[Dica da Malu] Guerra do Velho

Sinopse: “A humanidade finalmente chegou à era das viagens interestelares. A má notícia é que há poucos planetas habitáveis disponíveis – e muitos alienígenas lutando por eles. Para proteger a Terra e também conquistar novos territórios, a raça humana conta com tecnologias inovadoras e com a habilidade e a disposição das FCD – Forças Coloniais de Defesa. Mas, para se alistar, é necessário ter mais de 75 anos. John Perry vai aceitar o desafio, e ele tem apenas uma vaga ideia do que pode esperar”.
Autor: John Scalzi / Editora: Aleph / Páginas: 368
Compar: Amazon

Já imaginou chegar aos 75 anos e poder voltar a ser jovem? Ter a disposição e a energia da juventude, porém com a maturidade e experiência acumuladas ao longo de mais de sete décadas. É exatamente isso que os personagens de Guerra do Velho acreditam que acontecerá com eles quando se alistarem para o exército. Isso mesmo: aos 75 anos, eles voluntariamente se alistam para servirem no exército. Porém, não servirão em nenhum regimento na terra, mas nas Forças de Defesa Coloniais, no espaço.
Guerra do Velho se passa em um futuro onde a humanidade já conseguiu realizar viagens intergalácticas e colonizar outros planetas. O problema é que não somos o único povo no espaço, portanto, há guerras causas pela disputa de territórios. Assim, cabe às Forças Coloniais de Defesa proteger as colônias humanas e colonizar novos planetas.
O livro acompanhará John Perry, um senhor aposentado que no seu aniversário de 75 anos confirma seu alistamento nas Forças de Defesa Coloniais. Tudo o que ele sabia sobre as FCD era que elas eram responsáveis pela proteção das colônias humanas; ele não tinha ideia de como isso era feito e nem o motivo de só aceitarem recrutas que já tivessem completado 75 anos. Mesmo assim, John mantém a decisão de se alistar, pois, tendo perdido a esposa oito anos antes, ele sentia que não havia mais nada que o prendesse na Terra. Deste modo, ele voluntariamente, junto com outras pessoas que também completaram 75 anos, concorda em abrir mão de toda sua vida na Terra para ir lutar no espaço.
Confesso que essa resenha será um pouco complicada, porque não posso contar quase nada além do que já falei. É um livro que se torna muito mais interessante quando o leitor vai descobrindo aquele universo junto com o protagonista, então, não vou falar mais nada sobre o enredo.
A primeira coisa que destaco nesse livro é a escrita de John Scalzi. Por não ter o hábito de ler ficção científica, achei que poderia me sentir um pouco perdida ou achar a leitura arrastada. Felizmente, nenhuma das duas coisas aconteceu. A escrita do autor é muito ágil e envolvente, prendendo a atenção desde o começo. Além disso, como o protagonista é o narrador, o leitor vai descobrindo aquele universo junto com ele.
Outro ponto positivo do livro é que são feitas várias questões sobre ética, humanidade e a dificuldade de se relacionar com povos diferentes. À medida que vai compreendendo sua nova realidade, John começa a se indagar sobre aquela guerra, o relacionamento dos humanos com os outros seres que habitavam o espaço, e, principalmente, sobre o que o tornava humano. E, o mais interessante de tudo, é que esses questionamentos não seguem pelo caminho clichê que eu imaginava. A abordagem aqui é diferente de tudo que eu imaginei.
Com relação aos personagens, gostei da forma como o autor soube construí-los. Tive medo de que, por ser uma trama muito ágil e com muitos personagens, eles acabassem sendo superficiais. No entanto, John Scalzi foi eficiente em fazer com que o leitor os conhecesse e até mesmo se apegasse a eles. Além disso, ele não recorre a muitas descrições para explica-los. É por meio dos diálogos que o leitor vai entender a personalidade de cada um dos personagens, com seus medos, desejos e planos.
É interessante notar também que, como as pessoas só são recrutadas para servir nas FCD quando completam 75 anos, os personagens são extremamente maduros. Eles têm uma vida inteira de experiência, fazendo com que não tenham as inseguranças tolas que muitas vezes vemos em personagens mais jovens.
Por fim, destaco o quão interessante é o universo criado por John Scalzi. À cada página lida, percebemos novas nuances e ficamos mais fascinados com tudo que está sendo apresentado. Além disso, com o desenrolar dos acontecimentos, a trama e os personagens se tornam mais complexos e interessantes, despertando novos questionamentos nos leitores.
 Guerra do Velho é o primeiro volume de uma série e, confesso, estou bem curiosa para ler as continuações. Não que o final deste não seja satisfatório, pois, para mim, foi excelente. No entanto, algumas questões foram deixadas em aberto e aquele universo é tão interessante que dá vontade de ler mais sobre ele.
Recomendo muito este livro para quem gosta de ficção científica ou aqueles leitores que desejam começar a se aventurar nesse gênero. É uma leitura rápida, envolvente e de fácil compreensão, sem nenhuma teoria muito complexa envolvida. Trata-se de uma trama de tirar o fôlego e que ainda proporcionará alguns questionamentos interessantes.

Agora quero saber a opinião de vocês sobre Guerra do Velho. Me contem aí se ficaram interessados ou, se já leram, o que acharam da leitura. 

