[Dica da Malu] De repente - Série Royal #1

Autora: Nichole Chase
Editora: Pandorga
Páginas: 452

“Samantha Russeau é uma garota que está acostumada a sujar as mãos. Ela faz mestrado em biologia da vida selvagem enquanto ajuda a cuidar do pai doente. Logo, não tem tempo para fofocas de celebridades, roupas da moda ou férias em algum paraíso do Caribe. Quando a duquesa do pequeno país da Lilaria a convida para jantar, Samantha pensa que é para discutir uma doação para a pesquisa universitária. Mas a verdade mudará o curso de sua vida de uma maneira que ela nunca pensou.”

Esta é a sinopse do livro De repente, primeiro volume da série Royal, de Nichole Chase. Como é possível perceber pelo trecho acima, a história acompanhará a jovem Samantha, uma estudante de pós-graduação que tem sua vida alterada após um jantar com uma duquesa de um país distante. O que ela descobre é que era a única descendente de uma família de Lilaria, o que significava que ela também era uma duquesa e, ainda por cima, dona de um dos estados do país.
Toda a história parece um conto de fadas, não é? Descobrir ser milionária e dona de um título de nobreza na Europa parece ser a possibilidade de viver um sonho. No entanto, para Samantha, não era nada disso. O que ela realmente queria era seguir com sua pesquisa de pós-graduação, de preferência bem longe dos holofotes. Por outro lado, era sua chance de conseguir um tratamento mais avançado para o seu pai, além de conhecer mais sobre o passado de sua família. Ela decide, então, aceitar o seu título e tudo que vinha no pacote, tanto as coisas positivas quanto as negativas.
Mas claro que não podia faltar um bom romance. É aí que entra Alex, o príncipe de Lilaria. Bonito, charmoso e engraçado, ele parece ser tudo o que uma garota pode desejar. No entanto, Alex também vem com um pacote. Constantemente vigiado pela imprensa e por revistas de fofoca, com seu último romance transformado em um grande escândalo, Alex traz com ele grandes responsabilidades para qualquer garota com quem se envolver. Afinal, a mulher que ele escolher para ser sua esposa será a futura rainha. E é justamente por isso que Samantha quer evitar qualquer possibilidade de se envolver com ele.
Confesso que, a princípio. pensei que não gostaria muito desse livro, por ter medo de que fosse apenas uma repetição de O Diário da Princesa, da Meg Cabot. Mas, para minha surpresa, não me lembrei nenhuma vez da história da princesa Mia enquanto lia De Repente. Apesar de ser um assunto que já foi explorado em vários livros e filmes, Nichole Chase conseguiu conferir personalidade aos seus personagens e a história, impedindo que o leitor tenha aquela sensação de “já li isso antes”.
Gostei muito da escrita da autora e o modo como ela desenvolve a trama. Apesar da narração em primeira pessoa, ela consegue apresentar bem os demais personagens, sem ficar restrita à perspectiva da protagonista. Por meio dos diálogos e das conversas por mensagens de texto, o leitor vai conhecendo os personagens, suas opiniões e personalidade. Destaque também para os títulos de cada capítulo que são escritos como manchetes de jornais, dando uma pista do que irá acontecer a seguir.
Outro ponto que gostei muito deste livro é o modo como ele desconstrói um pouco do glamour em torno da ideia de nobreza e de pertencer a uma família real. A mudança louca na vida da Samantha, e as experiências anteriores de Alex, mostram como deve ser desgastante estar constantemente exposto, sendo alvo da mídia e da curiosidade das pessoas e com a liberdade e a privacidade desrespeitadas.

Apesar da minha reserva inicial, acabei gostando muito do livro e fiquei curiosa para ler as duas continuações dessa série. É uma história simples, sem grandes surpresas, mas bem escrita, com personagens carismáticos e que dosa bem romance, humor e emoção. Trata-se de um romance leve e divertido, ideal para quem quer uma leitura gostosa para se distrair. 

[Das páginas para o cinema] Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

Título Original: Harry Potter and the Priozioner of Azkaban
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Michael Gambom, Maggie Smith, Alan Rickman, Gary Oldman, David Thewlis, Emma Thompson,
Direção: Alfonso Cuarón
Ano: 2004 / Nacionalidade: Reino Unido, EUA

Como sempre acontece, na semana em que tem Especial Harry Potter a coluna Das páginas para o cinema é sobre um dos filmes da série. Assim, como não poderia deixar de ser, o filme desse final de semana é Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Como havia dito na resenha do livro (aqui), o Prisioneiro de Azkaban é o meu livro preferido da série e, por causa disso, tenho um carinho muito grande por sua adaptação para o cinema.
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban foi o primeiro filme da série que não foi dirigido por Chris Columbus (diretor de A Pedra Filosofal e a Câmara Secreta). Apesar de achar que os dois primeiros filmes foram bastante fiéis aos livros, acredito que a mudança de direção foi muito benéfica. Alfonso Cuarón trouxe um ar mais sombrio, mas soube preservar o fascínio e a magia da história criada por J. K. Rowling. Além disso, o diretor conseguiu, através de algumas sutilezas ao longo do filme, conferir maior naturalidade ao universo apresentado, deixando-o mais crível, sem perder o encantamento.
Com relação ao elenco, esse filme também apresenta uma evolução em relação aos seus antecessores. Pela primeira vez, vemos Daniel, Rupert e Emma completamente confortáveis e naturais em seus papéis. De fato, se houve um momento em que se tornou impossível imaginar outros atores para viver o trio principal da franquia, foi a partir de Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban.
Esse filme foi importante, também, por uma significativa mudança no elenco. Com o falecimento do inesquecível Richard Harris, Michael Gambom assumiu o papel do diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore. Apesar de achar que Richard Harris havia sido ideal para o papel, correspondendo exatamente ao que era descrito nos livros, Michael Gambom cumpriu a difícil missão de substituí-lo impecavelmente. Além disso, o ator trouxe novas características para Dumbledore, tornando-o um pouco mais sério, mas também mais ágil e enérgico.
"A felicidade pode ser encontrada nos momentos mais sombrios, se alguém  simplesmente lembrar de acender a luz".
Também entraram para a franquia Emma Thompson, David Thewlis, Gary Oldman e Timothy Spall. Emma Thompson está absolutamente impecável como a excêntrica professora Trelawney, e o mesmo vale para Gary Oldman como Sírius Black. Timothy Spall não tem muito tempo em cena, mas consegue apresentar bem seu personagem nas cenas em que aparece. Já David Thewlis foi a escolha perfeita para viver o professor Lupin, trazendo o carisma, a sabedoria, a calma e a gentileza do personagem. Acho uma pena que ele tenha sido pouco explorado, não só nesse filme, mas em toda a franquia, pois é um dos personagens mais interessantes da série.
Outro aspecto que gosto muito nesse filme é o modo como o diretor conseguiu equilibrar os momentos leves e de diversão, com o ar mais sombrio da trama e com as cenas de maior emoção. Assim, o Prisioneiro de Azkaban é um avanço em relação aos dois filmes anteriores no sentido de que, apesar daqueles serem eficientes em trazer a magia do universo de Rowling, não conseguiram conferir a emoção e a profundidade adequada nos momentos que a história exigia.

