Dica de Leitura - Livros para ler em inglês

 


Como falei no meu post com as metas para 2021 aqui, uma das minhas metas para 2021 é ler mais livros em inglês. Isso é algo que sempre gostei de fazer, tanto para praticar quanto para poder ler aqueles livros que estou mais ansiosa e que ainda não saíram por aqui.

E, como quero desencalhar alguns livros, resolvi fazer uma lista com alguns livros que tenho em inglês parados aqui na estante e pretendo ler ainda em 2021. Além disso, incluí alguns lançamentos que devem sair esse ano lá fora e que quero muito ler. Então, esses serão meus livros em inglês para ler em 2021:

 

Illuminae e Gemina do Jay Kristoff:  Estou com esses livros há um bom tempo e ainda não li. Quero ler os dois esse ano e, se possível, já comprar o terceiro para encerrar a trilogia (Amazon, cadê a promoção de importados minha filha?)

 

A curse so dark and lonely e A heart so fierce and broken, da Brigid Kemmerer: Esses dois livros fazem parte de uma trilogia e o primeiro já foi publicado no Brasil pela Plataforma21 como Uma sombria e solitária maldição. Porém, quando ele saiu aqui, eu já tinha comprado a edição em inglês e eu preferi ler no original mesmo.

 

Crown of coral and pearl, da Mara Rutherford: Eu descobri esse livro em uma oferta incrível na Amazon e amei a sinopse. Parece ser uma fantasia com muita intrigas políticas e um toque de A Pequena Sereia, o que me deixou muito curiosa. Pretendo ler em breve.

 

The Camelot Betrayal, da Kiersten White: Esse é a continuação de The Guinevere Deception (publicado no Brasil pela Plataforma21 como A farsa de Guinevere). Eu gostei tanto do primeiro que não aguentei esperar a continuação sair aqui. Portanto, já podem esperar que ele provavelmente deve aparecer na minha TBR de fevereiro.

 

The chaos of the stars, da Kiersten White: Talvez eu tenha me apaixonado pela escrita da autora quando li A farsa de Guinevere e ficado ansiosa para ler tudo dela rsrs. Comprei esse livro em uma promoção na Amazon ano passado e pretendo ler em breve. Esse eu não sei se será publicado no Brasil, mas como a Plataforma21 já publicou outros livros da autora, acredito que tenha chance.

 

Field notes on love, da Jennifer E. Smith: Eu amo a escrita dessa autora, que é a mesma de A probabilidade estatística do amor à primeira vista. Eu amei todos os livros que li dela, que são sempre bem leves e fofos, então, não vejo a hora de conferir esse.

 

Lock & Key, da Sarah Dessen: Outra autora que é uma das minhas queridinhas e que tem uma escrita leve e muito envolvente. A escrita dela é ótima para ler em inglês e estou muito ansiosa para ler esse, que já está parado na minha estante há algum tempo.

 

Chain of Iron, da Cassandra Clare: esse é o único da minha lista que eu ainda não tenho, mas é só porque ainda está em pré-venda. Mas em se tratando da Cassandra Clare, é óbvio que ele está mais do que garantido na minha meta para 2021. Eu amei o primeiro livro da trilogia Corrente de Ouro (confira a resenha aqui) e já estou surtando de curiosidade para saber o que irá acontecer a seguir. A edição brasileira deve sair ainda esse ano pela Galera Record e eu pretendo reler em português também rsrs.

 

Esses são apenas alguns dos livros em inglês que quero ler em 2021, porque minha meta é no mínimo 1 por mês. Porém, os outros eu ainda vou escolher ao longo do ano. Mas, como algumas pessoas comentaram comigo que também querem ler mais livros em inglês para praticar o idioma, separei alguns que eu acho ideias para quem está começando.

Então, vou deixar essa lista com indicações que eu já li e que considero muito boas para quem quer praticar o inglês. São livros com um vocabulário mais simples e que, se você tiver um inglês intermediário, vai conseguir ler com mais facilidade.


Já li e recomendo: 

Anna and the french kiss, da Stephanie Perkins

The secret garden, da Frances Hodgson Burnett

The Guinevere Deception, da Kiersten White (normalmente, não recomendo começar com livros de fantasia. Mas a escrita da autora é bem direta e mais fácil de acompanhar)

It end’s with us, da Colleen Hoover

Adorkable, da Cookie O’ Garman.

 

Gostaram das minhas escolhas para ler esse ano? Já leram algum desses que indiquei aqui? Me contem aí nos comentários e me falem se vocês gostariam de ver mais indicações de livros em inglês aqui. Estou pensando em fazer uma nova lista com títulos que estão disponíveis no Kindle Unlimited, caso vocês tenham interesse.


[Resenha] Para conquistar um libertino

 



Se tem uma forma que eu amo começar semana é com indicação de livros leves e divertidos. Por isso, a resenha de hoje não poderia ser outra que não Para conquistar um libertino, da Suzanne Enoch. Ele foi lançado esse mês pela editora Harlequin Books e é o primeiro volume da trilogia Receba esta aliança.

Eu já era apaixonada pela escrita da Suzanne Enoch desde que li a trilogia Lessons of Love (Como se vingar de um cretino, Como encantar um canalha e Como salvar um herói). Então, é claro que fiquei muito empolgada quando soube que a Harlequin vai trazer mais uma trilogia de romance de época da autora. Por isso, já garanti o meu na pré-venda.

Lógico que corri para ler assim que chegou aqui e agora vou poder contar o que achei. Será que foi tão bom quanto os outros livros que li da autora? Atendeu às minhas expectativas? É isso que vou contar agora.