Dos livros para o Oscar


Hoje acontece em Los Angeles a maior premiação de cinema do mundo. Estou falando, claro, do Oscar. Os melhores do cinema de 2016 estarão representados lá, concorrendo nas mais diversas categorias. E, para entrar no clima dessa cerimônia tão aguardada, resolvi trazer uma listinha especial para vocês hoje.
Para mostrar que Oscar e literatura têm tudo a ver, vou falar aqui de alguns filmes que estão concorrendo este ano e que foram inspirados em livros.

A chegada
Indicado à oito estatuetas do Oscar, incluindo Melhor Filme, A chegada é adaptado a partir do conto “História da sua vida” presente na antologia “História da sua vida e outros contos” de Ted Chiang.
No longa, a linguista Dra. Louise Banks é convidada para interpretar marcas deixadas na Terra por seres interplanetários. Assim, juntamente com o físico Ian Donelly, ela deverá identificar se esses seres representam ou não uma ameaça para o nosso planeta.
Graças ao sucesso do filme, o livro “História da sua vida e outros contos” foi publicado no Brasil pela Editora Intrínseca.

Estrelas além do tempo
Com três indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado, “Estrelas Além do Tempo” conta a história de três matemáticas incríveis, que fizeram história durante a década de 1960. Em meio à corrida espacial e armamentista entre EUA e União Soviética, elas foram fundamentais para ida do homem ao espaço pela primeira vez. No entanto, para que isso fosse possível, essas três mulheres tiveram que se esforçar muito para mostrar sua competência e enfrentar dia após dia a discriminação racial dentro da Nasa.
O filme, dirigido por Theodore Melfi e estrelado por Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe, é inspirado no livro homônimo de Margot Lee Shetterly e foi publicado no Brasil pela editora Harper Collins Brasil.

Lion: Uma jornada para casa.
O filme conta a história de Saroo, um menino que aos cinco anos perdeu seu irmão e acabou viajando para o outro lado da Índia. Sem saber seu nome ou o lugar de onde tinha vindo, Saroo é adotado por um casal australiano. Ele cresce sem se esquecer de sua origem e, utilizando o Google Earth, ele resolve iniciar uma jornada de volta para sua verdadeira casa.
Indicado a Melhor Filme e em mais cinco categorias, “Lion: Uma jornada para casa” é uma adaptação do livro “Uma longa jornada para casa”, a autobiografia de Saroo Bradley publicada no Brasil pela Editora Record.


Um limite entre nós
Dirigido e estrelado por Denzel Washington, “Um limite entre nós” conta a história de um homem que sonhava desde pequeno em se tornar um astro de baseball, mas que nunca conseguiu jogar profissionalmente. Para sobreviver e sustentar a família, ele acabou se tornando catador de lixo. Frustrado por não ter realizado seu sonho, ele vive um relacionamento complicado com a esposa, os filhos e os amigos.
O filme, que também conta no elenco com a brilhante Viola Davis, é adaptado da peça teatral homônima do escritor August Wilson e está indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Roteiro Adaptado.


Um homem chamado Ove
O filme sueco indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro é adaptado do livro homônimo de Frederick Backman. Trata-se da história de Ove, um senhor mal-humorado que detesta pessoas. Depois de perder a esposa, ele já não tinha fé na humanidade e decide se matar. Porém, com a mudança de novos vizinhos, Ove acaba sendo impedido e uma inesperada amizade surge entre eles.
No Brasil, o livro “Um homem chamado Ove” foi publicado pela Editora Alfaguara.


Animais noturnos
Dirigido por Tom Ford, Animais noturnos é estrelado por Amy Adams e Jake Gyllenhaal e conta a história de um casal, Susan e Edward, que se separou há muitos anos. Um dia, Edward envia a Sunsan o manuscrito do seu primeiro romance, afirmando que ela sempre foi a sua melhor crítica. O romance conta a história de um homem que vai passar férias com a mulher e a filha, mas de madrugada, na estrada, eles são confrontados por três jovens violentos. Durante a leitura, Susan acaba sendo levada a relembrar traumas do seu primeiro casamento e a repensar a sua vida.
O filme, que rendeu uma indicação de melhor ator coadjuvante a Michael Shanoon, é uma adaptação do livro “Tony e Susan”, de Austin Wright, publicado no Brasil pela Editora Intrínseca.

Moonlight: Sob a luz do luar
Adaptado a partir da peça inédita de Tarell Alvin McCraney, “Moonlight” está indicado em oito categorias no Oscar, incluindo Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado. O filme acompanha o protagonista Chiron em três momentos de sua vida. Trata-se da jornada de um jovem negro morador de um bairro pobre de Miami, mostrando sua infância quando teve que lidar com o bullying, a sua crise de identidade na adolescência, e o seu crescimento em um jovem adulto, vivenciando a tentação das drogas e do crime.  



Menção honrosa: Animais Fantásticos e Onde Habitam.
Claro que eu não poderia deixar de mencionar aqui o filme Animais Fantásticos e Onde Habitam. Com roteiro escrito por J. K. Rowling, ele não é exatamente uma adaptação, mas todas as criaturas que aparecem no livro são retratadas no livro que Harry usa na escola para a disciplina Trato das Criatura Mágicas. Além disso, o autor do livro, Newt Scamander é o protagonista do filme.
Para quem não sabe, este filme contará a história de magizoologista Newt Scamander, que chega para sua primeira viagem aos EUA carregando uma maleta cheia com as mais diversas criaturas mágicas. Quando sem querer, Newt acaba trocando de bagagem com o humano Jacob Kowalski, algumas dessas criaturas ficam soltas em Nova York. Assim, eles iniciam uma busca pelos animais perdidos, mas têm sua missão dificultada por misteriosos ataques ocorrendo na cidade e que podem estar relacionados com o poderoso bruxo das trevas, Grindewald.