Assim, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é um dos melhores filmes da série: mantém a essência do livro que o originou, conta com boas atuações, e é beneficiado por um roteiro muito interessante, que dosa muito bem diversão, mistério e emoção, e que proporcionou algumas das frases e momentos mais marcantes de toda a franquia. Para completar, uma linda trilha sonora e efeitos visuais competentes contribuem para construção da magia do universo apresentado. Vale a pena conferir até mesmo os créditos finais do filme, que estão entre os mais bonitos e criativos que já assisti. Para quem procura uma opção de filme para assistir no final de semana, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é uma ótima opção, assim como todos os demais filmes da série.

5 livros para ler no feriado

Poucas coisas combinam tanto com feriado e friozinho quanto um bom livro para ler. Pensando naqueles que pretendem ficar em casa, preparei uma lista com cinco livros para ler no feriado. Então, prepara o café/chá e vem aproveitar as dicas de leitura para curtir esses dias de descanso e tempo frio.


Cidades de Papel, de John Green
           
Esse é meu livro preferido do John Green. Uma história leve, divertida e que me prendeu do começo ao fim. O livro acompanha o adolescente Quentin que nutria um amor platônico por sua vizinha, Margo. Quando ela aparece de surpresa em sua casa e o convida para uma aventura, ele não pôde recusar. No entanto, para surpresa de Quentin, ela desaparece no dia seguinte. Determinado a encontra-la, o garoto inicia uma investigação com seus amigos em busca de pistas que possam ajudá-lo a descobrir para onde Margo foi.
           Assim, Cidades de Papel é uma história simples, leve, divertida, mas que traz reflexões interessantes. Uma leitura ideal para aproveitar o feriado.

A menina que roubava livros, de Markus Zusak
           
A menina que roubava livros traz uma história ambientada na Alemanha nazista, acompanhando a menina Liesel, que escapa da morte três vezes. Na primeira, ela estava sendo levada junto com o irmão para viver com uma família adotiva. No entanto, seu irmãozinho morre durante a viagem e ela é levada sozinha para a nova família. A trama passa, então, a acompanhar Liesel em sua nova vida, mostrando como surgiu o amor dela pelos livros e como foram as outras duas vezes em que escapou da morte. Além disso, enquanto a história da menina é narrada, são abordados temas importantes como a família, a essência humana, a guerra, a amizade, entre outros.
O livro traz uma história belíssima, ambientada em um dos períodos mais importantes e tristes da história da humanidade, que é tratado pelo autor com extrema delicadeza e sensibilidade. Então, para quem quer um livro profundo, evolvente e emocionante, A menina que roubava livros é uma super dica para o feriado.

A Abadia de Northanger, de Jane Austen

        Sou declaradamente apaixonada pela obra de Jane Austen, por isso sempre acho os livros dela uma ótima opção. No entanto, hoje escolhi indicar A Abadia de Northanger, por considera-lo um dos livros mais divertidos e diferentes da autora. Nele, Jane Austen faz uma paródia repleta de ironias aos romances góticos. Assim, ela traz como protagonista Catherine Morland, uma jovem sem muitas habilidades marcantes, longe de corresponder ao padrão feminino da época, mas que é cheia de imaginação e adora romances sombrios. Quando é convidada a passar um tempo com uma rica família em sua propriedade, a Abadia de Northenger, Catherine se deixa influenciar pelos livros que gostava tanto de ler e começa a imaginar que aquele lugar envolve um grande mistério, criando suspeitas sobre o dono da mansão.
            Este livro se trata de um romance divertido, cheio de ironias e críticas aos costumes da época. Sem dúvida uma história leve, cuja leitura flui muito rapidamente e promete envolver e divertir o leitor. 

O Símbolo Perdido, de Dan Brown

         Para quem gosta de um bom livro de suspense, cheio de aventuras e com um final surpreendente, os livros do Dan Brown são sempre uma ótima alternativa. Para essa lista, escolhi O Símbolo Perdido, que é o meu preferido do autor.
            Mais uma vez acompanhando o simbologista Robert Langdon, o livro começa quando ele é convidado por seu amigo Peter Solomon para dar uma palestra em Washington. Ao chegar no local, ele descobre que não havia palestra alguma, Peter estava desaparecido e aquilo não passava de um plano para atraí-lo até lá e forçá-lo a decifrar o segredo da Pirâmide Maçônica e encontrar um antigo portal místico. Robert contará então com o auxílio de Katherine Solomon, irmã de Peter e renomada cientista que pesquisa o poder da mente humana no mundo físico, para decifrar o segredo da Pirâmide e encontrar o Símbolo Perdido.
       Uma história envolvente, com um ritmo intenso e um desfecho completamente inesperado. O Símbolo Perdido é um daqueles livros que deixam o leitor tenso do começo ao fim, se mostrando uma boa opção para curtir no feriado.

Marley e eu, de John Grogan.