 

Autora: Suzanne Enoch

Editora: Harlequin Books Brasil

Tradução: Daniela Rigon

Páginas: 320

Onde comprar: Amazon / Submarino

Sinopse: “Uma governanta nunca deve ficar sozinha com um homem (sua reputação deve ser imaculada, sem qualquer traço de escândalo). Uma governanta nunca deve questionar as ordens de seu empregador (mesmo quando ele estiver claramente errado). Uma governanta nunca, jamais, deve se envolver com alguém de uma classe superior (mesmo que esse alguém lhe ofereça sussurros sedutores, propostas indecentes e beijos devastadores…). Se não fosse por um lamentável incidente em seu último emprego, Alexandra Gallant não seria obrigada a aceitar um cargo na casa de Lucien Balfour, famoso por sua reputação de libertino, pela beleza pecaminosa e pela completa falta de decência. Agora, com a responsabilidade de ajudar a prima do conde Balfour a entrar na alta sociedade, Alexandra sabe que precisa fazer um bom trabalho para eliminar os vestígios de escândalos passados. Conde nenhum vai desviá-la de seu objetivo, nem que para isso ela precise lhe ensinar todas as regras de decoro imagináveis.”

 

Em Para conquistar um libertino, vamos acompanhar a jovem Alexandra Gallant que, depois de ter a reputação arruinada graças a um infeliz acidente em seu antigo trabalho, se viu obrigada a aceitar um emprego na casa de Lucien Balfourt: um conde conhecido tanto por ser um libertino sem um pingo de decência quanto por sua beleza. Não era o emprego ideal, mas ela não tinha muitas opções. s

Assim, Alexandra acaba aceitando o cargo oferecido pelo conde. Ela será responsável por preparar a prima de Lucien para ser apresentada na sociedade e conseguir um bom casamento, uma vez que ele queria se ver livre da garota e de sua mãe horrorosa o mais rápido possível. Mas ter a bela Alexandra em sua casa faz com que ele perca um pouco da pressa e seu maior objetivo passa a ser conquistá-la.

Mas ela quer apenas fazer um bom trabalho e se livrar das manchas do passado, por isso não pode permitir que o conde consiga tentá-la a se desviar desse objetivo. Então, além de ensinar boas maneiras à prima dele, terá que ensinar Lucien a se comportar com a decência e o respeito que se espera de um cavalheiro. Será que é possível mudar um notório libertino?



Que leitura deliciosa! Novamente, eu me vi rapidamente envolvida pela escrita apaixonante da Suzanne Enoch e sem vontade de largar o livro. Confesso que, no início, senti medo de que essa leitura não fosse funcionar para mim. A atração imediata dos protagonistas e o comportamento totalmente descarado de Lucien foram um pouco estranhos para mim, o que me deixou receosa.

No entanto, meu medo se provou totalmente infundado. Esse estranhamento inicial passou bem rápido e fiquei totalmente conectada com a leitura. Os diálogos cheios de farpa, especialmente o humor sarcástico do Lucien, funcionou muito bem para mim e fez com que eu me divertisse enquanto lia esse livro de uma forma que não acontecia há muito tempo.

Outro ponto importante é que eu amei os personagens. A Alexandra é o tipo de mocinha que é impossível não amar. Ela é forte, enfrentou muitas dificuldades e sempre se mantém firme aos seus princípios. Eu me diverti muito vendo ela tentando ensinar bons modos ao conde libertino e em muitos momentos a forma como ela o tratava me lembrou a Kate Shefield de O visconde que me amava, que é a minha mocinha favorita. Ou seja, é claro que eu amei a Alexandra.

Já o Lucien é o tipo de mocinho que eu sou completamente apaixonada. Libertino, com um humor cheio de ironia e que não faz a menor questão de esconder quem é. Eu fui rapidamente conquistada pelo humor dele e seu jeito muito debochado, o que proporcionou muitos diálogos hilários. Mas, mais do que isso, eu adorei ver a evolução dele e o quanto a Alexandra consegue transformá-lo. Quem ama um libertino reformado, tenho certeza que irá se apaixonar por esse.



Com relação ao romance, apesar do meu medo inicial, ele não foi apressado. A atração entre eles esteve presente desde o início, o que foi um pouco abrupto para mim, mas os sentimentos dos dois foram se transformando gradualmente. Não faltam momentos fofos, divertidos e sensuais entre eles, que tornam a aproximação entre eles mais convincente e também mais cativante. Torci muito por esse casal e foi maravilhoso acompanhar essa relação sendo construída.

No entanto, tive duas ressalvas que me incomodaram um pouco na leitura. A primeira foi em relação à Alexandra. Ela é uma protagonista incrível e muito cativante, mas no final começou a se tornar excessivamente teimosa. Apesar de entender as inseguranças dela, chegou um ponto que elas não se sustentavam mais. Lucien já tinha dado provas mais do que suficientes de que havia mudado e ela continuava não querendo acreditar.

Outro ponto foi a ausência de um epílogo. Isso é algo que já é característico dos livros dela e confesso que já até esperava que não tivesse. Porém, isso não muda o fato de que o desfecho deixa a sensação de quero mais. Apesar das principais questões do livro já estarem resolvidas, o final foi um tanto abrupto. Se eu já não tivesse me acostumado com o estilo da autora, teria achado que meu exemplar estava faltando páginas.

Porém, nenhuma ressalva tirou o brilho de Para conquistar um libertino. Mais uma vez eu me vi completamente envolvida por um livro da Suzanne Enoch, de uma forma que não larguei até terminar e concluí a leitura em um único dia. É um livro leve, divertido, sensual e muito cativante, daqueles que deixam a gente apaixonada e com um coração quentinho. Foi um início maravilhoso para a trilogia e não vejo a hora de ler as continuações, que vão focar em personagens incríveis que apareceram nesse primeiro volume.

