Oi, pessoal! Como vocês estão? Como
prometi na semana passada aqui, hoje eu vim comentar sobre Uma luz no outono,
da Carrie Elks. Para quem não conhece ainda, esse é o livro que encerra a série
As Irmãs Shakespeare e foi publicado recentemente no Brasil pela Verus.
Confesso que esse é um dos lançamentos que
eu estava mais ansiosa para esse ano, porque essa série vem me conquistando
desde o primeiro livro. Acompanhar as aventuras dessas quatro irmãs, cada
história em uma estação do ano, tem sido uma experiência deliciosa e eu mal
podia esperar para ler o livro que encerraria essa jornada.
Então, não preciso dizer que assim que
recebi Uma luz no outono ele já furou a fila né? E, agora, vou poder contar
para vocês o que achei da leitura. Será que ele encerra com chave de ouro a
série As Irmãs Shakespeare? Continues lendo que eu conto para vocês.
Autora: Carrie Elks
Editora: Verus
Tradução: Andréia Barboza
Páginas: 294
Onde comprar: Amazon
Exemplar recebido de parceria com a
editora
Sinopse: “Um pai solteiro, uma mulher atraente e uma segunda chance para o coração de Juliet...Juliet Shakespeare não está em busca de um amor. Ela já tem o suficiente para ocupar o tempo: uma floricultura para administrar, uma filha pequena e um divórcio problemático em andamento. A vida dela já está complicada o bastante. Por que arrumar mais preocupações? Mas, quando um pai solteiro muito sexy se muda para a casa ao lado, tudo sai do controle de Juliet. Ryan Sutherland é lindo e talentoso e, desde a primeira vez que se encontram, ela não consegue parar de olhar para ele.Ryan está de volta à cidade para acertar algumas contas e não tem tempo para se distrair com a linda vizinha, mas toda vez que a vê ele não consegue deixar de desejá-la. Quando o outono dá os primeiros sinais na pequena Shaw Haven e as folhas começam a despencar das árvores, a questão é: Ryan e Juliet também vão cair nos braços um do outro? Uma luz no outono é o volume final da série As Irmãs Shakespeare, que com certeza vai deixar saudade no coração dos leitores. Quatro irmãs, quatro histórias... quatro maneiras de encontrar o amor verdadeiro.”
Em Uma luz no outono, a vida de Juliet
Shakespeare está de pernas para o ar. Ela está no meio de um problemático processo
de divórcio, administra uma floricultura que acabou de abrir e precisa cuidar
de sua filha pequena. Por isso, a última coisa que Juliet quer nesse momento é
mais preocupações, incluindo um novo amor.
Porém, quando Ryan Sutherland se muda para
a casa ao lado, pode ser que a Juliet encontre uma certa dificuldade para
manter o controle. Além de bonito e sexy, ele é um pai solteiro dedicado e
atencioso, além de um homem talentoso e charmoso. Desde o primeiro momento que
se encontram, sentem uma enorme dificuldade para manter os olhos longe um do
outro.
O momento não poderia ser pior para nenhum
dos dois, mas com a convivência fica cada vez mais difícil negar a atração
entre eles. Quanto mais se conhecem, mais Juliet e Ryan encontram motivos para
admirar um ao outro. Surge daí uma cumplicidade que pode levar a outros
sentimentos. E será que existe mesmo momento certo para o amor?
Encerrar uma série é sempre me deixa com
um misto de empolgação e ansiedade. Fico empolgada querendo saber como tudo vai
terminar e ansiosa com medo de não ser tudo que eu espero. E, mesmo que os
livros de As Irmãs Shakespeare sejam histórias independentes, foi inevitável
ter os mesmos sentimentos em relação ao livro Uma luz no outono.
Ao longo dos livros anteriores, eu já
tinha visto o suficiente sobre a Juliet para desejar muito conhecer essa
personagem melhor. Além disso, queria muito saber como estavam as outras três
irmãs e se teríamos um grande desfecho para todas elas. Ou seja, não preciso
nem dizer que as minhas expectativas estavam muito altas. E, felizmente, todas
elas foram superadas com facilidade.
Assim como no livro anterior, Uma luz no
outono apresenta personagens mais maduros e com dilemas muito reais. Juliet é
uma protagonista com a qual muitas mulheres irão se identificar: ficou grávida
ainda na faculdade e acabou abrindo mão de sua personalidade em nome do
casamento. Anos depois, ela precisa juntar os cacos e se redescobrir, tudo isso
enquanto passa por um estressante período de divórcio, dá início a um novo
negócio e faz o possível para evitar que as mudanças prejudiquem sua filha
pequena.
“Ela era como uma flor que desabrochava devagar; seria bonito quando finalmente florescesse. E, se ele fosse honesto, queria estar lá quando isso acontecesse”.
E o que mais me conquistou no livro é que
a Carrie Elks conseguiu construir uma personagem forte e ao mesmo tempo muito
humana. Juliet não é uma mulher invencível e que lida com todas essas crises
com tranquilidade. Na verdade, é uma pessoa que foi quebrada ao longo dos anos
de casamento e pela grande decepção que sofreu com o marido. Ela tem medos,
fraquezas, comete erros e precisa se redescobrir como pessoa. E, para mim,
esses foram os aspectos que fizeram com que eu simpatizasse mais com essa
protagonista e conseguisse admirá-la.