            E aí, quem mais vai assistir à cerimônia do Oscar hoje? Me contem aí nos comentários se vocês já assistiram algum desses filmes e qual é o seu favorito.

Tag - Carnaval Literário


Hoje é um dos dias mais aguardados do ano para muitos brasileiros. Sim, o começo do Carnaval. Mesmo para quem, como eu, não curte a folia e os blocos de carnaval, são dias para descansar e, claro, colocar as leituras em dia.
Para inspirar aquelas pessoas que pretendem passar os dias de Carnaval em casa, lendo um bom livro, resolvi responder à Tag Carnaval Literário. Eu vi essa tag no blog Garotas Devorando Livros, mas ela foi criada originalmente pelo blog Dois Dedos de Bagunça.


1 – O maior bloco do mundo: Inspirado no Galo da Madrugada, aquele livro que todo mundo amou, você estava com medo de ler e não gostar só que você também caiu na folia e amou.             Um dos livros mais elogiados o ano passado foi The kiss of deception, da Mary E. Pearson. Fiquei com uma expectativa tão alta por causa de todos os elogios e da edição maravilhosa da DarkSide Books, que tive muito medo de não gostar do livro. Medo este que se mostrou completamente infundado, porque eu amei o livro e foi uma das minhas leituras favoritas de 2016.

2 – Sambódromo: é uma folia só, mas de vez em quando, no sorteio a sua escola é a última a se apresentar na noite. Ou seja, aquele livro que você leu, leu, leu, leu, mas pareceu nunca chegar aos finalmente. (Livro arrastado / repetitivo).Eu quase escolhi “Comer, rezar, amar” para essa pergunta porque eu demorei 5 anos para ler. Mas, mesmo tendo sido uma leitura que achei muito arrastada, nada supera O Senhor dos Anéis: As Duas Torres. Eu comecei a ler há anos e depois de muito arrastar com a leitura, acabei deixando de lado. Isso já tem mais de 8 anos. Mas tenho plena consciência da importância da obra do Tolkien e tenho muita vontade de fazer uma segunda tentativa com O Senhor dos Anéis.


3 – Camarote: o que significa aqui é que você é VIP. Um livro que você leu antes dos seus amigos, ou antes de todo mundo (antes de virar modinha/febre).Para essa pergunta, a resposta foi bem fácil: Fazendo meu filme, da Paula Pimenta. Eu li esse livro logo que foi lançado, em 2008, muito antes de fazer todo esse sucesso com o público adolescente. Assim, Fazendo Meu Filme tem um lugar especial no meu coração tanto pela identificação que eu senti desde o começo com a Fani, mas também por eu ter acompanhado desde que o comecinho.

4 – Pipoca: você estava lá, vendo todo mundo correr atrás do trio, mas teve que ficar na pipoca. Aquele livro que todo mundo leu/comprou antes de você, e você ficou passando vontade até comprar, mesmo sendo depois de todos os seus amigos ou de virar modinha.Com certeza, Os Instrumentos Mortais, da Cassandra Clare. Inacreditavelmente, só fui começar a ler essa série o ano passado e não preciso nem dizer que eu amei, né? Rapidamente, essa se tornou uma das minhas séries favoritas e eu me apaixonei completamente pela escrita da Cassandra Clare.



5 – Todo carnaval tem seu fim: a série que você mais amou ou odiou por ter acabado.Acho que essa também era bem fácil de imaginar qual seria minha resposta. Se tem uma série que eu não consigo superar o fato de que acabou é Harry Potter. Eu sei que ano passado foi lançado “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada” e, ao contrário de muitas pessoas, eu adorei o livro. Porém, nada se compara ao que eu senti acompanhando os sete livros da série e é disso que sinto falta. 




6 – Todo mundo muito louco: um livro que te indicaram falando que era a sua cara, mas quando você leu foi uma decepção.Acho que as pessoas me conhecem bem, porque não me lembro de terem falado que um livro era a minha cara e eu não ter gostado. Mas, vou citar um livro que tinha uma expectativa muito alta e acabei não gostando: Crepúsculo. Era um livro que tinha certeza que iria gostar e não funcionou para mim. Não é que eu tenha detestado o livro, mas tinha uma expectativa totalmente diferente e acabei me sentindo frustrada quando acabei de ler. 



7 – Ressaca: o último livro que te deixou de ressaca literária (não precisa ser ressaca ruim, pode ser só aquela ressaca de que você está preso demais àquele universo).Um livro que li esse ano e me deixou com uma baita ressaca literária foi Sete minutos depois da meia-noite, do Patrick Ness. Esse livro mexeu muito comigo e me fez refletir sobre tantas coisas, que foi difícil me interessar por outro livro depois e demorei uns dias para conseguir começar uma nova leitura.




E aí, gostaram da tag? Não deixem de me contar nos comentários suas respostas e também se vão aproveitar o Carnaval para ler ou para cair na folia. Bom feriado para todos, muito juízo para quem for curtir o Carnaval e ótimas leituras para quem for ler!