E vocês, já leram Para conquistar um libertino ou algum outro da Suzanne Enoch? Me contem aí nos comentários.


[Resenha] Uma conjuração de luz

 



Um dos maiores sofrimentos de um leitor é esperar a continuação de uma série depois que o livro anterior terminou de um jeito bombástico. Então, imagina como eu fiquei depois do final desesperador de Um encontro de sombras tendo que esperar três anos para ler Uma conjuração de luz.

Para quem não conhece, esses livros fazem parte da trilogia Um tom mais escuro de magia, da V. E. Schwab. Eu sou completamente apaixonada pela escrita da autora e amei muito os dois primeiros volumes, Um tom mais escuro de magia (resenha aqui) e Um encontro de sombras (resenha aqui). Então, vocês já podem imaginar minha ansiedade para o livro que encerra essa série.

Mas meu momento finalmente chegou, a hora de acabar com esses três anos de agonia, e eu li Uma conjuração de luz. Depois de muita ansiedade, sofrimento, lágrimas, desespero e surtos, vim aqui comentar o que achei da leitura que encerra essa trilogia tão especial para mim.

 

Aviso: Essa resenha NÃO tem spoilers de Uma conjuração de luz. Porém, não recomendo que vocês continuem lendo se ainda não leram os dois primeiros livros


Autora: V. E. Schwab

Editora: Record

Tradução: Ana Carolina Delmas

Páginas: 728

Onde comprar: Amazon / Submarino

Exemplar recebido de cortesia da editora

Sinopse: “A balança do poder enfim pendeu para um lado. O equilíbrio precário entre as quatro Londres atingiu um ponto sem volta. Outrora transbordando a vivacidade vermelha da magia, o império Maresh é invadido por uma sombra lançada pela escuridão, o que deixa espaço para outra Londres surgir. Quem vai cair?Kell, que já foi considerado o último Antari vivo, começa a questionar a quem deve sua lealdade. E, na esteira da tragédia que se abate sobre a Londres Vermelha, será que Arnes vai resistir? Quem vai ascender?Lila Bard, que já foi uma reles ladra – mas nunca uma ladra qualquer –, sobreviveu e progrediu por meio de uma série de provações mágicas. Mas agora ela precisa aprender a controlar a magia antes que esta seja drenada por seus próprios poderes. Enquanto isso, o desacreditado capitão do Night Spire, Alucard Emery, reúne sua tripulação para correr contra o tempo em busca do impossível. Quem vai assumir o controle?Um antigo inimigo retorna para reivindicar a coroa enquanto heróis tentam salvar um mundo em decadência. Uma conjuração de luz é a conclusão épica da série Tons de Magia, de V. E. Schwab. É um acerto de contas com o passado e uma luta por um futuro incerto que sela o destino de Lila, Alucard, Kell, e até mesmo Holland, num livro de tirar o fôlego.”

 

Uma conjuração de luz continua exatamente de onde Um encontro de sombras parou: Kell foi atraído para a Londres Branca, Rhys está morrendo na Londres Vermelha e Lila precisa salvá-los. Mas, quando parte para resgatar Kell, ela não imaginava que a própria Londres Vermelha estaria em perigo. Uma sombra vinda da Londres Preta está sendo lançada sobre a cidade, ameaçando todos que tentarem resistir e levando destruição, medo e escuridão para o local que antes foi tão vibrante e pacífico.

Enquanto Kell e Lila reúnem um grupo improvável em busca da única coisa que pode conter esse mal que está tomando a Londres Vermelha, Rhys vai ter que aprender se ainda há algo dentro dele que justifique sua vida ter sido salva por Kell. Os três precisarão lutar não apenas para proteger a cidade e aqueles que amam, mas também para descobrir qual o lugar de cada um deles.



Como que eu posso explicar tudo que senti lendo Uma conjuração de luz? Eu esperava esse livro há tanto tempo e, quando finalmente tive ele em mãos, só conseguia pensar em como ele valeu cada segundo de espera. Ao mesmo tempo, tinha momentos que eu sentia vontade de largar e não olhar mais para ele, por medo do que aconteceria a seguir. V. E. Schwab não tem dó dos leitores e eu não tive um minuto de paz durante a leitura, foi surto atrás de surto.

Quando terminei Um encontro de sombras, eu fiquei completamente desesperada por tudo que estava acontecendo com os personagens. Eu sinceramente não via como eles poderiam sair daquela situação e concluí a leitura surtando para saber o que aconteceria. E Uma conjuração de luz continua exatamente de onde o anterior parou, então, dá para imaginar que o já livro começa com ação e um clima de tensão desde as primeiras páginas. E isso permanece durante toda a leitura.

O ritmo da trama é lento, ainda mais do que nos livros anteriores, mas não pensem que isso significa uma leitura monótona. Pelo contrário, o universo criado por V. E. Schwab é tão rico e fascinante que é sempre interessante de acompanhar, independente do que esteja acontecendo ali, o que fez com que a leitura fluísse muito bem para mim. Além disso, mesmo nos momentos em que a trama estava mais cadenciada e sem grandes acontecimentos, a sensação de perigo iminente e o clima de tensão contribuíram muito para o meu envolvimento com a história.

Outro ponto importante para mim foi o carisma dos personagens. Eu sinceramente não me lembrava do quanto era apegada a eles até começar a releitura. A ideia de que qualquer coisa ruim pudesse acontecer ao Kell, ao Rhys, à Lila ou ao Alucard já era o suficiente para me deixar desesperada. A V. E. Schwab foi muito habilidosa para construir os conflitos de cada um deles ao longo dos livros anteriores e aqui ela foi mostrando aos poucos o quanto cada um deles evoluiu. Todos eles passam por situações extremas, em que precisam decidir quem são, a quem são leais e o que realmente é importante para eles, e foi muito interessante ver o amadurecimento deles refletidos em suas escolhas.