O processo de redescoberta da Juliet foi
um dos pontos mais interessantes do livro. É lindo vê-la começando a
reconquistar sua voz e vencer suas barreiras. Claro que não é um processo fácil
e em muitos momentos ela precisa de ajuda para isso, mas quantos de nós não
precisamos de apoio para nos reerguermos em momentos difíceis né? É algo
natural e que acredito ter sido bem construído pela autora.
E o que dizer do Ryan? Eu poderia dizer só
que ele é perfeito e eu terminei a leitura apaixonada. Mas isso não faria jus a
esse personagem maravilhoso. Ele é um pai amoroso e um homem incrível:
atencioso, bem-humorado, companheiro e, principalmente, que apoia Juliet em
todas as situações. Porém, apesar de tudo isso, não é um personagem perfeito.
“Seria tão fácil se apaixonar por alguém como Ryan Sutherland. Ele era engraçado, forte e muito bonito. Mas havia algo mais também – uma vulnerabilidade que a tocara, uma suavidade interna que contrastava muito com seu exterior duro.”
Ryan tem marcas do passado e isso fez com
que ele se fechasse para a possibilidade de ter compromissos ou mesmo se
apaixonar. Com isso, é claro que vemos esse personagem em conflito e cometendo
alguns erros no caminho. Mas o mais importante e que me fez amá-lo é que ele
não se apoia em seu passado para justificar suas ações. Ao contrário, Ryan
reconhece seus erros, aprende com eles e não tem vergonha de se desculpar.
O romance entre os dois, para mim, foi o
mais natural e cativante da série. Apesar da atração entre eles acontecer desde
o início, o desenvolvimento da relação é bem gradual e verdadeiro. A princípio,
eles se aproximam por causa dos filhos que têm a mesma idade, e a amizade da
criança acaba levando os pais a passarem mais tempo juntos. Da convivência
surge a cumplicidade e o apoio e só depois os sentimentos vão se tornando mais
profundos.
“Ele percebia como era atraente? Sempre que o olhava, era como olhar para o sol – havia um brilho quase ofuscante. E, como o sol, ela precisava se impedir de chegar perto demais.”
Esse foi um ponto que me agradou muito,
porque tudo me convenceu na história. Os personagens, seus conflitos, o romance
e o desenvolvimento da história foram muito naturais e consegui me conectar
durante toda a leitura. Eu sofri junto com a Juliet e o Ryan, mas também me
diverti com seus diálogos, me encantei pelo amor que os dois tinham pelos
filhos, torci pelo casal e fiquei feliz por vê-los evoluindo.
E é impossível não destacar os filhos da
Juliet e do Ryan. Poppy e Charlie são crianças absolutamente encantadoras e que
me conquistaram desde o primeiro momento que apareceram. Aliás, a Poppy
proporciona um dos melhores diálogos do livro todo logo em sua primeira
aparição. Além disso, a amizade que surge entre eles é tão fofa e sincera, com
aquela inocência característica das crianças, que foi uma das coisas mais
cativantes do livro todo.
Outro aspecto que não posso deixar de
mencionar é que a família é novamente um tema central dentro da história e eu
amei todas as questões que foram abordadas a partir disso. A autora mostra os
efeitos de relacionamento tóxicos e as marcas que lares desestruturados podem
deixar nos filhos. Mas ela também aborda a importância do apoio familiar e o
quanto pessoas que realmente se amam conseguem estar juntas mesmo que
geograficamente distantes.
“Elas tinham crescido desde aquelas dias em que vagavam pela casa enquanto o pai se escondia no escritório, resmungando sobre ter que redigir um documento ou fazer alguma pesquisa, mas ainda eram um grupo unido. Estavam espalhadas por toda parte, mas eram uma família e isso contava muito.”
Nesse sentido, foi maravilhoso ver os
personagens dos livros anteriores retornando e a importância das irmãs na vida
de Juliet. Acho que o amor das irmãs Shakespeare foi o que tornou essa série
tão especial. Elas não têm uma relação perfeita e ao longo dos livros vemos que
a família Shakespeare também tem seus problemas e segredos. Mas o que me tocou
foi ver que, apesar disso, o amor e a união prevaleceram e superaram os
obstáculos.
Assim, só posso dizer que Uma luz no
outono é aquele livro que encanta o leitor da primeira à última página e no
final deixa aquela sensação de coração quentinho por ter acompanhado uma
jornada muito especial. Sem dúvida, Carrie Elks deixou a melhor história para
encerrar a série e eu não consigo imaginar um desfecho mais especial para as
irmãs Shakespeare. Foi um romance lindo, com personagens maduros e muito
humanos, e que mostrou a importância da família e do amor.
E vocês, já conhecem Uma luz no outono? Me
contem aí nos comentários o que acharam e se têm vontade de ler essa série.
Outros
livros de As Irmãs Shakespeare: