sobre esse filme, acredito que esta adaptação incrível e que não deixará nada a dever ao livro. Confiram a resenha onde contei o que achei da leitura aqui, e a sinopse e o trailer abaixo.Sinopse: “Starr Carter é uma adolescente negra de dezesseis anos que presencia o assassinato de Khalil, seu melhor amigo, por um policial branco. Ela é forçada a testemunhar no tribunal por ser a única pessoa presente na cena do crime. Mesmo sofrendo uma série de chantagens, ela está disposta a dizer a verdade pela honra de seu amigo, custe o que custar.”



Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindewald – 15 de novembro de 2018
Eu estou estirada no chão desde ontem, quando foi divulgado o segundo trailer de Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindewald. Como uma pessoa que acompanha Harry Potter desde criança, ver as referências ao universo que eu amo e como ele está sendo expandido é maravilhoso. Pelas cenas que foram divulgadas até agora, esse filme, que é escrito pela diva J. K. Rowling, parece ser ainda mais sombrio e profundo que o anterior. Então, só me resta dizer que o universo fantástico está de volta e eu estou contando os dias para assistir.Sinopse: “Newt Scamander reencontra os queridos amigos Tina Goldstein, Queenie Goldstein e Jacob Kowalski. Ele é recrutado pelo seu antigo professor em Hogwarts, Alvo Dumbledore, para enfrentar o terrível bruxo das trevas Gellert Grindelwald, que escapou da custódia da MACUSA (Congresso Mágico dos EUA) e reúne seguidores, dividindo o mundo entre seres de magos sangue puro e seres não-mágicos.”


E vocês, também estão curiosos para conferir algum desses lançamentos do segundo semestre? Me contem aí nos comentários quais filmes vocês estão esperando ansiosamente.

[Resenha] A caçadora de dragões - Iskari #1


Quem me acompanha aqui no blog já sabe que fantasia é o meu gênero favorito e está sempre presente nas minhas leituras. No entanto, recentemente reparei que quase não li obras envolvendo dragões, uma das criaturas fantásticas mais populares. Então, fiquei bastante animada quando soube do lançamento de A caçadora de dragões, da Kristen Ciccarelli.
Com um enredo bem diferente e original, esse livro entrou para a minha lista de desejados desde que a Editora Seguinte anunciou que iria publicá-lo no Brasil. Finalmente, eu consegui ler, no começo do mês, e vou poder contar para vocês o que achei da leitura.

Autora: Kristen Ciccarelli
Tradução: Eric Novello
Editora: Seguinte
Páginas: 408
Onde comprar: Amazon
Exemplar recebido de cortesia da editora
Sinopse: “Primeiro volume de uma trilogia fantástica, em que dragões e humanos estão em guerra — e cabe a uma garota matar todos eles. Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas — um peso que a garota ainda carrega nas costas. Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma — e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino.”
                       
Primeiro volume da trilogia Iskari, A caçadora de dragões apresenta ao leitor um universo completamente diferente. No reino de Firgaard, os dragões são considerados inimigos e as histórias antigas são proibidas por terem o poder de atraí-los. No entanto, quando a pequena Asha, a filha do rei, tinha pesadelos, eram as histórias contadas por sua mãe que conseguiam acalmá-la.
Ela fez isso tantas vezes que, um dia, acordou o dragão mais mortal de todos, tão escuro quanto uma noite sem lua. Tão antigo quanto o próprio tempo. Kozu, o primeiro dragão. Ele queria possuir a garota. Queria acumular o poder mortal que ela derramava de seus lábios. Queria que contasse histórias somente para ele. Para todo o sempre. Kozu a fez perceber o que ela havia se tornado. Ele a marcou com uma cicatriz. Então ela parou de contar histórias antigas.
Asha acaba mergulhando tão intensamente nesses contos que acabou atraindo Kozu, o maior dos dragões, que acabou queimando a cidade e matando milhares de pessoas. A menina sobreviveu, mas ficou com marcas físicas e emocionais, sendo a culpa a mais dolorosa de todas. Anos depois, Asha quer vingança e, para isso, assume a responsabilidade de matar e caçar os dragões até sua extinção. Até que chega o dia em que recebe do seu pai a missão de matar Kozu, o que daria a ela sua chance de se vingar e a liberação de seu compromisso de casar com Jarek, o perverso comandante do exército.
No entanto, quando o caminho de Asha cruza com o do escravo de Jarek, a garota começa a perceber que há muito mais coisas acontecendo no seu reino do que ela imagina. Durante sua missão, Asha descobre verdades que abalam tudo que ela sempre acreditou, inclusive sobre ela mesma.