Também me surpreendeu muito ver como essa evolução não ficou restrita aos quatro, mas esteve presente em outros personagens que eu realmente não esperava. Um deles foi o Holland, que era a fonte de todo o meu ranço nos dois primeiros volumes, mas que nesse livro mostrou que tinha muito mais camadas que parecia. Eu sinceramente não imaginava que poderia sentir empatia por ele, mas V. E. Schwab mostrou que há muito mais nesse personagem e que, às vezes, a divisão entre mocinho e vilão pode ser mais complicada do que aparenta. 



Com relação à trama, apesar de ter um ritmo mais lento e ser um livro grande, senti que tudo que aconteceu teve um propósito. A história foi muito bem construída, apresentando esse novo perigo que ameaça a Londres Vermelha e tudo que estava em jogo para os personagens, mas também dando espaço para a jornada individual de cada um deles. Tudo foi bem dosado pela autora, que soube colocar as ameaças, as revelações, o mistério e até mesmo o romance nos momentos certos.

A trama se desenvolveu de forma cadenciada, aumentando gradualmente o nível de tensão, até caminhar para o desfecho. E quando chegamos ao auge da tensão, é que a V. E. Schwab adotou um ritmo alucinante e de tirar o fôlego. O final desse livro foi simplesmente épico. Teve grandes lutas, perdas, surpresas e tudo que uma boa série de fantasia pede. Além disso, a autora conseguiu amarrar todas as pontas e mostrar que nada foi colocado na história sem um motivo. E, mais do que tudo, as escolhas feitas foram coerentes com a história e com tudo que os personagens viveram.

Acho que poucas vezes eu fiquei tão ansiosa e esperei um livro por tanto tempo, mas lendo Uma conjuração de luz eu senti a cada página que estava sendo recompensada pela espera. É um desfecho arrebatador (e em alguns momentos enlouquecedor) para uma trilogia que tem me conquistado desde o início. Acompanhar a jornada desses personagens tem sido uma aventura e tanto, e não foi diferente nesse último volume. Sofri com eles, me diverti, chorei, me desesperei, vivi uma verdadeira montanha-russa de emoções e no final não poderia ter ficado mais feliz e realizada com essa leitura. 


Outros livros da trilogia:

Um tom mais escuro de magia, vol. 1: Amazon | Submarino

Um encontro de sombras, vol. 1: Amazon | Submarino

 

Outros livros da autora:

Vilão: Amazon | Submarino

Vingança: Amazon | Submarino

A melodia feroz: Amazon | Submarino

O dueto sombrio: Amazon | Submarino

A guardiã de histórias: Amazon | Submarino

A guardiã dos vazios: Amazon | Submarino


[Resenha] O impulso

 


Uma das minhas metas pessoais para 2021 é ler mais livros que me tirem da minha zona de conforto, seja por ser de um gênero que não estou acostumada ou por trazer assuntos que não costumo ver sendo abordados. Por esse motivo, no final do ano passado, quando soube do lançamento de O Impulso da autora Ashley Audrain, já fiquei imediatamente curiosa.

O Impulso é o grande lançamento da Editora Paralela para 2021 e eu fiquei muito empolgada quando soube que ele aborda questões como ambivalência materna, depressão pós-parto, idealização da maternidade versus a realidade, abandono afetivo e trauma familiar. Todas essas são questões muito sérias e que nunca vi sendo discutidas em nenhum livro que li, então, fiquei muito curiosa para saber como a autora iria abordá-las.

Eu tive a oportunidade de receber uma cópia antecipada da Editora Paralela e, por isso, pude ler um pouco antes do lançamento. Então, hoje vou contar para vocês o que achei de O Impulso, que com certeza será um dos livros mais comentados desse ano.


Autora: Ashley Audrain

Editora: Paralela

Páginas: 328

Onde comprar: Amazon / Submarino

Cópia antecipada cedida pela editora

Sinopse: “O que você faria se seus filhos não fossem quem você esperava? O impulso é o romance mais viciante do ano, uma leitura que irá questionar tudo o que assumimos sobre maternidade, sobre aquilo que devemos aos nossos filhos e sobre o que acontece quando deixamos de acreditar em mulheres cujas histórias são incômodas. Blythe Connor está decidida a ser a mãe perfeita, calorosa e acolhedora que nunca teve. Porém, no começo exaustivo da maternidade, ela descobre que sua filha Violet não se comporta como a maioria das crianças. Ou ela estaria imaginando? Seu marido Fox está certo de que é tudo fruto do cansaço e que essa é apenas uma fase difícil. Conforme seus medos são ignorados, Blythe começa a duvidar da própria sanidade. Mas quando nasce Sam, o segundo filho do casal, a experiência de Blythe é completamente diferente, e até Violet parece se dar bem com o irmãozinho. Bem no momento em que a vida parecia estar finalmente se ajustando, um grave acidente faz tudo sair dos trilhos, e Blythe é obrigada a confrontar a verdade. Neste eletrizante romance de estreia, Ashley Audrain escreve com maestria sobre o que os laços de família escondem e os dilemas invisíveis da maternidade, nos convidando a refletir: até onde precisamos ir para questionar aquilo em que acreditamos?”

 

Blythe Conor tem um passado difícil no que se refere à sua família. Por isso, ela está decidida a ser a mãe carinhosa e perfeita que nunca teve e que seu marido espera que ela seja. Mas logo após Violet nascer, ela descobre que a maternidade não é tão simples como imaginava. Aquela plenitude que ela imaginava sentir, não veio.