Lançamento - A guerra que salvou minha vida


Ontem a Caveirinha mais linda do Brasil, também conhecida como DarkSide Books, anunciou mais uma novidade incrível para a linha DarkLove. O próximo lançamento da editora será o livro “A guerra que salvou minha vida”, da autora Kimberly Bradley.
Em mais uma edição maravilhosa, como já é marca registrada da DarkSide, o livro tem lançamento previsto para o dia 20 de março e promete conquistar o coração de quem amou “Em algum lugar nas estrelas”, outro sucesso da linha DarkLove. Abaixo, vocês conferem algumas imagens e o release que a DarkSide divulgou.

Muitas guerras começam dentro de nós.
Este é um daqueles romances que você lê com um nó no peito, sorriso no rosto e lágrimas nos olhos entre um parágrafo e outro. Uma obra sobre as muitas batalhas que precisamos vencer para conquistar um lugar no mundo.  
Combinando a ternura de Em algum lugar nas estrelas, outro título da coleção DarkLove, com a realidade angustiante de O diário de Anne Frank, A guerra que salvou minha vida apresenta uma perspectiva da II Guerra Mundial vista pelos olhos de uma menina que se transforma em refugiada no seu próprio país. Mais uma oportunidade perfeita para emocionar corações de todas as idades e relembrar os valores do companheirismo e da amizade em todos os momentos da nossa vida.


Sinopse: Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com o pé torto como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando.
Autora: Kimberly Brubaker BradleyEditora: DarkSidePáginas: 240Edição: 1ª




E aí, quem mais ficou ansioso para ler “A Guerra que salvou minha vida”? Eu confesso que não vejo a hora de conhecer mais esse lançamento da DarkSide. E para quem ficou curioso, vocês podem conferir o release completo no site da editora, aqui

[Dica da Malu] Anexos

Sinopse: “Beth Fremont e Jennifer Scribner-Snyder sabem que alguém está monitorando seus e-mails de trabalho. (Todo mundo na redação sabe. É política da empresa.) Mas elas não conseguem levar isso tão a sério, e continuam trocando e-mails intermináveis e infinitamente hilariantes, discutindo cada aspecto de suas vidas. Enquanto isso, Lincoln O’Neill não consegue acreditar que este é agora o seu trabalho: ler os e-mails de outras pessoas. Quando ele se candidatou para ser agente de segurança na internet, se imaginou construindo firewalls e desmascarando hackers e não escrevendo um relatório toda vez que uma mensagem esportiva vinha acompanhada de uma piada suja. Quando Lincoln se depara com as mensagens de Beth e Jennifer, ele sabe que deveria denunciá-las. Mas ele não consegue deixar de se divertir e se cativar por suas histórias. No momento que Lincoln percebe que está se apaixonando por Beth, é tarde demais para se apresentar. Afinal, o que ele diria...?
Autora: Rainbow Rowell / Editora: Novo Século / Páginas: 368
Comprar: Amazon

“Anexos” é o segundo livro da autora Rainbow Rowell que eu tenho a oportunidade de ler. Meu primeiro contato com ela foi pelo livro “Eleanor & Park”, e quem viu o resumo das minhas leituras de 2016 (aqui) sabe que ele foi uma decepção para mim. Não que o livro seja ruim. Ele aborda temas muito sérios e importantes, e até me surpreendi ao ver um livro jovem adulto fugindo dos clichês e trabalhando assuntos tão complexos, mas achei o final mal construído e me frustrei. No entanto, sendo a Rainbow Rowell uma autora tão popular, resolvi dar uma segunda chance e ler outro livro dela. Felizmente, desta vez fiquei mais satisfeita com a leitura
O livro contará a história de três personagens que trabalham no mesmo jornal. Lincoln trabalha à noite no setor de TI e é responsável por verificar os e-mails trocados pelos funcionários para ver se eles não estão tratando de assuntos que fujam àqueles relativos ao trabalho. Beth e Jennifer são duas amigas que, mesmo trabalhando no mesmo jornal, sentam-se longe uma da outra e, por isso, usam o e-mail para conversar sobre os mais diversos assuntos, sendo que nenhum deles é profissional. O problema é que as conversas delas começam a se tornar o melhor momento das noites de trabalho de Lincoln e ele perde a coragem de mandar advertências para elas.
Apesar de ser um livro com um tom de humor muito forte, alguns temas abordados são mais sérios. Aliás, uma coisa que me chamou a atenção neste livro é que, apesar de ser um pouco absurda a forma como os personagens se conectam, eles são muito reais. Cada um dos três protagonistas tem seus próprios dilemas que são muito concretos e compreensíveis.
Lincoln vive sem ter certeza do que realmente quer fazer da vida. Ele está em um emprego que não gosta, sem nenhuma aspiração na vida e sem conseguir superar o fim de seu único relacionamento sério. Beth gosta do seu trabalho, mas está em um relacionamento no qual ela não sabe mais como realmente se conectar com seu namorado. Ele tem uma banda, a qual Beth já não tem mais entusiasmo em acompanhar, e isso faz com que a distância entre eles se torne maior a cada dia. Já Jennifer tem um casamento tido como perfeito, mas sofre com o fato de que seu marido sonha em ter um filho, enquanto a simples ideia a deixa apavorada. Ela não quer nem ouvir falar de engravidar, mas teme que isso a afaste do seu marido.
É interessante como, de uma maneira leve, a autora faz com que o leitor comece a se questionar sobre muitas coisas a partir dos conflitos vividos pelos personagens. É justificável ficar em um emprego que não suporta porque ele é estável? Uma mulher é realmente obrigada a desejar ter filhos? Até que ponto é saudável ficar em um relacionamento quando já não há nada em comum ligando o casal?
Assim, um aspecto que eu já havia notado em “Eleanor & Park” se reforçou em “Anexos”: a capacidade da Rainbow Rowell de criar personagens muito humanos e despertar a empatia do leitor. É fácil compreender os conflitos vividos por cada um deles, mesmo que algumas de suas atitudes sejam muito questionáveis (para dizer o mínimo). Além disso, é possível que o leitor se enxergue em muitas situações ou conflitos retratados.
Outro ponto positivo de “Anexos” é que os personagens realmente amadurecem. Ao contrário de trazer adultos bem resolvidos, que sabem exatamente o que querem da vida e tem tudo sob controle, Rainbow Rowell nos apresenta três protagonistas que começam completamente perdidos em seus conflitos, sem saber o que realmente desejam ou qual direção seguir. Mais do que o romance, o aspecto mais interessante deste livro é ver esses personagens se redescobrindo e amadurecendo.
O desfecho é satisfatório, apesar de não ser exatamente o que eu desejava. Ao contrário do que havia acontecido no outro livro que li da autora, aqui ela soube construir o final e fazer com que ele fosse condizente com tudo que os personagens viveram e demonstraram ao longo do livro.
Assim, “Anexos” pode não ser o melhor livro que já vi na vida e, talvez, ainda não explique o motivo de tantas pessoas amarem o trabalho da Rainbow Rowell, mas é uma leitura envolvente e que traz personagens interessantes e bem construídos. No mínimo, serviu para devolver minha curiosidade para ler outros livros da autora. Então, é a minha dica para quem procura uma leitura agradável, com personagens humanos e temas um pouco mais complexos que a maioria dos livros do gênero.