Preciso começar essa resenha dizendo que o universo desse livro é um dos mais complexos e interessantes que já li. Não apenas pela intricada estrutura social de Firgaard, mas por todas as histórias e lendas desse reino que vão se intercalando com a trama e têm um papel fundamental no mundo apresentado pela autora. Desde o começo do livro, alguns contos que narram as histórias antigas são intercalados com os capítulos, permitindo ao leitor ir juntando as peças ao longo do livro até compreender o que realmente tinha acontecido em Firgaard.
As histórias antigas eram como galhos de argânia e Kozu era a raiz sedenta: se cortada, tudo murcharia e morreria. O silêncio no coração do primeiro dragão calaria para sempre as histórias, e com elas a ligação do Antigo com seu povo.”
No entanto, achei que, no início, a escrita mais direta da autora deixou a leitura muito confusa. Não apenas o universo apresentado é complexo, mas também a estrutura social daquele reino e a própria relação entre os personagens. O livro já começa com muita informação e eu só fui conseguir entender melhor tudo que foi apresentado quando já tinha lido mais de 100 páginas. Com isso, tive dificuldade para me envolver com a leitura.
Além disso, não ajudou muito o fato de Asha não ser uma personagem muito carismática. No começo, ela era imatura e preconceituosa, e se mostrava alheia a problemas evidentes do seu reino.  No entanto, preciso dizer que ela amadurece muito ao longo da trama e um dos pontos que mais gostei nessa leitura é que essa transformação da protagonista acontece de modo natural. Sem fazer uma alteração brusca na personalidade dela, a autora traz acontecimentos ao longo do livro que, não apenas tornam as ações de Asha mais compreensíveis, como justificam as mudanças que ela passa ao longo da trama.
Ela queria se libertar de Jarek. Queria se redimir de seus crimes. Queria vingança contra aquele que a havia queimado e levado destruição a Firgaard. Mas e se o crime não tivesse sido obra dela? E se o inimigo não fosse quem ela tinha achado por tanto tempo?
Porém, antes de Asha se tornar uma personagem mais agradável e, até mesmo cativante, quem manteve o meu interesse no livro foram os personagens secundários. Em especial, eu fiquei completamente apaixonada pelo Torwin, o escravo de Jarek. Inteligente, forte, íntegro e muito maduro, Torwin é daqueles personagens que a gente quer guardar num potinho e proteger para sempre. Além dele, adorei o Dax, irmão da Asha, que tem um papel muito importante na trama e no desenvolvimento da protagonista.
Claro que há romance na história e, nesse caso, eu acho que ele contribuiu muito para a trama. Sempre me preocupo que o foco seja perdido quando há romance em livros de fantasia. No entanto, felizmente, isso não aconteceu. A relação que surgiu na história foi muito bonita e bem construída, ajudando no desenvolvimento dos personagens, mas não se sobrepondo aos eventos relevantes da trama.



E o que dizer dos dragões? A forma como a autora inseriu essas criaturas fantásticas na trama foi sensacional. Eles são fundamentais para compreender a história de Firgaard e a relação deles com os humanos é um dos pontos mais bonitos e interessantes do livro. Confesso que terminei o livro mais apegada a eles do que a muitos personagens, incluindo a protagonista.
Havia muito pouco tempo, Asha tinha certeza de que eles não compartilhavam nada em comum, ela e aquele garoto. Agora sabia que a única diferença entre os dois era que Torwin tinha correntes em torno do pescoço, enquanto as dela eram invisíveis.
Com relação à escrita da autora, confesso que tive algumas ressalvas. Esse foi o primeiro livro da Kristen Ciccarelli que eu li e, por mais que tenha gostado do universo criado por ela, achei que deixou a desejar tanto na ambientação quanto na descrição de algumas cenas. Como disse no começo da resenha, eu demorei a conseguir me situar no livro e entender como aquele universo funcionava. Além disso, nos momentos de ação, faltou uma descrição mais clara, que me permitisse visualizar melhor o que estava acontecendo. 
Com relação ao final, achei que foi um pouco apressado. Pontos centrais da história foram resolvidos muito rapidamente, o que tirou um pouco o brilho de acontecimentos importantes. No entanto, as últimas páginas acabam compensando por encerrarem o livro de uma maneira muito bonita e construindo um ótimo gancho para a continuação.
De um modo geral, A caçadora de dragões iniciou bem a trilogia e apresentou um universo rico e complexo, capaz de atrair os leitores que amam uma boa fantasia. A forma como os dragões foram apresentados nesse livro foi simplesmente fascinante, o que, associado aos interessantes contos presentes na trama e ao carisma dos personagens, superou as dificuldades que tive ao longo da leitura e fez com que eu ficasse motivada a ler as continuações. Então, se você, como eu, também gosta de fantasia e está com vontade de ler uma boa história com dragões, lendas, aventura e romance, não pode deixar de conferir essa dica. E se você conhece outros livros envolvendo essas criaturas fantásticas, não deixe de me contar aí nos comentários.

[Resenha] A mulher na janela


Olá, pessoal! Depois de muito tempo sem ler thrillers, li dois só no mês passado. Sobre Uma estranha em casa, da Shari Lapena, saiu resenha semana passada aqui. Então, hoje vim comentar sobre o que achei da leitura de A mulher na janela, do A. J. Finn.
Esse livro é um best-seller mundial e foi lançado no primeiro semestre aqui no Brasil pela Editora Arqueiro. Foram tantos elogios que, até eu que não leio muito o gênero, fiquei curiosa. Confesso que demorei um pouco para vir contar o que achei, porque concluí a leitura com várias considerações. No entanto, não pensem que isso foi algo ruim. De um modo geral, gostei bastante do livro.

Autor: A. J. Finn
Editora: Arqueiro
Tradutor: Marcelo Mendes
Páginas: 352
Skoob
Onde comprar: Amazon
Sinopse: “Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. A mulher na janela é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.”

Em A mulher na janela, conhecemos uma protagonista complexa e carismática, que faz com que o leitor se interesse imediatamente em conhecer sua história. Vivendo separada do marido e da filha, e sem sair de casa há mais de um ano por causa de uma fobia de lugares abertos, a psicóloga Anna Fox passa os dias assistindo filmes clássicos de suspense, bebendo, ajudando pessoas em um fórum online e, principalmente, fotografando a vida dos vizinhos.
Como médica, digo que o paciente precisa estar num ambiente que ele seja capaz de controlar. Essa é a minha avaliação clínica. Como paciente, digo que a agorafobia não veio para destruir a minha vida: ela agora é a minha vida.”

Quando uma nova família se muda para a casa do outro lado do parque, Anna fica imediatamente obcecada com eles, especialmente com a mulher, Jane, e o filho, Ethan. No entanto, durante suas observações, ela começa a perceber que há algo de errado naquela família e no modo como o marido, Alistair, tratava Jane. As coisas se tornam ainda mais sérias quando, através das lentes de sua câmera, Anna vê um crime acontecer naquela casa. Porém, estando frequentemente misturando medicação fortíssima com vinho, será que Anna realmente presenciou um crime ou estava alucinando? Ninguém acredita nela, mas e se for verdade?


O ponto que achei mais interessante em A mulher na janela, foi a excelente construção que o autor fez de sua protagonista. Como o livro é narrado pela própria Anna, temos a oportunidade de conhecer melhor seus pensamentos e tentar entender seu estado. Assim, ao mesmo tempo que nos apegamos a ela, por seu carisma, também percebemos claramente o quão perturbada ela está. Vivendo uma vida muito solitária, ela tem uma rotina desregrada, ingerindo uma enorme quantidade de álcool, misturando remédios fortíssimos e ainda adotando um comportamento completamente obsessivo em relação aos vizinhos. Com isso, por mais que o leitor passe a se importar com Anna, também tem dificuldade em identificar o quanto do que ela narra é real ou resultado de sua percepção confusa.
E ainda assim cá estou eu, literalmente encarcerada na minha própria casa, trancando portas e fechando janelas, fugindo da luz enquanto uma mulher é esfaqueada do outro lado do parque e ninguém percebe, ninguém sabe. Exceto eu...”
Isso me leva a outro acerto do autor: apresentar bem a personagem para, depois, trazer o mistério. Quando o suposto crime acontece, já é possível conhecer Anna o suficiente para desconfiar de sua capacidade de julgar o que viu. Isso contribuiu muito para aumentar o suspense, pois não apenas desconfiamos dos demais personagens e de quem poderia ter cometido um ato tão bárbaro, como questionamos a própria Anna. Ou seja, acaba sendo aquele tipo de livro que o leitor desconfia de tudo e de todos, criando várias teorias e duvidando da própria narradora da história.

Os personagens secundários não são tão aprofundados, mas isso é proposital e funciona muito bem na trama. O leitor fica apenas com a visão que Anna tem de cada um deles e sempre se questiona se as impressões dela estão corretas ou não. Deste modo, por mais que não se crie um laço com esses personagens, é inegável a importância deles para o desenvolvimento do enredo. No entanto, faço uma ressalva para o detetive Little, responsável pela investigação do suposto crime. Apesar de não aparecer tanto, eu o achei um personagem muito carismático e gostei muito da forma atenciosa e delicada com a qual tratou Anna, mesmo duvidando das acusações dela.



Com relação à trama, preciso confessar que no início, ela é um pouco mais lenta. Ela só vai ganhar um ritmo mais intenso da metade para o fim, porém, quando isso acontece, é impossível querer largar o livro. Além disso, o começo mais morno não foi algo que me incomodou, pois achei a Anna uma personagem tão interessante de acompanhar, que fiquei presa à leitura querendo entende-la melhor e os motivos que a levaram a ficar naquele estado.
Você pode ouvir as confidências de uma pessoa, os medos dela, as carências, mas não se esqueça de uma coisa: tudo existe em meio aos medos e segredos de outra pessoa, as que dividem o mesmo teto que ela.
No entanto, se tratando de um thriller, é claro que o que vocês querem saber é se eu achei o livro surpreendente. Porém, esse foi o ponto que me deixou mais indecisa em relação à leitura. Confesso que muitas coisas são previsíveis e outras o autor deixou pistas que consegui adivinhar antes do final. Ainda assim, fiquei muito surpresa com o desfecho. O motivo disso é que o autor criou uma história tão complexa que, por mais que eu tenha adivinhado muitas partes, não consegui ligar os pontos e entender completamente o que tinha acontecido realmente.
Acredito que, por tudo que falei ao longo da resenha, é desnecessário dizer que gostei muito da escrita do autor. A. J. Finn trouxe, em seu romance de estreia, uma trama inteligente, envolvente e com uma protagonista interessante e complexa. Ele criou um thriller daqueles que prendem o leitor e, por mais que eu tenha percebido algumas pistas deixadas, fui surpreendida ao entender toda a história criada por ele.
Assim, acredito que A mulher na janela seja uma ótima leitura para tanto para os que adoram um bom suspense quanto para aqueles que querem começar a se aventurar no gênero. Mesmo se tratando do primeiro livro de A. J. Finn, o autor já demonstrou um excelente potencial e estou ansiosa para conferir outras obras dele. E, para quem não ficou completamente convencido sobre ler ou não, ainda tenho outro incentivo para oferecer: A. J. Finn está confirmado na Bienal do Livro de São Paulo no dia 05 de agosto. Ou seja, para quem for, ainda dá tempo de ler e tentar pegar um autógrafo na Bienal.
Então, o que vocês acharam? Me contem aí nos comentários se já leram ou ficaram curiosos para ler A mulher na janela. E, caso tenham se interessado, vou deixar o link de compra na Amazon aqui.