Em meio ao cansaço dos primeiros meses como mãe, Blythe começa a perceber que sua filha não se comporta como outras crianças. Mas não seria apenas a exaustão que estava fazendo com que ela imaginasse coisas? Fox, o marido dela, acredita que sim. Ele ignora seus medos e a convence de que essa cisma em relação à Violet é fruto apenas do cansaço.

Mas com a chegada de seu segundo filho, Blythe finalmente vive a maternidade como achou que seria. É uma experiência totalmente diferente e até mesmo Violet parece se dar bem com o irmão caçula. Blythe acredita que finalmente terá a tranquilidade familiar que sempre sonhou, só que uma tragédia faz com ela precise encarar novamente suas desconfianças enquanto lida com as inseguranças deixadas pelo seu próprio passado.



Alerta: Esse livro pode conter gatilhos para abuso psicológico, depressão pós-parto e abandono parental.

 

Como eu esperava, O impulso foi uma leitura totalmente diferente do que estou acostumada. Não só pelos temas abordados, mas pela forma como a história foi construída. De um modo geral, foi uma leitura que fugiu de tudo que já li e também do que eu esperava.

Em grande parte, isso vem da escrita muito intensa da autora. Ela optou por uma narração feita quase como um monólogo, o que traz a sensação de que a protagonista está falando diretamente com o leitor, que se sente dentro da mente dela praticamente o tempo todo. Isso contribuiu para que os conflitos e as emoções de Blythe se tornem muito mais claros para quem lê e também mais reais, de uma forma quase perturbadora.

Outro ponto que me surpreendeu muito é a forma como a autora abordou os assuntos que ela se propôs. Em especial, a forma como a maternidade foi trabalhada. Ashley Audrain desconstrói aquela versão romantizada da maternidade, de que tudo vai valer a pena e que toda mulher se sentirá completa e realizada quando o filho nascer. Ela mostra que essa pode ser uma experiência exaustiva, desgastante, cheia de inseguranças e cobranças, e que nem todas as mulheres se sentem prontas ou desejam vivê-la.

E o mais interessante é que essa questão não fica restrita à perspectiva da Blythe. Ao longo do livro, vamos acompanhando as histórias de outras mães, de como elas lidaram com a maternidade e como isso influenciou seus filhos. Em especial, temos em alguns capítulos a história da mãe e da avó da Blythe e esses foram momentos muito importantes e que trouxeram reflexões muito interessantes.

Além disso, a autora traz outros assuntos igualmente importantes e de uma forma muito real. Ela fala sobre abandono parental, psicopatia e gaslighting (uma forma de abuso psicológico em que o abusador manipula a vítima para que ela sempre duvide de suas percepções), e eu gostei muito de como esses assuntos foram inseridos na trama. Foi uma abordagem real, intensa e quase brutal, mas que permite ao leitor entender a importância dessas questões e refletir sobre elas. Mas é preciso ter em mente que o livro contém cenas muito fortes e que podem ser gatilhos para algumas pessoas.



Porém, apesar de ter gostado muito dos temas trabalhados, confesso que a leitura foi um pouco lenta para mim. A narração quase como um monólogo, apesar de ter contribuído para tornar os conflitos da Blythe mais compreensíveis, deixou a trama mais arrastada e um pouco confusa, principalmente no início. Eu demorei um pouco a me apegar à protagonista e estar tão imersa na mente dela foi cansativo para mim.

No entanto, eu acredito que meu maior problema com a leitura pode ter sido a minha própria expectativa. Eu estava esperando um thriller, daqueles eletrizantes e cheios de reviravolta. Porém, O Impulso está muito mais para um drama psicológico. Isso não é ruim, de forma alguma; mas eu estava esperando um clima de suspense e reviravoltas, e demorei um pouco para perceber que essa não era a proposta do livro.

O Impulso é um drama psicológico que leva o leitor a refletir sobre a maternidade e sobre como somos influenciados pelas nossas relações com nossos pais. É uma leitura intensa, que coloca o leitor diretamente conectado com a protagonista, acompanhando todos os seus conflitos e inseguranças. Não espere um thriller daqueles de tirar o fôlego e nem mesmo grandes revelações, pois é uma trama bem linear. Porém, você vai encontrar um drama que vai falar de uma forma muito direta e com muita habilidade sobre a natureza humana, mesmo naqueles momentos mais perturbadores.

Não se trata de uma leitura fácil, mas é um livro que veio para quebrar estereótipos e falar de assuntos que ainda não considerados tabus. Para quem quer sair da zona de conforto e encarar assuntos difíceis e dolorosos, O Impulso é uma ótima escolha.

 

O Impulso está em pré-venda com lançamento previsto para o dia 22/01. Para quem quiser garantir o seu, vou deixar os links aqui: Amazon (livro físico) | Amazon(e-book) | Submarino


[Resenha] Casa de Terra e Sangue - Cidade da Lua Crescente, vol. 1

 


O ano de 2020 trouxe vários lançamentos muito aguardados pelos leitores e um dos mais comentados foi, sem dúvida, o primeiro volume da série Cidade da Lua Crescente, Casa de Terra e Sangue. Esse livro é a primeira fantasia adulta da Sarah J Maas, famosa por suas séries de fantasia YA, Trono de Vidro e Corte de Espinhos e Rosas.

Como sou apaixonada pela escrita da Sarah, não preciso nem dizer o quanto fiquei empolgada para ler sua primeira fantasia adulta né? Além disso, a premissa desse livro é simplesmente incrível e os comentários sobre ele me deixaram muito curiosa. Ou seja, expectativas foram criadas.

Por vários motivos, eu acabei deixando Casa de Terra e Sangue para ler no final do ano e ele foi a minha última leitura de 2020. Mas, apesar de ter demorado um pouco, agora eu posso finalmente contar para vocês o que achei dessa leitura e também a minha expectativa para a continuação. E antes que perguntem, vocês podem ficar tranquilos, porque essa resenha é totalmente sem spoilers.