E quem já leu “Anexos”? Me contem aí nos comentários o que acharam do livro. Para quem se interessou, deixei o link de compra no site da Amazon disponível no início do post. 

[Pré-venda] Contos da Academia dos Caçadores de Sombras

O post de hoje é especialmente dedicado para os fãs dos livros da Cassandra Clare. É que já está disponível em pré-venda “Contos da Academia dos Caçadores de Sombras”. Publicado pela Galera Record, esse livro traz dez contos em que o leitor descobrirá um pouco mais sobre o passado dos caçadores de sombras, por meio das aventuras vividas por Simon Lewis e seus amigos.
Para quem não faz a menor ideia do que eu estou falando, a Cassandra Clare é autora da famosa série de fantasia urbana Os Instrumentos Mortais. Nela, mundo real e fantasia se misturam e vemos humanos interagindo com vários seres sobrenaturais, como vampiros, lobisomens, fadas, demônios e caçadores de sombras, que são guerreiros responsáveis por defender os humanos dessas criaturas. Dentro do mesmo universo ficcional, a autora ainda escreveu a trilogia As peças infernais, o Códex dos Caçadores de Sombras, As crônicas de Bane, Uma história de notáveis caçadores de sombras e seres do submundo contada na linguagem da flores, e a nova série Os Artifícios das Trevas, cuja continuação sai ainda esse ano.

Sinopse: Numa história contada em 10 contos que revisitam o passado dos Caçadores e aponta uma nova direção, Cassandra Clare, Sarah RessBrennan, Maureen Johnson e Robin Wasserman presenteiam os fãs da série com uma jornada de tirar o fôlego, cheia dos personagens que todos já amam. Simon não se lembra do seu passado, das aventuras que viveu ao lado dos amigos.... Nem sequer sabe quem é, de fato. Então, quando a Academia de Caçadores de Sombras reabre, o rapaz mergulha nesse novo mundo, determinado a se reencontrar. Mesmo sem ter certeza de que quer voltar a ser aquele velho Simon de antes. Mas o local é muito hostil e Simon acaba exergando muitos problemas em sua nova escola. Como o fato de os alunos mundanos serem obrigados a viver no porão, ou sofrerem com as piadas e os preconceitos dos Nephilim. Numa jornada para se redescobrir, para voltar a se reconhecer entre antigos amigos, como Clary Fairchild e sua amada Isabelle Lightwood (mesmo que ele não se lembre desse amor), Simon vai descobrir que pode ser muito mais do que antes. Que seu destino como Caçador de Sombras vai muito além de sua missão de voltar a ser quem era.