           Marley e eu é a história real do jornalista e escritor John Grogan e como seu bagunceiro cachorro Marley mudou a vida dele e de sua esposa Jenny. O livro traz relatos sobre a história do casal, a dificuldade em adestrar Marley (tarefa que se mostrou praticamente impossível), e como o cachorro participou dos momentos mais importantes da vida da família.
            É um livro que faz o leitor rir e chorar em diversos momentos, conquistando pela simplicidade e naturalidade da história, que traz relatos da vida cotidiana daquelas pessoas, e pela beleza do amor incondicional existente entre cão e dono. Assim, recomendo muito sua leitura, pois o que pode combinar mais com o feriado do que uma história leve, divertida e emocionante, não é mesmo?

            Essas foram as minhas dicas para curtir esses dias de descanso e friozinho. Já leu algum desses livros? Tem mais alguma sugestão? Aproveita o espaço aí nos comentários e me conta o que achou.

Especial Harry Potter - Parte 3: O Prisioneiro de Azkaban

Autora: J. K. Rowling
Editora: Rocco
Páginas: 348

Finalmente, consegui retomar o Especial Harry Potter e hoje vou falar sobre o meu livro preferido da série, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Acho que nesse terceiro volume J. K. Rowling conseguiu manter o clima leve de magia e de inocência infantil dos dois anteriores, mas com uma escrita mais madura.
A trama aqui acompanha Harry quando este está prestes a começar o seu terceiro ano em Hogwarts. Após passar mais um péssimo verão com os Dursley, Harry acaba tendo que fugir de casa depois de acidentalmente fazer tia Guida, a insuportável irmã de tio Walter, inchar e sair voando como um balão. Quando é resgatado pelo Nôitibus Andante, o ônibus dos bruxos, Harry descobre que o famoso prisioneiro Sírius Black, um bruxo leal a Lord Voldemort, conseguiu fugir de Azkaban, deixando a comunidade mágica em alerta máximo. O que o menino não sabia é que ele pode ser o alvo desse procurado assassino. Assim, Harry retorna para mais um ano de estudo e magias em Hogwarts, mas em um clima de tensão causado tanto pelo desaparecimento de Black quanto pela presença dos terríveis guardas de Azkaban na escola.
Um dos melhores aspectos desse livro é a história bem escrita e envolvente, que tem um tom mais sombrio mas não perde a inocência e a leveza de seus antecessores. Aliás, acredito que foi em o Prisioneiro de Azkaban que J. K. Rowling conseguiu dosar melhor o clima de mistério e tensão com os momentos engraçados da história. A autora demonstra aqui um timing perfeito para o senso de humor, deixando que as piadas ocorram de maneira natural e na hora certa da história.
No entanto, o que mais gosto neste livro são os personagens, incluindo os que não estavam nos primeiros livros. Aqui, além de descobrirmos mais sobre o passado de alguns que já haviam aparecido nos dois primeiros volumes, somos apresentados a alguns novos que estão entre os personagens mais interessantes de toda a série. Como não poderia falar aqui de todos, separei dois destaques: Remo Lupin e Severo Snape. 
O famoso professor de Poções mantém em o Prisioneiro de Azkaban o sarcasmo e a frieza que o caracterizaram desde o primeiro livro, além de seu evidente desprezo por Harry, claro. No entanto, descobrimos um pouco mais sobre o passado de Snape e os motivos que o levaram a detestar Tiago Potter e, por consequência o filho deste (apesar de que toda a história só é revelada no último livro da série). Por outro lado, Remo Lupin já conquista o leitor desde sua primeira participação na história. Um professor atencioso, sábio e generoso, que trata seus alunos com justiça e vê potencial mesmo naqueles que não acreditam em si mesmos. Sou muito suspeita para falar, porque Lupin é meu personagem preferido em toda a série, mas acho impossível não admirar sua integridade e o modo como ele enfrenta o preconceito sem perder seu jeito gentil de tratar as pessoas. Além disso, ele demonstra uma incrível capacidade de enxergar o próximo a fundo, entendendo seus medos, fraquezas e tristezas, sem julgar. Tem como não amar?
Outro aspecto que gosto muito nesse livro é que, como comentei no começo, achei a escrita de J. K. Rowling mais madura nesse livro. Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, especialmente, achei alguns momentos importantes da trama foram resolvidos de maneira um pouco abrupta. No entanto, em Prisioneiro de Azkaban a autora soube desenvolver a história brilhantemente, construindo bem toda a trama, sem se apressar em momento nenhum. Todos os acontecimentos do livro são bem construídos e acontecem de maneira natural e convincente.
Não posso deixar de mencionar aqui também a belíssima metáfora que J. K. Rowling faz ao retratar os dementadores, os guardas de Azkaban. Os efeitos produzidos por essas criaturas fazem referência aos sintomas de depressão, mas o tema foi abordado pela autora de uma maneira sensível e delicada, que traz as lembranças felizes como o maior combustível para combater a tristeza e a falta de esperança.
Outros temas importantes tratados com extrema sensibilidade são a perda de pessoas queridas e o perdão. Na história é falado sobre a importância de perdoar, mesmo aqueles que mais nos fizeram mal. Além disso, aqui a ausência que os pais do Harry fazem na vida dele fica ainda mais evidente, mas também fica a lição de que nunca perdemos aqueles que amamos.
“Você acha que os mortos que amamos realmente nos deixam? Você acha que não nos lembramos deles ainda mais claramente em momentos de grandes dificuldades? O seu pai vive em você, Harry, e se revela mais claramente quando você precisa dele.”


Por todos os motivos citados acima, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban sempre foi o meu preferido da série. Essa releitura foi maravilhosa não só por reforçar essa preferência, mas por me despertar o mesmo encantamento e emoção que senti ao ler pela primeira vez. 