 

Aviso: Esse livro não é indicado para menores de 18 anos, por conter cenas explícitas de violência e sexo. Algumas cenas podem conter gatilhos.


Autora: Sarah J. Maas

Editora: Galera Record

Tradução: Adriana Fidalgo

Páginas: 896

Exemplar recebido de cortesia da editora

Onde comprar: Amazon | Submarino

Sinopse: “Bryce Quinlan tinha a vida perfeita - trabalhava duro o dia todo e festejava noite adentro -, até que um demônio assassina alguns de seus melhores amigos, deixando-a destruída e mudando sua vida para sempre. Sem entender como sobreviveu ao ataque da besta, a semifeérica tenta superar a perda, com o consolo de que o culpado por conjurar o demônio está atrás das grades. Mas quando os crimes recomeçam, dois anos depois e com as mesmas características, Bryce se vê no meio de uma investigação que pode ajudá-la a vingar a morte dos amigos. Hunt Athalar é um notório anjo caído, agora escravizado pelos arcanjos que um dia tentou derrubar. Suas habilidades brutais e força incrível foram definidas para alcançar um único objetivo: assassinar – sem perguntas – os inimigos do seu chefe. Mas com um demônio causando estragos na cidade, ele ofereceu um acordo irresistível: ajudar Bryce a encontrar o assassino, e sua liberdade estará ao seu alcance. Enquanto Bryce e Hunt se aprofundam nas entranhas da Cidade da Lua Crescente, eles descobrem um poder sombrio que ameaça tudo e todos que amam, e encontram um no outro uma paixão ardente – que teria o poder de libertar os dois, se eles apenas a aceitassem. Com personagens inesquecíveis, romance ardente e um suspense eletrizante a cada virar de página, Casa de terra e sangue é o primeiro volume de Cidade da Lua Crescente, a nova série de fantasia da autora best-seller nº 1 do New York Times, Sarah J. Maas. Com mais de 1 milhão de exemplares vendidos em todo o mundo, Sarah é um fenômeno. Vencedora de três prêmios literários em anos consecutivos, a autora possui uma legião de fãs apaixonados. Agora, estreia brilhantemente no universo da ficção new adult.”

 

Em Casa de Terra e Sangue, vamos acompanhar a história de Bryce Quinlan, uma semiféerica que parece ter uma vida perfeita. Ela trabalha duro em uma galeria durante o dia, mas as noites são cheias de diversão e festas. Ela e sua melhor amiga realmente sabem aproveitar a vida. Mas tudo muda quando um demônio mata todos os seus amigos e Bryce sobrevive sem nem saber como.

Ela passa os dois anos seguintes tentando superar a perda e encontra consolo apenas no fato de que o culpado está na cadeia. Mas, quando acontecem outros crimes com as mesmas características, Bryce sabe que fará de tudo para encontrar o verdadeiro assassino e vingar a morte dos amigos.

Para isso, ela precisará trabalhar com Hunt Athalar, um anjo caído que se tornou um escravo após liderar uma revolução contra os arcanjos. Por muitos anos, a força e habilidades de Hunt têm sido usadas contra os inimigos do seu dono: uma morte para cada morte que ele causou com a guerra. Mas, com a volta dos assassinatos, o chefe faz uma proposta a ele: se ele encontrar o assassino, terá sua pena reduzida e sua liberdade ficará muito mais próxima.

Em sua busca pelo assassino, Hunt e Bryce descobrem que estão enfrentando um mal muito maior do que imaginavam e que ameaça tudo aquilo que eles amam. Enquanto lidam com a forte atração que sentem e com os sentimentos que surgem com a convivência, os dois vão embarcar em uma jornada cheia de perigo e mistério, em que a vida deles e de toda a Cidade da Lua Crescente estará em jogo.



Desde que li a sinopse de Casa de Terra e Sangue, duas coisas me empolgaram muito: o fato de parecer ser uma fantasia bem diferente dos demais livros da Sarah J. Maas e ser um enredo repleto de mistério. E, de certa forma, não errei em nenhuma das suposições. Esse livro realmente é bem diferente de todos os livros que li da autora, com um universo bem mais complexo e uma trama bem mais pesada e brutal.

Além disso, a trama é toda permeada por muito mistério. Ela gira em torno da busca pelo assassino e vamos acompanhando Bryce e Hunt buscando pistas e tentando descobrir o que realmente aconteceu. Confesso que isso foi o que mais gostei no livro e me surpreendi muito com a forma como a Sarah conseguiu manter esse clima de suspense durante toda a leitura e trazer um desfecho que me pegou totalmente de surpresa.

Por outro lado, esse é um livro de fantasia e, nesse aspecto, fiquei um pouco decepcionada. Como eu disse, o universo que a Sarah J. Maas criou para essa série é bem mais complexo do os outros que ela escreveu. Porém, achei que ela não soube desenvolvê-lo ou, pelo menos, não conseguiu explicá-lo. É um mundo que reúne todo tipo de criaturas mágicas (féericos, anjos, demônios, vampiros, lobos, bruxos, etc) e há uma hierarquia complexa entre eles e que em nenhum momento ficou clara para mim. Além disso, a Cidade da Lua Crescente é só uma dentro de um território maior e ainda existem outros lugares e até mesmo planetas. Nada disso é muito explicado no livro, apesar de ele ter quase 900 páginas.

Claro que seria esperar muito que a autora explicasse todo o universo que criou logo no primeiro volume e eu entendo que Casa de Terra e Sangue é só uma introdução. Mas era de se esperar que pelo menos a estrutura básica desse mundo ficasse clara nesse livro, até para despertar meu interesse por descobrir mais sobre ele. Infelizmente, isso não aconteceu e meu envolvimento com a leitura acabou sendo prejudicado. 