[Resenha] Uma estranha em casa


Imagine acordar em um hospital após sofrer um acidente e não se lembrar de nada. Pior ainda, ser informado que estava dirigindo em alta velocidade em um bairro que você nunca andaria? Pois é isso que acontece no livro Uma estranha em casa, da Shari La Pena, lançado pela Editora Record e que foi uma das minhas leituras de junho. E que leitura, gente!
Sabe aqueles livros que prendem a atenção do leitor e não dão vontade de largar por nada? É o caso de Uma estranha em casa! Thriller policial escrito pela mesma autora de O casal que mora ao lado, esse livro prendeu a minha atenção da primeira à última página com uma trama ágil, bem construída e envolvente.

Autora: Shari Lapena
Tradutor: Márcio El-Jaick
Editora: Record
Páginas: 266
Onde comprar: Amazon
Livro recebido de cortesia da editora
Sinopse: “Karen Krupp acorda no hospital, sem ter a menor ideia de como foi parar nele. Tom, seu marido, diz que a porta estava destrancada quando ele entrou em casa, as luzes acesas, e que a esposa provavelmente saiu às pressas quando estava preparando o jantar, pelo que ele viu na cozinha. Karen perdeu o controle do carro enquanto dirigia a toda a velocidade e bateu de frente num poste. O mais estranho: o acidente aconteceu num dos bairros mais perigosos da cidade. A polícia suspeita de que Karen esteja envolvida em algo obscuro, mas Tom tem certeza de que não. Ele está casado com ela há dois anos, conhece muito bem a mulher. Será mesmo? Vai perguntar tudo a Karen quando chegar ao hospital, depois de dizer que a ama e que está feliz por ela ter sobrevivido, é claro. Mas Tom não obtém resposta nenhuma. Porque ela não se lembra de absolutamente nada.”

Por que você fugiria de casa se tem uma vida feliz?”
Em Uma estranha em casa, o leitor irá se deparar com um mistério logo nas primeiras páginas. Tom Krupp chegou em casa ansioso para ver sua esposa, mas Karen não estava. Ela saiu deixando a porta aberta e sem levar o celular e nenhum documento. Logo, um policial chega avisando que Karen sofreu um acidente enquanto em alta velocidade em um bairro perigoso da cidade.
A princípio, Tom não acredita que seja mesmo sua esposa. Karen nunca dirige em alta velocidade, e o que ela estaria fazendo em um bairro como aquele? Porém, era ela mesmo e, agora, ele e a polícia precisavam de respostas. O problema é que Karen não se lembra de nada daquela noite, nem mesmo o que a levou a sair de casa tão rapidamente que nem trancou a porta. O que teria acontecido naquela noite?


Esse é o meu segundo contato com a escrita de Shari La Pena e, mais uma vez, ela conseguiu construir uma trama instigante e que prende o leitor desde o início. Já nas primeiras páginas ficamos intrigados pela situação estranha em que Karen se envolveu. Porque uma mulher que, aparentemente, tem uma vida tranquila e regrada estaria dirigindo a uma velocidade elevada em um bairro tão perigoso e tão distante de sua casa. Mas, à medida que a história avança, vão surgindo mais motivos para desconfiar dos personagens e muitas teorias vão passando pela mente do leitor, o que torna a leitura ainda mais interessante.
“Tom também está incomodado, uma questão tem lhe preocupado: será que ela não se lembra mesmo daquela noite? Ou simplesmente está escondendo algo dele? Desconfiança é um negócio insidioso: as dúvidas começaram a surgir, coisas que antes ele conseguia ignorar.”
No entanto, o suspense não é o ponto mais forte do livro. Confesso que, lá pela metade do livro, eu já tinha percebido muitas pistas e desvendado boa parte do mistério. Mas não pensem que isso deixou a leitura menos interessante. Tem dois aspectos que deixaram a trama instigante e a leitura envolvente. O primeiro deles é o destaque dado ao processo de investigação. Ao longo do livro, vemos a polícia coletando provas, interrogando suspeitos e testemunhas e procurando pistas. Com isso, mesmo quando já temos noção do que fato aconteceu naquela noite, podemos ver todo o trabalho dos detetives e como eles vão juntando os pontos, o que é algo muito interessante de  se acompanhar.
Somado a isso, há a ótima construção dos personagens, que faz com que o leitor se envolva na leitura querendo conhecer mais sobre eles. Karen e Tom são muito humanos e complexos, com camadas e conflitos que vão sendo revelados ao longo do livro. Acaba sendo difícil não se apegar aos dois e se solidarizar ao perceber as dúvidas e as desconfianças se instalando entre eles e ameaçando seu casamento. Além disso, os personagens secundários também são bem desenvolvidos e desempenham papéis relevantes na trama. Em especial, eu adorei os investigadores do caso e confesso que adoraria vê-los em outros livros.