[Notícia] Divulgado primeiro trailer de "A Bela e a Fera"

Foto: Divulgação

A Disney divulgou nesta segunda (23) o primeiro trailer da versão live action de A Bela e a Fera, que será protagonizada pela atriz britânica Emma Watson (a Hermione da série Harry Potter). Apesar do trailer não revelar muito, podemos conhecer um pouco do castelo da Fera e ver a primeira aparição de Emma como a Bela.
O escolhido para viver a Fera foi Dan Stevens. Além dele e de Emma Watson, o longa contará ainda com outros nomes de peso como Luke Evans, no papel de Gaston, Kevin Kline, Emma Thompson, Ian McKellen e Ewan McGregor.
O filme, que tem direção de Bill Condon, tem estreia prevista para março de 2017. Confira o trailer:



[Das páginas para o cinema] Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos

Essa semana falei sobre alguns livros da Cassandra Clare, a série Os InstrumentosMortais e Lady Midnight, o mais recente lançamento da autora. Então, resolvi fazer o Das páginas para o cinema de hoje sobre um filme que é a adaptação de um livro dela: Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos.
O longa acompanha Clary Fray, uma jovem adolescente que presencia um assassinato em uma boate, mas fica sem ter o que fazer diante do fato de que o corpo da vítima sumiu e, aparentemente, só ela consegue ver os assassinos. Para piorar, Clary vem desenhando símbolos que ela não sabe o que significam e sequer se lembra de tê-los desenhado. Quando a mãe dela desaparece, Clary descobre que há muito sobre o seu passado e sobre o mundo que ela não sabia. A partir daí, ela parte em busca da sua mãe e de respostas sobre seu passado, contando com a ajuda de seu melhor amigo, Simon, e do caçador de sombras Jace Wayland.
A trama do filme é interessante e envolve o espectador nos mistérios sobre o passado de Clary e na busca pela mãe da garota. Além disso, o longa é beneficiado pelo constante clima de tensão e a eficiência ao apresentar os elementos fantásticos do universo criado por Cassandra Clare.
Com relação ao elenco, achei algumas escolhas acertadas, outras nem tanto. Apesar de muito criticada, achei que Lily Collins se saiu bem no papel de Clary. Ela conseguiu passar a personalidade forte e a impulsividade da personagem, que está sempre disposta a tomar a iniciativa e agir, sem ficar esperando alguém ir resgatá-la. Não considero Jamie Campbell Bowie a melhor escolha para o papel de Jace, mas, ainda assim, ele se saiu bem, conseguindo transmitir a postura arrogante e irônica de Jace.
No entanto, para mim, os destaques positivos do filme são Robert Sheehan e Godfrey Gao. Robert está absolutamente perfeito no papel de Simon, sendo o alívio cômico do filme em vários momentos. Já Godfrey está impecável como o enigmático feiticeiro Magnus Bane.
Por outro lado, Jonathan Rhys-Meyers não se encaixou no papel de Valentim. O personagem aparece como um vilão raso e caricato, simplesmente não convencendo em suas motivações. Acredito que, neste caso, o ator foi prejudicado pelo roteiro, que modificou muito o personagem e a história.
Confesso que a primeira vez que assisti esse filme ainda não tinha lido o livro e acabei gostando bastante. No entanto, quando vi o longa pela segunda vez, logo após ler Cidade dos Ossos, percebi alguns problemas. As mudanças na história sacrificaram partes importantes do universo criado por Cassandra Clare e deixaram o longa muito superficial em relação ao livro que o originou.
No entanto, apesar dos problemas, esse é um filme divertido e com uma história envolvente, beneficiado ainda por uma protagonista corajosa e independente, e por personagens carismáticos (a maioria, pelo menos). Assim, é ideal para quem quer se distrair e se divertir com uma trama de fantasia, cheia de ação, mistérios e humor. 

[Dica da Malu] Lady Midnight

Autora: Cassandra Clare
Editora: Margaret K. McElderry
Páginas: 720

Aproveitando que essa semana fiz uma resenha falando sobre a série Os Instrumentos Mortais (leia aqui), hoje resolvi comentar sobre o novo livro de Cassandra Clare, que foi uma das minhas leituras do mês passado. Lady Midnight (em português: Dama da Meia-noite) é o primeiro volume da série Os Artifícios das Trevas, que também se passa no mundo dos caçadores de sombras.
A trama se passa cinco anos após os acontecimentos de Cidade do Fogo Celestial, mas é centrada em personagens diferentes. Aqui acompanhamos a jovem Emma Carstairs e a família Blakthor, em especial, Julian, melhor amigo e parabatai dela. Os pais de Emma tinham sido assassinados cinco anos antes e o objetivo da garota, desde então, era encontrar os assassinos e conseguir vingança.
Quando fica sabendo de uma série de assassinatos que tem vitimado tanto humanos quanto fadas, Emma acredita que esses eventos podem ter a ver com a morte de seus pais. No entanto, por haverem fadas entre as vítimas, Emma recebe uma ajuda inesperada: um acordo com o Povo da Fadas. Eles prometem devolver Mark Blaktorn (irmão mais velho de Julian) definitivamente para seu lar, desde que Emma e Julian descubram quem está por trás daquelas mortes. Eles têm, então, duas semanas para encontrar o assassino e garantir que Julian tenha seu irmão de volta e Emma consiga sua vingança.
Se ainda não ficou claro pela sinopse acima, a história desse livro é totalmente envolvente. Para começar, tem todo o mistério em torno de quem é o responsável pelo assassinato e a tensão da investigação. Além disso, os personagens são tão bem construídos que é impossível não se apegar a eles e se preocupar com o destino de cada um.
Vários personagens desse livro já haviam aparecido em Os Instrumentos Mortais, porém, foi no papel de coadjuvantes. Além disso, em Lady Midnight eles estão mais velhos e mais maduros, tendo passado por muita coisa ao longo dos cinco anos que separam as duas histórias.
Emma rapidamente se tornou uma das minhas personagens preferidas nesse universo dos caçadores de sombras. São impressionantes a força e a determinação da garota. Apesar de ser bastante teimosa, os motivos dela são compreensíveis. Emma perdeu os pais quando tinha somente 12 anos e a morte deles nunca teve a devida investigação. Além disso, por ter encontrado na família Blackthorn seu porto seguro, é natural sua preocupação com todos eles e sua revolta com algumas injustiças que sofreram.
Com relação ao Julian, foi, sem dúvida o personagem que mais me sensibilizou. Assim como Emma, ele se viu órfão aos 12 anos. No entanto, o menino ainda teve os dois irmãos mais velhos arrancados de sua convivência e teve que assumir praticamente sozinho a responsabilidade pelos quatro mais novos, incluindo um bebê de dois anos. Julian era ainda uma criança quando se viu envolvido por responsabilidades de adulto que fizeram com que ele crescesse sobrecarregado e sem poder ter uma vida normal.
Os personagens secundários também são incrivelmente cativantes. Os irmãos mais novos de Julian, Livvy, Ty, Dru e o pequeno Tavvy, são encantadores, cada um a seu modo. Ty é um menino extremamente inteligente e sensível, que não consegue se adequar completamente aos padrões dos caçadores de sombra e, por isso, tem dificuldade de interagir com outras pessoas. Livvy é a gêmea de Ty e, se tem algo que admirei nessa personagem, é a relação dos dois e o modo como ela o defende contra tudo. Dru é uma menina sonhadora, mas de personalidade forte e muito corajosa. Já o Tavvy é simplesmente encantador, com uma inocência natural da infância, mas que surpreende em vários momentos por sua esperteza.
Destaco ainda Cristina e Mark. Cristina é uma caçadora de sombras que saiu do México para fazer parte de seu treinamento no Instituto de Los Angeles. Ela tem um relacionamento mal resolvido que deixou para trás, e se mudou para os EUA tentando fugir de seus problemas. Apesar de tudo, Cristina se mostra uma pessoa sensível, capaz de enxergar a dor das pessoas a sua volta e está sempre disposta a ajudar da melhor maneira. Já Mark é um personagem sofrido, torturado pelos anos que permaneceu com o Povo das Fadas e que agora não sabe mais quem é e onde realmente é o seu lugar.
Se não bastasse uma história totalmente envolvente e bem construída, Cassandra Clare ainda brinda os leitores com participações de personagens de suas outras séries. Assim, ficamos sabendo sobre alguns acontecimentos que ocorreram depois de Cidade do Fogo Celestial e podemos matar as saudades de personagens queridos sem que eles ofusquem os novos protagonistas.
Destaque também para o desfecho surpreendente e impactante. Mais uma vez Cassandra Clare usa toda sua capacidade de criar reviravoltas impressionantes na história, que pegam o leitor totalmente desprevenido. Confesso que demorei um pouco para me recuperar do final desse livro do tanto que fui impactada por ele.
Assim, é uma leitura que eu recomendo totalmente. Para mim, Cassandra Clare se superou nessa história, e isso é um grande elogio. Apesar de contar com 720 páginas (na edição em inglês), a leitura é extremamente dinâmica e flui muito rápido. O único problema é se tratar do primeiro volume da série, o que significa que ainda vai demorar um pouco até que possamos ler a sua continuação. Para quem é curioso como eu, vai ser difícil segurar a ansiedade.