Outro ponto que me incomodou muito foi o desenvolvimento dos personagens. Apesar de ser o primeiro livro de fantasia adulta da autora, para mim, aqui ela trouxe a sua protagonista mais imatura. Não consegui gostar da Bryce em momento algum e na maior parte das vezes me incomodei com suas atitudes infantis e imprudentes. Sei que a autora tentou passar a imagem de que ela é uma personagem que se esconde através de uma máscara, mas acho que acabou passando um pouco do ponto e eu simplesmente não consegui me apegar a ela.

Os demais personagens me lembraram muito de outros presentes nos demais livros da autora e isso me incomodou um pouco. Gostei de Hunt e do feérico Ruhn mais do que gostei da Bryce, mas não cheguei a me apegar a nenhum deles. Para não dizer que não gostei de ninguém, eu amei muito a alguns personagens que roubaram a cena e sofri muito por eles, mas não vou dizer quais para não ser spoiler.

Por causa dessas ressalvas, boa parte da leitura acabou sendo muito arrastada para mim. Eu não entendi o universo e não me conectei com os personagens, por isso não conseguia me envolver com a história. Como eu disse, o mistério é muito bom e realmente me deixava curiosa para saber o que aconteceria. Porém, havia tanta enrolação no meio que nem isso foi o suficiente para tornar a leitura mais fluida.

Com relação ao desfecho, eu realmente me surpreendi com as revelações feitas e gostei muito da solução que a Sarah J. Maas trouxe para o mistério. Se um dia ela quiser escrever um thriller policial, eu certamente vou querer ler. Além disso, é o momento do livro com mais ação e algumas cenas bem emocionantes. Porém, achei que a autora amarrou demais as pontas e o gancho deixado para a continuação não é forte o suficiente para me deixar curiosa pelo segundo livro. Lerei? Provavelmente. Acho necessário? Nem um pouco.

De um modo geral, Casa de Terra e Sangue foi mesmo um livro bem diferente dos outros da Sarah J. Maas e me surpreendeu com um mistério muito mais interessante do que eu esperava. Porém, ele me decepcionou justamente no ponto em que as outras séries dela sempre me cativaram: o universo fantástico e os personagens. Infelizmente, esses pontos acabaram pesando um pouco mais para mim. Porém, quero deixar claro que essa é só a minha opinião e vi que muitas pessoas amaram essa leitura. Então, recomendo que vocês leiam e tirem suas próprias conclusões.

E vocês, já leram ou querem Casa de Terra e Sague? E as outras séries da Sarah J. Maas? Me contem aí nos comentários o que vocês acham.

 

Conheça também as outras séries da autora:

Trono de Vidro: A lâmina da assassina | Trono de Vidro | Coroa da meia-noite | Herdeirado Fogo | Rainha das Sombras | Império de Tempestades | Torre do Alvorecer | Reino de Cinzas | Box com a série


[Resenha] Corrente de Ouro

 


As leituras de 2021 já começaram, mas antes de começar a falar sobre elas, eu preciso colocar em dia algumas resenhas que ainda não postei por aqui. E, para começar bem, nada melhor do que uma das melhores leituras que fiz em 2020 né? Por isso, meu escolhido para ser a primeira resenha desse ano foi Corrente de Ouro, da Cassandra Clare.

Para quem não conhece, Corrente de Ouro é o primeiro volume da trilogia As Últimas Horas, uma nova história dentro do universo dos Caçadores de Sombras. Nunca escondi aqui que sou apaixonada pelos livros da Cassandra Clare e esse mundo que ela criou, então, não preciso nem dizer que era o lançamento que eu estava mais ansiosa para ler ano passado e minhas expectativas estavam altíssimas.

Mas, antes de falar o que achei, fica o aviso de que não é necessário ter lido as outras séries da autora para entender Corrente de Ouro. Porém, eu recomendo ler As Peças Infernais antes, pois alguns protagonistas de Corrente de Ouro são descendentes de personagens daquela trilogia. 


Autora: Cassandra Clare

Editora: Galera Record

Tradução: Mariana Kohnert

Páginas: 598

Onde comprar: Amazon / Submarino

Exemplar recebido de cortesia da editora

Sinopse: “Seja bem-vindo ao período eduardiano londrino! Um tempo de luzes elétricas e sombras extensas, a celebração da beleza artística e a selvagem busca pelo prazer, com demônios à espreita no escuro. Por anos a paz reinou no mundo dos Caçadores de Sombras. James e Lucie Herondale, filhos dos famosos Will e Tessa, cresceram e desenvolveram-se em um ambiente harmônico com sua família e amigos, ouvindo histórias sobre o bem derrotando o mal e o amor como o grande vencedor... Mas tudo muda quando as famílias Blackthorn e Carstairs vêm para Londres, assim como uma espécie de praga nunca vista antes, implacável e inevitável. Cordelia Carstairs é uma Caçadora de Sombras, uma guerreira treinada desde a infância para enfrentar demônios. Quando seu pai foi acusado de um terrível crime, ela e seu irmão viajam a Londres na esperança de evitar a ruína de sua família. Sua mãe, Sona Carstairs, quer que a filha se case... mas Cordelia está mais determinada a ser uma heroína do que uma esposa. Logo, Cordelia encontra James e Lucie Herondale, seus amigos de infância, e é levada a seu universo de bailes reluzentes, tarefas secretas e salões sobrenaturais, onde vampiros e bruxos se misturam a sereias e feiticeiros. Enquanto isso, ela precisa esconder sua paixão secreta por James, que jurou se casar com outra pessoa. Quando o desastre atinge, depois de tanto tempo, os Caçadores de Sombras, James, Cordelia e seus amigos mergulham em uma aventura descontrolada que os revelará sombrios e incríveis poderes, o verdadeiro e cruel preço de ser um herói... e de se apaixonar. Ao mesclar enredos complexos, um cenário histórico e personagens cativantes, Corrente de ouro se torna uma verdadeira jornada onde os fãs dos Caçadores de Sombras aprenderão o valor do amor, do ódio, da paixão e da amizade, excedendo todas as expectativas.