Outro ponto que contribuiu muito para que a leitura se mostrasse tão envolvente é a escrita fluida e direta da Shari Lapena. Ela conseguiu manter o ritmo da trama intenso e soube inserir elementos na história que fizeram com que o livro continuasse interessante, mesmo quando supúnhamos já saber todo o mistério. A todo momento, foram mostradas mais facetas dos personagens ou alguma nova etapa da investigação que ajudaram a manter o envolvimento com o livro.
Tom quer que ela diga que é inocente. É tudo o que ele deseja. Para poder abraça-la e então decidir o que fazer. Quer defendê-la se for possível. É apaixonado por ela e isso não mudou. Fica surpreso com o fato de ainda poder amá-la mesmo sem confiar nela. Quer voltar a confiar.
Além disso, achei que a autora foi muito inteligente no desfecho. Quando eu tinha certeza de que já sabia tudo que poderia descobrir sobre o mistério e os personagens, veio uma revelação que me pegou de surpresa e mudou toda a minha percepção sobre o livro. Talvez, para quem tenha o hábito de ler thrillers, não seja algo surpreendente. Porém, para mim, acabou sendo o toque de mestre.
Deste modo, Uma estranha em casa acabou se mostrando um thriller bem construído, com uma trama inteligente e personagens complexos e interessantes. Quem não tem o hábito de ler o gênero, certamente será envolvido pela escrita ágil de Shari Lapena e irá se surpreender com as revelações que ela preparou. No entanto, mesmo para quem já está acostumado com livros de suspense e ache a trama previsível, acredito que a leitura ainda valerá a pena por ter um enredo tão dinâmico e gostoso de se acompanhar.  


Tag dos 50%: As leituras do primeiro semestre



Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Estamos oficialmente no segundo semestre de 2018 e está na hora de fazer um balanço das leituras que fiz nos primeiros seis meses do ano. Para isso, vou responder a já tradicional Tag dos 50% e falar sobre alguns livros que se destacaram no primeiro semestre, bem como as minhas expectativas para o próximo.
Até agora, o ano tem corrido melhor do que eu esperava e, felizmente, a maior parte das minhas leituras foram boas. Tive algumas decepções, mas vários livros me surpreenderam positivamente e superaram as minhas expectativas. Então, só me resta torcer para que o resto do ano continue assim.

1 – O melhor livro que você leu até agora, em 2018.
Fiquei muito dividida nessa pergunta, porque alguns livros mexeram muito comigo por motivos diferentes. No entanto, acredito que O ódio que você semeia, da Angie Thomas, se destacou não só por ter sido uma ótima leitura, mas por ter me tocado profundamente e despertado várias reflexões muito importantes. Como falei na resenha aqui, esse é daqueles livros que tocam o dedo na ferida e fazem o leitor ter a sensação de levar muitos tapas na cara, mas, ao mesmo tempo, também emociona e traz a esperança de que cada um de nós pode usar sua voz para transformar o mundo em um lugar melhor e sem preconceito.