Observação: Eu li a edição americana, por querer ter a oportunidade de ler no idioma original e conhecer melhor a escrita da autora. No entanto, o livro já está disponível no Brasil, publicado pela editora Galera Record. Aliás, eu vi a edição brasileira e ficou realmente linda. Parabéns para a equipe da Galera Record. 

[Notícia] Jenny Han anuncia novo livro

Notícia maravilhosa para os fãs da escritora Jenny Han: a história de Lara Jean vai ganhar mais um livro. Isso mesmo que você leu. Depois do sucesso de Para todos os garotos que já amei e P.S. Ainda amo você, a autora anunciou que publicará mais um livro da série.
O livro, que ainda não tem título oficial no Brasil, se chamará Always and Forever, Lara Jean (em tradução literal: Sempre e Para Sempre, Lara Jean). A parte triste da notícia é que os fãs terão que esperar um pouquinho, pois a previsão de lançamento nos EUA é só para o primeiro semestre de 2017.

Para quem não conhece essa história que tem conquistado leitores no mundo todo, fiz uma resenha sobre o primeiro livro aqui no blog. Se quiser conferir, está disponível nesse link

[Dica da Malu] Série - Os Instrumentos Mortais

Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record

Hoje, finalmente, vou falar sobre a série Os Instrumentos Mortais, da Cassandra Clare. Já tinha comentado aqui sobre o primeiro livro, Cidade dos Ossos, mas faz um tempo que estava querendo falar sobre a série como um todo (sem entrar em detalhes sobre a trama, claro). Então, hoje, vou comentar um pouco sobre o que eu achei desses livros e os motivos que me fizeram gostar tanto deles e criar uma grande admiração por sua autora.
Para quem ainda não foi apresentado ao universo criado por Cassandra Clare, a trama dessa série acompanha a adolescente Clarissa Fray (Clary), que, em uma noite que sai para comemorar seu aniversário, presencia um suposto assassinato e, pior, só ela conseguia enxergar os envolvidos. O que ela descobre depois é que os assassinos eram Caçadores de Sombra, meio humanos meio anjos, que são responsáveis por proteger os mundanos (humanos normais) de demônios e criaturas do submundo
Clary é, então, apresentada a um novo mundo, que somente aqueles que têm a Visão conseguem enxergar. Quando a mãe dela é sequestrada, a menina mergulha cada vez mais fundo no Mundo das Sombras para descobrir a verdade sobre seu passado enquanto tenta encontrar sua mãe.
Esse é o ponto de partida da história, que se desenvolve muito ao longo dos seis livros (Cidade dos Ossos, Cidade das Cinzas, Cidade de Vidro, Cidade dos Anjos Caídos, Cidade das Almas Perdidas, Cidade do Fogo Celestial). Aliás, um dos aspectos que mais me impressionou é que em todos os livros acontecem muitas mudanças e reviravoltas e, apesar disso, Cassandra Clare não se perdeu em nenhum momento da história. A autora conseguiu amarrar muito bem os seis livros, entrelaçando, inclusive, com histórias de outras séries dela, sem se contradizer em nenhum momento ou deixar assuntos mal explicados.
Outra coisa que gostei bastante foi o ritmo da história. Sério, eu não conseguia piscar enquanto estava lendo e a vontade era de não parar até terminar a leitura. Em todos os livros da série a trama se desenvolve muito rápido, deixando o leitor constantemente ansioso para saber o que vai acontecer a seguir (com exceção do quarto, por motivos que vou explicar depois). Além disso, as reviravoltas são muito bem construídas pela autora e realmente surpreendem o leitor, deixando a história ainda mais interessante.
Os personagens também são ótimos. Todos são bem construídos e crescem muito ao longo da trama. Aliás, destaco aqui o modo como Cassandra Clare consegue dar espaço suficiente para que todos os personagens se desenvolvam, sem ficar centrada apenas nos protagonistas. Além disso, com cada personagem, ela trabalha temas importantes de maneira delicada e natural.  
Todos os livros são narrados em terceira pessoa, o que eu considero algo muito positivo. Já comentei aqui no blog outras vezes que tenho um grande problema com histórias contadas por narrador personagem. Acredito que esse tipo de narração limita o desenvolvimento da trama e dos personagens, porque tudo é descrito a partir do olhar do protagonista. Já um narrador onisciente permite ao leitor conhecer melhor e compreender todos os personagens de uma maneira mais completa.
O único ponto negativo que aponto nessa série é o quarto livro, Cidade dos Anjos Caídos. Originalmente, a ideia de Cassandra Clare era escrever uma trilogia, por este motivo Cidade de Vidro dá uma sensação de conclusão para a história (apesar de deixar um gancho para continuações). O problema é que o quarto volume não consegue manter o mesmo ritmo dos seus anteriores. Não sei se pelo fato de que a trama tem como foco maior outro personagem além de Clary e Jace, o Simon, ou se a autora perdeu um pouco do fôlego que teve ao escrever os outros livros, mas a questão é que Cidade dos Anjos Caídos é um livro mais lento e cansativo. Praticamente todos os personagens estão irritantes e a história não consegue prender. No entanto, como estamos falando de um livro da Cassandra Clare, óbvio que nem tudo é ruim. O final deste livro foi um dos mais impressionantes da série, me deixando totalmente surpresa e desesperada para ler a continuação.
No quinto e no sexto livros, Cassandra Clare recupera o ritmo que dominou os três primeiros. Os personagens voltam a ficar interessantes e a trama é muito bem desenvolvida. O final da história foi muito bem construído e, ao terminar de ler Cidade do Fogo Celestial, tudo o que consegui pensar foi que a autora conseguiu encerrar de maneira brilhante, dando o desfecho perfeito para os seus personagens.