 

Ambientado em Londres no período eduardiano, Corrente de Ouro traz o universo dos Caçadores de Sombras em um momento de paz. Nenhum demônio é visto em Londres há muitos anos e as grandes batalhas do bem contra o mal pareciam distantes. Mas tudo muda quando uma ameaça nunca vista surge como uma praga, levando destruição por onde passa.

Cordelia Cairstairs chegou em Londres com sua família determinada a conseguir apoio para seu pai, preso e acusado de um crime terrível. Sua mãe quer que ela se case, mas Cordelia quer se tornar a heroína de sua própria história. E não faltará apoio para isso. Lucie e James Herondale, seus amigos de infância, estão mais do que dispostos a ajudar, assim como seus amigos que não demoram a acolhê-la no grupo.

Enquanto se vê envolvida com bailes e missões secretas, Cordelia precisa lidar com seus sentimentos por James, que está secretamente comprometido com outra. Mas quando demônios voltam a aparecer em Londres e os caçadores de sombras se veem diante de um mal que não sabem como derrotar, Cordelia e seus amigos entrarão em uma perigosa jornada que trará sombrias revelações e poderá abalar tudo que conhecem.



Corrente de Ouro já começa a trilogia As Últimas Horas em grande estilo. Com uma ambientação fascinante, mostrando a beleza e a elegância do período eduardiano em Londres, esse livro já me prendeu logo nas primeiras páginas. Como de costume, Cassandra Clare consegue equilibrar a necessidade de explicar o universo para quem ainda não está familiarizado com seus livros com uma trama que já começa com bastante ação.

Se passando 25 anos após os eventos de As Peças Infernais, este livro não demora a mostrar que os anos de paz vividos pelos caçadores de sombras estão ameaçados. Logo nas primeiras páginas já vemos o primeiro ataque de demônios em anos na cidade e não demora para outros acontecerem, criando um clima de tensão e mistério que deixou a leitura envolvente desde o início.

Além disso, os personagens me conquistaram rapidamente e contribuíram muito para o meu envolvimento com a leitura. Para mim, Corrente de Ouro tem o melhor grupo de protagonistas de todos os livros que li dentro do universo dos caçadores de sombras (e olha que eu amo os personagens de Os Artifícios das Trevas). A Cordélia, sem dúvida, já é a minha protagonista favorita. Forte e determinada, ela é uma excelente guerreira e não se contenta com a ideia de se casar e esperar que o marido resolva seus problemas. Ela ainda me surpreendeu muito pela maturidade que demonstrou e pela lealdade àqueles que ama.

Já o James eu alternei entre o amor e a vontade de esganar. Ele é muito impulsivo e propenso a confiar nas pessoas erradas, o que é bastante irritante em alguns momentos. Por outro lado, foi impossível não me encantar com o seu senso de humor, sua lealdade às pessoas que ama e sua sensibilidade. Vi muitas pessoas falando que ele se parece com o pai (Will Herondale), mas eu achei o James muito mais carismático e até um pouco parecido com o Jem.

Além deles, há outros personagens que compõem o grupo principal e são maravilhosos: a irmã de James, Lucie, Mathew Fairchild, Thomas Lightwood, Anne Lightwood e Christopher Lightwood. Além de serem todos muito carismáticos, cada um deles tem o próprio arco que foi bem construído pela autora e me deixou ansiosa para saber como será o desenvolvimento deles.  





Com relação à trama, acho que Corrente de Ouro talvez seja um dos livros mais sólidos da Cassandra Clare. Ela conseguiu um ótimo equilíbrio entre ação, mistério e romance, fazendo com que tudo acontecesse de forma natural na história e sem se desviar do foco central que é a nova ameaça aos caçadores de sombras. Os perigos enfrentados pelos personagens são muito palpáveis e ajudam a construir um clima de tensão constante. Além disso, a Cassandra Clare foi habilidosa em apresentar os personagens e o universo de uma maneira clara e sem ser cansativa, desenvolver uma trama dinâmica e cheia de segredos, com as revelações acontecendo no momento certo, e ainda deixar um gancho excelente para a continuação.

E é claro que não posso deixar de mencionar a participação de personagens já conhecidos dos leitores, especialmente os de As Peças Infernais. Eles não tiram o foco dos protagonistas, mas contribuem muito com o desenvolvimento da história. Além disso, trazem aquela sensação de quentinho no coração para os leitores que já eram apegados a eles, o que dá um brilho há mais para a leitura.

Eu poderia passar horas falando sobre Corrente de Ouro e ainda não sei se conseguiria dizer todos os motivos que me fizeram amar essa leitura. Nesse livro, Cassandra Clare exibiu toda a maturidade que foi conquistando desde que publicou seu primeiro livro, Cidade dos Ossos. A trilogia As Últimas Horas não poderia ter começado de forma mais consistente. Corrente de Ouro tem uma trama bem desenvolvida, envolvente e instigante, personagens carismáticos e bem construídos, e um final que deixa o leitor desesperado pela continuação. Eu não poderia ter ficado mais feliz com esse início e tenho certeza que a Cassandra Clare está preparando muitas surpresas e reviravoltas pela frente.

E vocês, já leram Corrente de Ouro ou algum outro livro da Cassandra Clare? Me contem aí nos comentários o que acharam e se também estão sofrendo com a ansiedade por Chain of Iron.


Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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