2 – A melhor continuação que você leu até agora, em 2018.
Sem a menor dúvida: A Heroína da Alvorada, da Alwyn Hamilton. Esse livro foi um dos melhores que li no ano e se tornou um dos meus favoritos da vida. É um final brilhante para uma série que se mostrou perfeita do começo ao fim. Já falei muito sobre ele na resenha aqui, mas esse livro mostrou a evolução dos personagens ao longo da trilogia, enriqueceu ainda mais o universo criado pela Alwyn Hamilton e trouxe um desfecho bem amarrado e muito sensível, daqueles que deixam o leitor com a sensação de que a jornada valeu muito a pena.

3 – Algum lançamento do primeiro semestre que você ainda não leu, mas quer muito.
Pode ser uma lista? Esse primeiro semestre teve vários lançamentos incríveis, e lógico que não li nem a metade. No entanto, teve um que se destacou tanto por ter uma premissa que me deixou muito curiosa, quanto por ter sido muito elogiado desde que foi publicado: Em outra vida, talvez, da Taylor Jenking Reid. Não consegui ler no primeiro semestre, mas quero ver se consigo até o final do ano.

4 – O livro mais aguardado do segundo semestre.
Dessa vez, tive que falar três, porque três das minhas autoras favoritas vão publicar livros novos esse semestre. Começando com a Colleen Hoover, que irá publicar All Your Perfects agora em julho. Da Sarah J. Maas, tem o último volume da série Trono de Vidro, Kingdom of Ash que será lançado em outubro nos EUA. E, em dezembro, o lançamento mais aguardado do ano para mim: Queen of Air and Darkness, da Cassandra Clare, que encerra a trilogia Os Artifícios das Trevas. Infelizmente, nenhum desses livros tem previsão de lançamento no Brasil. Porém, eu não vou resistir e devo ler em inglês mesmo.

5 – O livro que mais te decepcionou esse semestre.
Fiquei em dúvida entre alguns, mas acredito que seja Tempestade de Guerra, da Victoria Aveyard. Esse livro me decepcionou não apenas porque eu tinha altas expectativas para o último livro da série A Rainha Vermelha, mas porque o livro estava excelente, até a autora estragar tudo com um final ridículo e mal escrito. Ainda não superei a raiva que senti com esse desfecho fraquíssimo e, por isso, ele foi a decepção do ano, até agora. Vocês podem conferir a resenha aqui.

6 – O livro que mais te surpreendeu.
Vou confessar que eu não esperava nada do livro “Seduzida por um guerreiro escocês”, da Maya Banks. Para começar, o título não me atraía muito (acho brega, pronto falei). Segundo, já tinha ouvido algumas críticas aos livros da autora por romantizarem relacionamentos abusivos. Felizmente, não foi o caso de Seduzida por um guerreiro escocês, e o romance nesse livro é lindo e muito bem construído. Além disso, fui surpreendida positivamente pela protagonista Evelinne, que é um mulher forte e com uma enorme capacidade de superação.

7 – Novo autor favorito (que lançou livro nesse primeiro semestre ou que você conheceu recentemente).
Percebi que a maioria dos autores que eu li esse ano, já conhecia a escrita deles antes. No entanto, entre os autores que eu nunca tinha lido nada, a Lisa Maxwell se destacou com o livro O último dos magos (uma das melhores fantasias que já li). Eu sei que o livro é um lançamento do ano passado, mas eu só li em março de 2018, então, está valendo para a pergunta.

8 – A sua quedinha por um personagem fictício mais recente.
Difícil escolher, mas o meu crush literário mais recente é o Tristan, do livro Como se vingar de um cretino. Eu escrevi uma resenha sobre esse livro recentemente aqui e comentei que de cretino ele não tem nada, e não tem mesmo. É um personagem apaixonante, com mais camadas do que imaginamos a princípio e que vai demonstrando várias qualidades aos longo do livro. Fiquei apaixonada por ele e admito que foi um dos aspectos que mais gostei nessa leitura.