Em resumo, em poucos meses eu me apaixonei por essa série e pelo universo criado por Cassandra Clare. Fui rapidamente envolvida por essa história e esses personagens. Há muito tempo uma série de livros não me prendia desse jeito. Então, recomendo sua leitura para todos que gostam de um bom livro de fantasia, com uma trama bem elaborada, cheia de reviravoltas e personagens interessantes. 

[Das páginas para o cinema] Orgulho e Preconceito (2006)

Elenco: Keira Knightley, Mathew Macfadyen, Rosamund Pike, Simon Woods, Brenda Blethyn, Donald Sutherland, Carrey Mulligan, Jena Mallone
Direção: Joe Wright
Ano: 2006 / Nacionalidade: Reino Unido/ EUA

Hoje, estou de volta com a coluna Das páginas para o cinema e vou falar de um filme que com certeza está na minha lista de favoritos: Orgulho e Preconceito (versão de 2006). Adaptado do clássico romance de Jane Austen, este filme é um belo retrato de uma época, além de uma linda história de amor.
O longa acompanha a história de cinco irmãs, cuja mãe tem como objetivo de vida vê-las casadas. Assim, a vida delas muda quando um jovem rico e solteiro, chamado sr. Bingley, se muda para uma propriedade próxima a casa delas com a irmã e o presunçoso amigo, sr. Darcy. Imediatamente, Jane, a mais velha, chama a atenção de sr. Bingley por sua beleza e seus modos amáveis. Já Elizabeth, a irmã mais próxima a Jane em idade e temperamento, cria uma aversão quase instantânea pelo sr. Darcy ao ouvi-lo dizer que ela é “tolerável, mas não bonita o suficiente para tenta-lo”.

Apesar de acompanhar a história das cinco moças, a protagonista é, sem dúvida, Elizabeth. Considerada uma das personagens mais marcantes da literatura, ela é interpretada neste filme pela atriz britânica Keira Knightley. E que interpretação impecável a dela. Não consigo imaginar outra atriz vivendo esse papel. Ela consegue transmitir em poucos minutos de filme a personalidade forte e a vivacidade da personagem, que não se deixa abalar por críticas e ofensas, e tem sempre uma resposta pronta para tudo. Além disso, Keira consegue conferir complexidade a Elizabeth, que em nenhum momento aparece como uma mocinha plana ou clichê. A personagem evolui e amadurece ao longo da história, e a atriz transmite isso através de mudanças sutis e delicadas nos modos de Elizabeth.
Outro destaque do filme é o ator Mathew Macfadyen que interpreta o sr. Darcy. Para mim, ele está absolutamente perfeito no papel. Assim como Elizabeth, o sr. Darcy também evolui muito ao longo da trama. Se no começo ele é desagradável e arrogante, à medida que a história avança, torna-se impossível não se encantar com os seus modos e o seu caráter.

Com relação aos demais personagens, todo o elenco se sai muito bem. Rosamund Pike transmiti toda a meiguice e ingenuidade de Jane, enquanto Simon Woods interpreta o carismático e ingênuo sr. Bingley. Já Carrey Mulligan e Jena Malone dão vida as irresponsáveis irmãs caçulas, Kitty e Lidya. No entanto, quem praticamente rouba a cena no filme são três veteranos: Brenda Blethyn como a divertidíssima sra. Bennet (mãe das meninas), Jude Dench interpretando a detestável Lady Catherine, e Donald Sutherland como o irônico e muito carismático sr. Bennet (para mim, o melhor personagem do filme).

O roteiro foi de Emma Thompson, que fez uma adaptação perfeita do livro, se mantendo muito fiel a história e, principalmente, a essência dos personagens. O filme ainda é ajudado pela fotografia belíssima e pela linda trilha sonora de Dario Marianelli.
Dirigido por Joe Wright, Orgulho e Preconceito traz uma história leve e muito bonita, que, ao mesmo tempo que nos transporta para o século XIX, graças aos cenários e figurinos impecáveis, também traz personagens tão verdadeiros e complexos que são atemporais. Então, vale a pena assistir esse filme que levou para o cinema o romance que há dois séculos vem encantando leitores no mundo todo. 