Eu confesso que já estou muito ansiosa para conhecer esse livro e descobrir as aventuras do Simon na Academia de Caçadores de Sombras. A previsão de lançamento, segundo a editora, é final deste mês ou começo de março. Para quem quiser adquirir, vou deixar o link da Amazon para comprarem em pré-venda, assim como dos outros livros citados no post. (A data de lançamento no site da Amazon está como 30/06, mas a data que a editora me passou é final deste mês ou começo de março, então, deve mudar)

Contos da Academia dos Caçadores de Sombras: http://amzn.to/2ku4wFb
Cidade dos Ossos – Os Instrumentos Mortais: http://amzn.to/2lgQevB
Cidade das Cinzas – Os Instrumentos Mortais: http://amzn.to/2l5dRFm
Cidade de Vidro – Os Instrumentos Mortais: http://amzn.to/2lHshPd
Cidade dos Anjos Caídos – Os Instrumentos Mortais: http://amzn.to/2kGVG86
Cidade das Almas Perdidas – Os Instrumentos Mortais:http://amzn.to/2lMH9sr
Cidade do Fogo Celestial – Os Instrumentos Mortais: http://amzn.to/2kGVxkP
Anjo Mecânico – As Peças Infernais: http://amzn.to/2ldDzdu
Príncipe Mecânico – As Peças Infernais:http://amzn.to/2ku1lgK
Princesa Mecânica - As Peças Infernais:http://amzn.to/2kHcImD
Dama da meia-noite – Os Artifícios das Trevas:http://amzn.to/2lgwrfT
O Códex dos Caçadores de Sombras: http://amzn.to/2ku5r8u
As Crônicas de Bane: http://amzn.to/2lMH1Zc
Uma história de notáveis caçadores de sombras e seres do submundo. Contada na linguagem das flores: http://amzn.to/2lMVaFv

[Dica da Malu] Talvez um dia

Sinopse: “Sidney acabou de completar 22 anos e já fez algo inédito em sua vida: socou a cara da ex-melhor amiga. Até hoje, ela não podia reclamar da vida. Um namorado atencioso, uma melhor amiga com quem dividia apartamento. Tudo bem, até descobrir que as duas pessoas em quem mais confiava se pegavam quando ela não estava por perto. Até que foi um soco merecido. Sidney encontra abrigo na casa de Ridge. Um músico cujo talento ela vinha admirando há um tempo. Juntos, os dois descobrem um entrosamento fora do comum para comum para compor e uma atração que só cresce com o tempo. O problema é que Ridge tem uma namorada, e a última coisa que Sidney precisa agora é se transformar numa traidora”.
Autora: Colleen Hoover / Editora: Galera Record / Páginas: 368
Comprar: http://amzn.to/2kktpmL

            Uma mocinha que descobre que seu namorado e sua melhor amiga estavam tendo um caso e encontra abrigo na casa de um vizinho, com quem descobre uma grande afinidade. A fórmula para um romance leve e fácil de torcer, certo? Errado! Por mais envolvente e rápida que seja a leitura de “Talvez um dia”, da Colleen Hoover, não foi fácil escolher torcer pelo casal de protagonistas, e acompanhar o desenvolvimento do relacionamento dos dois foi, em alguns momentos, angustiante.
         Falando assim, pode parecer que eu não gostei do livro. Mas, na verdade, eu adorei. A questão é que a autora consegue brincar com os sentimentos dos leitores e nos faz sofrer junto com os personagens. Ao contrário do que pensei quando li a sinopse, nenhuma escolha para a Sidney e o Ridge será fácil e isso me despertou sentimentos conflitantes.
“Algumas vezes na vida a gente precisa de dias ruins para manter os bons em perspectiva”.
         O primeiro ponto que levou a esse tumulto no meu coração é a própria situação dos protagonistas. É impossível não sentir empatia por uma menina que descobre, no dia do aniversário, que está sendo traída por seu namorado com a sua melhor amiga. Além disso, é inegável a ligação que surge entre ela e o Ridge e que eles combinam muito. Mas como torcer para este casal se ele tem namorada? É aceitável que justo a Sidney que sabe a dor de ser traída, faça o mesmo com outra pessoa?
            Claro que a autora poderia ter facilitado a vida do leitor e descrito a namorada do Ridge como uma pessoa desprezível, que não merece o amor dele. Porém, nada na vida é fácil, não é mesmo? Então, a Maggie, namorada do Ridge, é uma personagem ótima e, por mais que eu procurasse, não encontrei nenhum defeito nela forte o suficiente para me fazer torcer para que o Ridge rompesse com ela e ficasse com a Sidney.
           Para aumentar a minha agonia, os personagens são muito cativantes, conquistando a empatia de quem está lendo. O livro vai intercalando o ponto de vista da Sidney e o do Ridge, o que permite entender a fundo os sentimentos deles e os dilemas que enfrentam. O Ridge é, talvez, o personagem mais difícil de compreender, mas não consegui julgá-lo também. Com isso, me vi em uma situação em que nenhuma alternativa era totalmente boa. Invariavelmente, alguém iria sofrer e nenhum dos envolvidos merecia isso.
“É fácil lutar contra o desejo. Principalmente quando a única arma que ele tem é a atração. Não é fácil vencer uma guerra contra seu coração”.
            Muitas pessoas reclamaram desta situação e, com certeza, não falta polêmica. Mas, para mim, esse foi o grande mérito de “Talvez um dia”. A Colleen Hoover propositalmente fez com que as alternativas fossem difíceis, levando o leitor a se questionar. Assim, mesmo com alguns clichês comuns em livros do gênero, esse se diferencia por apresentar escolhas que não são fáceis.
            Outro ponto positivo é que, todos os personagens são muito humanos, até os secundários. Eles são cativantes e cheios de qualidades, mas também erram feio em vários momentos. Não há ninguém perfeito na história, nem mesmo Sidney ou Ridge. Acredito que isso torna os relacionamentos apresentados muito mais reais, o que pode despertar a empatia, ou até a identificação, do leitor.
“Mas será que a vida é tão preto no branco assim? Será que um simples certo e errado pode definir minha situação?”
            Por fim, não posso deixar de mencionar que a escrita da Colleen Hoover se mostrou, mais uma vez, fluida e envolvente. Assim como havia acontecido com a trilogia Métrica, a forma como a autora desenvolveu a trama fez com que eu conseguisse compreender os sentimentos dos personagens e me importar com eles, mesmo não concordando com todas as suas ações. Deste modo, a leitura foi muito mais intensa, porque eu praticamente conseguia sentir o que os personagens estavam sentindo.