9 – Seu personagem favorito mais recente.
Para minha enorme surpresa, quando fui pensar no personagem que mais se destacou para mim nesse semestre, fiquei totalmente dividida entre três. Minha escolha inicial seria a Amani, de A Heroína da Alvorada, porém, ela já é uma das minhas personagens preferidas desde o primeiro livro da série. Então, resolvi deixar o destaque para dois personagens que roubaram a cena e entraram para o grupo dos meus favoritos da vida: Maven e Evangeline da série A Rainha Vermelha. Sim, eu sei que já os conhecia antes, mas foi nos dois livros que eu li esse ano, A Prisão do Rei e Tempestade de Guerra, que eles me conquistaram e se tornaram meus favoritos.

10 – Um livro que te fez chorar no primeiro semestre.
Outra pergunta que eu poderia responder com uma pequena lista, porque eu sou a pessoa mais chorona do mundo e alguns livros me fizeram derramar lágrimas esse ano. Porém, os que mais mexeram comigo foram: O ódio que você semeia, da Angie Thomas, e É assim que acaba, da Colleen Hoover. Foram os dois livros mais fortes que eu li esse ano, então, é fácil entender porque eles foram os que mais me fizeram chorar.

11 – Um livro que te deixou feliz no primeiro semestre.
Ah essa foi muito fácil: Um verão na Itália, da Carrie Elks. Esse livro já me deixou feliz no momento em que chegou na minha casa na caixinha da VIB. Mas, além disso, a leitura desse livro foi muito prazerosa, com um enredo bem leve e personagens extremamente carismáticos. Ele não só me salvou de uma ressaca literária, como me deixou com uma sensação de quentinho no coração muito boa. Já saiu resenha sobre ele aqui no blog, mas não preciso nem dizer que amei, né?

12 – Melhor adaptação cinematográfica de um livro que você assistiu em 2018.
Eu quase não assisti filmes no primeiro semestre, e muito menos adaptações. Surpreendentemente, a única adaptação que eu assisti foi de um livro que eu não li e que nem sabia que existia até pesquisar sobre o filme na internet. Estou falando de A Barraca do Beijo, o filme da Netflix que virou sensação desde que foi lançado. Felizmente, eu gostei bastante do filme, como comentei aqui, e não vejo a hora de ler o livro.

13 – Sua resenha favorita do primeiro semestre.
Normalmente, eu acharia essa pergunta difícil. Mas fiquei muito feliz com a resenha que escrevi sobre É assim que acaba, da Colleen Hoover. Esse livro mexeu muito comigo das duas vezes que li e tive muita dificuldade para escrever sobre ele e expressar tudo que senti enquanto lia. No entanto, fiquei muito feliz quando terminei e consegui demonstrar o quanto gostei dessa leitura.

14 – O livro mais bonito que você comprou ou ganhou esse ano.
Outro dia respondi uma pergunta parecida em outra tag e mencionou o livro Chronos – Os viajantes do tempo, que é uma edição maravilhosa da DarkSide Books. Porém, para não ficar repetitivo e porque as editoras estão sempre caprichando e deixando difícil escolher só um livro mais bonito, eu resolvi mencionar também A Heroína da Alvorada (o que posso fazer se amei até a capa do livro?). Além da capa ser simplesmente maravilhosa, a edição por dentro também está impecável.

15 – Quais livros você quer ou precisa muito ler até o final do ano.
Como a lista de livros para ler é simplesmente gigante, escolhi alguns entre os que eu estou mais curiosa e quero ler em breve: Interferências, da Connie Willies; Ainda sou eu, da Jojo Moyes; A Improbabilidade do Amor, da Hannah Rothschild; Torre do Alvorecer, da Sarah J. Maas; e Aos perdidos, com amor, Brigid Kemmerer. Felizmente, já tenho alguns desses livros e poderei priorizá-los agora no segundo semestre.


Então, esse foi um pequeno balanço das minhas leituras no primeiro semestre de 2018. Já leram algum desses livros? Me contem aí nos comentários o que vocês acharam e como foram as leituras de você na primeira metade do ano. Espero que o segundo semestre seja ainda melhor e com muitas leituras maravilhosas!

Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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