[Dica da Malu] A Escolhida

Hoje vou falar sobre A Escolhida, de Lois Lowry. Apesar de ser a continuação de O Doador de Memórias, sobre o qual já tinha feito resenha (aqui), este livro traz personagens diferentes e, até mesmo o universo em que a história se passa é bastante diferente.
A protagonista desta vez é Kira, uma menina de 12 anos que, ao ficar órfã, se vê completamente sozinha diante de um futuro incerto. Em uma sociedade em que os mais fracos são descartados, Kira acreditava que seria banida por ter uma deficiência na perna. No entanto, para sua surpresa os membros do Conselho optam por mantê-la ali, destinando a ela uma importante tarefa. Caberá a ela restaurar a túnica do que cantor que conta toda a história da humanidade, e bordar o que será o futuro.
A princípio, Kira fica feliz por sua nova vida. Ela passa a viver em um lugar confortável, desenvolve suas habilidades com as linhas e os teares e, ainda, faz um novo amigo, Thomas, o entalhador responsável por restaurar o cajado do cantor. No entanto, com o tempo, eles começam a desconfiar que algo está errado e que há mais escondido por trás da missão que eles receberam.
Eu gostei muito dos personagens dessa história. Kira é uma protagonista realmente forte e digna, que se esforça para vencer as dificuldades da vida e se mostra corajosa em todos os desafios. Thomas também é um personagem muito interessante. Ele é inteligente, corajoso e generoso, disposto a ajudar Kira em sua nova vida desde o momento em que se conhecem. Além disso, ele parece ser muito maduro para sua idade, tendo crescido praticamente sem companhia e com uma grande responsabilidade. Por fim, destaco o Matt um menininho de seis anos, amigo de Kira, que é o personagem mais cativante do livro. Esperto e brincalhão, como qualquer criança dessa idade, Matt vai se mostrando um personagem fundamental ao longo da história.
Apesar de ter gostado muito dos personagens, achei a trama aqui muito mais superficial do que O Doador de Memórias. Um aspecto que gostei naquele livro foi justamente as reflexões que a história despertou. O universo ali aparentava ser simples, mas, à medida que a trama vai se desenvolvendo, ele se torna muito mais complexo e interessante. Já em A Escolhida fiquei com a sensação de que faltou desenvolver melhor alguns elementos da história, que acabou ficando rasa.
De um modo geral, é uma leitura gostosa e muito rápida, até pelo tamanho do livro. No entanto, achei muito superficial, se comparado com seu antecessor. Como a série ainda tem mais dois livros, acredito que muitos elementos podem ser mais desenvolvidos e explicados. Ainda assim, não consigo deixar de sentir uma pontada de decepção com A Escolhida, que só não foi maior por ter gostado muito dos personagens apresentados. 

[TAG] 10 fatos literários sobre mim






            Faz muito tempo que estou querendo falar aqui um pouco mais sobre a literatura na minha vida. Mas para fazer isso de uma maneira mais descontraída, resolvi responder uma tag.
            Apesar de eu mesma ter escolhido as perguntas, foi muito difícil responder, pois em várias perguntas mais de um livro se aplicava. No entanto, acho que consegui reunir os que mais me marcaram.

1 – Livro que me marcou na infância: Pollyanna, de Eleanor H. Porter, foi o livro que mais me marcou quando criança. Eu era encantada com essa história de uma menina que sempre tentava ver o lado bom de tudo. 
2 – Livro/série que me marcou na adolescência: Aqui teve um empate. Harry Potter foi a série que mais me marcou, tanto que sou fã declarada até hoje. Porém, o livro Fazendo Meu Filme, da Paula Pimenta, foi o primeiro em que eu realmente me identifiquei com uma personagem e acabei criando um vínculo com essa série também.
3 – Livro preferido: Persuasão, da Jane Austen.
4 – Livro que me fez refletir: A menina que roubava livros, de Markus Zusak. Foi uma história que me comoveu e me trouxe várias reflexões. Com certeza, é um dos meus livros preferidos.
5 – Autor (a) preferida: Jane Austen e J.K. Rowling. Não consegui escolher apenas uma, pois ambas escreveram livros que me marcaram muito.
6 – Personagem marcante: Severo Snape, always. Ele se destacou em todos os livros da série Harry Potter, seja por sua frieza e seu humor ácido, seja pelas dúvidas com relação à sua verdadeira lealdade. Além disso, a complexidade deste personagem e sua evolução ao longo dos livros é fascinante.
7 – Livro que me surpreendeu: Cidade dos Ossos, primeiro volume da série Os Instrumentos Mortais, da Cassandra Clare. Confesso que, por diversos motivos, não tinha uma expectativa muito alta para esse livro, mas acabou sendo uma leitura maravilhosa e envolvente. Acabei me apaixonando por essa série.
8 – Livro que me decepcionou: Comer, rezar, amar. Gostei muito do filme e tinha uma expectativa alta para o livro, mas acabei me decepcionando muito. Expliquei com mais detalhes na resenha aqui, mas, de modo geral, achei a leitura monótona e cansativa. Me decepcionou muito.
9 – Livro que li mais de uma vez: Tiveram vários livros que eu li mais de uma vez, mas com certeza os campeões foram os da série Harry Potter.
10 – Livro que desejo ler: Poderia colocar aqui uma lista gigantesca de livros, mas escolhi um que faz muito tempo que tenho curiosidade e ainda não criei ânimo para ler: A guerra dos tronos, de George R. R. Martin. Ainda não li nada do autor, mas tenho curiosidade de saber por que todo mundo fala tanto desses livros.

            Bom, esses foram alguns fatos literários sobre mim. Gostaram das respostas? Pretendo responder mais tags futuramente e continuar compartilhando um pouco mais sobre meus hábitos de leitura e meus livros preferidos com vocês. 