          Assim, recomento “Talvez um dia” por ser uma leitura rápida, envolvente e, em alguns aspectos, diferente de outros livros do gênero. Mas aviso que o tema abordado é muito polêmico. Então, é preciso ler com a mente aberta para realmente entender os personagens e suas escolhas. 

Sete livros para volta às aulas

Para vários estudantes, as férias acabaram e as aulas retornaram essa semana. Sei que muitos acham isso péssimo e queriam que as férias fossem mais longas. No entanto, o início de um novo ano letivo também representa conhecer novos colegas, reencontrar com os amigos, as novidades, a volta de uma rotina mais agitada e muitas descobertas.
Então, aproveitando esse clima de volta às aulas, resolvi fazer uma lista com alguns livros que se passam durante o período da escola ou da faculdade. São histórias que mostram como essa época pode ser divertida, servindo como incentivo para quem está vivendo essa fase e trazendo uma sensação de nostalgia para quem já passou por ela.

1 – Fazendo meu filme, da Paula Pimenta.                                     É claro que eu não poderia começar essa lista com outro livro que não fosse Fazendo meu filme. Eu li a primeira vez quando tinha dezesseis anos e a identificação foi imediata. A Paula sabe retratar a adolescência com uma naturalidade e verdade que poucos autores conseguem. Além disso, ela consegue recriar com habilidade toda a rotina vivida por qualquer estudante no período da escola: as amizades (e inimizades), os bilhetinhos compartilhados, as conversas no intervalo, a tensão com as provas e os medos com relação ao futuro. Tudo isso aparece na história e traz para o leitor a sensação de estar vivendo tudo aquilo junto com a protagonista.

2 – As vantagens de ser invisível, de Stephen Chbosky.            Outro livro que não podia faltar nessa lista é “As vantagens de ser invisível”. Narrado a partir de cartas do protagonista Charlie, acompanhamos as descobertas, os dramas e o amadurecimento deste jovem adolescente. Vemos sua dificuldade em se adaptar na escola, a descoberta do primeiro amor, as amizades que surgem, os dramas de sua família e os traumas do seu passado. Trata-se de uma trama simples, mas que aborda com muita sensibilidade temas difíceis e traz nas entrelinhas reflexões interessantes.


3 – Ana e o beijo francês, da Stephenie Perkins.            Um livro simplesmente encantador e que traz um ambiente escolar que faz o leitor realmente desejar estudar naquela escola. Na trama, a protagonista Ana é enviada pelo pai para estudar um ano em um colégio interno na França. A menina vai contrariada, pois estava sendo afastada dos amigos, da família e de tudo que conhecia para viver um ano em um lugar novo, onde não conhecia ninguém e não sabia o idioma local. Mas, ao contrário do que ela esperava, Ana faz novas amizades, aprende francês e, claro, acaba se apaixonando. Além disso, o ambiente da escola é tão legal e diferente daquele que conhecemos e estamos acostumados a ver nos livros, que acaba sendo  mais um atrativo do livro.

4 – O acordo, da Elle Kennedy            Este livro foi a minha primeira leitura de 2017 e não poderia ficar de fora dessa lista. Afinal, além de um romance muito fofo, a autora soube recriar muito bem o ambiente universitário. Apesar de muita coisa não ter a ver com as nossas universidades (o livro se passa nos EUA), há vários aspectos que são comuns em qualquer universidade: os grupos de amigos, a tensão com as provas, o romance, as festas e as dúvidas sobre o futuro depois da faculdade. Não vou dar muitos detalhes, porque a resenha dele já saiu aqui no blog (confira), mas é uma leitura muito gostosa e a universidade é um pano de fundo que ajuda a tornar a trama mais interessante.

5 – Para todos os garotos que já amei, da Jenny Ham.            Ambientado no ensino médio, “Para todos os garotos que já amei”, consegue ilustrar muito bem essa fase da vida. Ao longo da trama, vemos Lara Jean se envolvendo em confusões, fazendo novas amizades, se apaixonando e amadurecendo. A escola é o pano de fundo em que tudo isso se desenrola e qualquer um que esteja vivendo essa fase ou já tenha passado por ela, vai se identificar com algumas situações que a protagonista vivencia lá.



6 – Sábado à noite, da Babi Dewet.            Como não colocar esse livro na lista? A Babi retratou maravilhosamente o período da escola, mais especificamente o ensino médio. Tanto que a leitura me trouxe uma sensação de nostalgia enorme, me deixando com vontade de voltar no tempo, para essa fase da minha vida. O ambiente da escola, os grupinhos de amigos, os dramas da adolescência, o romance, as festas... tudo é natural e faz o leitor se identificar com pelo menos alguma das situações que aparecem. Mesmo que não por uma lembrança que tenha vivido, mas por se lembrar de alguém que conheceu e passou por aquilo, ou por ver um personagem e lembrar de alguma amiga ou conhecido.

7 – Harry Potter e a Pedra Filosofal, da J. K. Rowling.            Quem nunca sonhou em receber sua carta de Hogwarts e pegar o trem na plataforma 9 ¾ no dia 1º de setembro, não é mesmo? Por isso, não me julguem por incluir Harry Potter nessa lista. Apesar de se tratar de um ambiente mágico e totalmente incomum, Hogwarts não deixa de ser uma escola. Por esse motivo, encontramos em Harry Potter e a Pedra Filosofal situações vividas por qualquer estudante. Neste livro, estão presentes as aulas (mesmo que não as convencionais), os professores que adoramos e os que detestamos, as provas, os amigos, as brigas, os passeios, as competições... enfim, tudo que compõe o período escolar. Só que com muita magia e aventuras.

            Todos esses livros citados, com certeza, me lembram muito a escola e a universidade, e combinam muito com o clima de volta às aulas. Agora, quero saber de vocês quem já  se despediu das férias e começou outro ano letivo. Me contem também outros livros que se passam na escola/faculdade e que não estão nesta lista.


[Dica da Malu] O Acordo


Autora: Elle Kennedy
Editora: Paralela
Páginas: 360
Comprar: Amazon
Sinopse: “Hannah Wells finalmente encontrou alguém que a interessasse. Mas, embora seja autoconfiante em vários aspectos da vida, carrega nas costas uma bagagem e tanto quando o assunto é sexo e sedução. Não vai ter jeito: ela vai ter que sair da zona de conforto. Mesmo que isso signifique dar aulas particulares para o infantil, irritante e convencido capitão do time de hóquei, em troca de um encontro de mentirinha.
Tudo o que Garrett Graham quer é se formar para poder jogar hóquei profissional. Mas suas notas cada vez mais baixas estão ameaçando arruinar tudo aquilo pelo qual tanto se dedicou. Se ajudar uma garota linda e sarcástica a fazer ciúmes em outro cara puder garantir sua vaga no time, ele topa. Mas o que era apenas uma troca de favores entre dois opostos acaba se tornando uma amizade inesperada. Até que um beijo faz com que Hannah e Garret precisem repensar os termos de seu acordo.”


“O Acordo” foi o primeiro livro que eu li em 2017. Eu o escolhi porque queria começar o ano com uma leitura leve e divertida, sem muitas preocupações. E foi exatamente isso que encontrei nesse livro. É uma história simples, e até um pouco clichê, mas também é envolvente, engraçada e cativante.
O primeiro ponto que destaco nesse livro, são os personagens. Hannah é uma menina inteligente e dedicada, mas que, apesar de ter muita dificuldade quando o assunto é relacionamento, é autoconfiante, tem uma personalidade forte e um senso de humor muito sarcástico. Já Garret é o modelo do atleta, popular e mulherengo. No entanto, ele também é inteligente, dedicado e não mede esforços para realizar seus sonhos. Ambos carregam traumas do passado, mas não se deixam abater por eles. São personagens interessantes, divertidos e muito cativantes.
Hannah e Garret se conhecem quando, em uma matéria que os dois cursavam, ela tira uma nota excelente, já ele tem um péssimo resultado, que faria com que sua média caísse e ele fosse retirado do time de hóquei. Desesperado, Garret pede a ajuda de Hanna para estudar para a próxima prova e recuperar sua média. Sem paciência com jogadores de hóquei, especialmente o arrogante capitão, ela se recusa a ajudá-lo.
No entanto, Garret não é do tipo que aceita não como resposta, ainda mais quando se trata de algo que pode estragar seu futuro profissional. Ele começa, então, a atormentar Hannah para que ela concordasse em ajudá-lo. Sua chance aparece quando ele percebe o interesse dela por (...), jogador do time de futebol americano da universidade. É aí que ele faz uma arriscada proposta a Hannah: ela concordaria em ajudá-lo a estudar e ele fingiria estar saindo com ela, para aumentar a popularidade da garota e chamar a atenção de (...). Mesmo não gostando da ideia, Hannah acaba concordando com este acordo.
O livro é narrado pelo ponto de vista da Hannah e do Garret, o que ajuda muito na construção de ambos os personagens. Conseguimos entender melhor os sentimentos deles, seus sonhos, os traumas que carregam e, principalmente, como a relação deles vai sendo construída. Aliás, é aí que reside o grande mérito do livro para mim: o evolvimento de Hannah e Garret é gradual, sem aquelas paixões intensas e instantâneas. Os dois se conhecem aos poucos, implicam muito um com o outro, discutem, mas acabam se tornando amigos. Assim, surge primeiro a cumplicidade e a intimidade, depois vem o romance.
Com relação a escrita de Elle Kennedy, eu achei muito leve e fluida. Apesar dos clichês da história, a autora conseguiu criar personagens cativantes, com senso de humor e personalidade forte, que fazem o leitor se importar com o que irá acontecer com eles. Alguns temas mais sérios são abordados, mas sem deixar a história pesada ou sem ritmo.
Assim, “O Acordo” não é uma história original ou imprevisível, mas acabei gostando mais do que esperava. Comecei sem muita expectativa e, quando percebi, já estava totalmente apegada à Hannah e ao Garret. Adorei acompanhar não só o desenvolvimento do relacionamento dos dois, mas o quanto ambos amadurecem ao longo do livro. Trata-se de uma leitura agradável e envolvente, que flui muito bem e proporciona momentos divertidos. 

Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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