Primeiro trailer de "Inferno"

Quem é fã dos livros do escritor americano Dan Brown, vai ficar muito feliz com a novidade de hoje. O trailer do filme Inferno, adaptado do livro homônimo do autor, foi divulgado hoje.
Tom Hanks retorna ao papel de Robert Langdon para mais uma aventura repleta de mistérios. Na trama, o simbologista acorda em um hospital na Itália sem nenhuma lembrança de como foi parar lá. Com o auxílio da dra. Sienna Brooks, vivida por Felicity Jones, Langdon vai tentar descobrir o que aconteceu com ele, enquanto segue pistas para impedir uma ameaça que pode afetar para sempre a humanidade.
O longa, que tem direção de Ron Howard (O Código da Vinci e Anjos e Demônios), tem previsão de lançamento no Brasil para outubro deste ano. Confira o trailer legendado:


[Dica da Malu] Série "Perdida"

Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Perdida – 364 páginas / Encontrada – 476 páginas

A resenha de hoje é dupla, vou falar sobre os livros Perdida: Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo e Encontrada: A procura do felizes para sempre, ambos da escritora brasileira Carina Rissi. Os dois estavam na minha meta de leitura para esse ano e, de modo geral, não me decepcionaram.
O primeiro livro da série é Perdida, e traz a história de Sofia, uma típica jovem do século XXI, independente, acostumada com as facilidades da vida moderna e completamente apaixonada por tecnologia. Tudo muda na vida dela quando compra um celular novo e, misteriosamente, vai parar no século XIX. Enquanto tenta entender o que aconteceu e como foi parar em outra época, Sofia conhece o jovem Ian Clarke, que a acolhe e passa a ajudá-la.
A princípio, tudo que Sofia mais quer é descobrir um modo de voltar para o século XXI, com sua tecnologia e modernidade. No entanto, com o tempo Sofia começa a se importar com as pessoas que conhece naquele tempo, em especial Ian e sua irmã Elisa. A partir daí, ela começa a ficar dividida entre a vontade de retornar para a sua vida normal e o medo de deixar aquelas pessoas para trás.
A trama é bem leve e gostosa de ler, prendendo a atenção do leitor do começo ao fim. Além disso, Carina Rissi conseguiu dosar muito bem o romance e o humor da história, sem exagerar em nenhum dos dois.
No entanto, o fato da narrativa ser em primeira pessoa me desagradou um pouco. Já falei algumas vezes em resenhas aqui que, em geral, tenho dificuldade em gostar de narrador personagem, por achar que isso empobrece a construção dos demais personagens. Infelizmente, esse foi o caso de Perdida e de Encontrada.
Com relação aos personagens, a protagonista foi um problema para mim. Sofia é uma personagem engraçada, com uma enorme capacidade de se envolver em confusões, mas em vários momentos é também irritante e um pouco forçada. Embora fosse de se esperar que ela tivesse problemas para se adaptar à vida no século XIX, essa dificuldade ficou exagerada e pouco natural, principalmente no que se refere ao vocabulário. Acho difícil acreditar que uma mulher de 25 anos, que estudou e que gosta tanto de ler, especialmente uma que já tenha lido tantos clássicos, tenha um vocabulário tão pobre e só consiga se comunicar através de gírias. Assim, tive dificuldade para me afeiçoar a personagem por achá-la muito caricata.
O Ian, por outro lado, é o personagem que segura a história. Ele é gentil, generoso e inteligente, além de muito romântico. Apesar das diferenças de personalidade, Ian se esforça para entender os modos de Sofia e a aceita como ela é. Além disso, é um personagem forte e íntegro, que amadurece ao longo da história. Se tem um motivo para eu ter torcido pelo casal, é o fato de que Ian merece um final feliz.
Elisa, irmã do Ian, também é uma personagem cativante. Meiga, ingênua e muito gentil, ela recebe Sofia com todo carinho, sem se importar com o comportamento estranho dela. Já os demais personagens da história, são divertidos e proporcionam bons momentos, especialmente a governanta Madalena e o mordomo Gomes, mas nenhum é desenvolvido o suficiente para torná-los marcantes.
Não tinha uma expectativa muito alta para o segundo livro por ter achado o final de Perdida adequado e considerar que não cabia uma continuação. No entanto, em Encontrada, apesar de ter mantido alguns dos problemas que apontei anteriormente, senti uma evolução na história e acabei me surpreendendo positivamente. Carina Rissi desenvolve melhor os conflitos entre os personagens e até mesmo as atitudes impulsivas de Sofia são mais compreensíveis.
Assim, mesmo tendo algumas ressalvas, gostei da história simples e divertida. As situações em que Sofia se envolve são hilárias, e o romance entre ela e Ian é bem construído. Aliás, impossível chegar ao final desses livros sem se apaixonar por ele. Recomendo a leitura para quem procura um romance diferente e leve, com uma dose adequada de comédia.


Observação: A série ainda conta com um terceiro livro, Destinado: As memórias secretas do sr. Clarke. Ainda não tive oportunidade de ler, mas fiquei bastante curiosa por se tratar de uma nova história, desta vez contada pela perspectiva de Ian. 

Especial: Dia das Mães

Como hoje é o Dia das Mães, resolvi fazer uma pequena homenagem a esta data especial listando as mães da literatura que mais me marcaram. Na ficção, são vários os casos de mães que se destacam por sua coragem, seu amor pelos filhos, pelo seu jeito carinhoso ou por sua força, então, destaquei algumas que eu mais admiro.
Para começar, não podia ser outra que não Molly Weasley, da série Harry Potter. Além de criar com dificuldade os seus sete filhos, a senhora Weasley ainda adota Harry como um filho, se preocupando com sua alimentação e garantindo que ele receba presentes no Natal (o mesmo suéter que os outros Weasley ganham). Molly é uma mãe atenciosa e amorosa, mas que vira uma verdadeira guerreira quando se trata de proteger seus filhos. Impossível não admirar a generosidade e a força dessa personagem.
Outra mãe da literatura que me marcou muito é a sra. Bennet, de Orgulho e Preconceito. Se trata de uma personagem muito imprudente e, na maior parte do tempo, inconveniente. No entanto, não se pode negar que é uma mãe muito amorosa e que deseja o melhor para as filhas. Apesar de sua insistência em tentar casar as meninas colocá-la em situações ridículas, no fundo, são apenas o reflexo da preocupação de uma mãe que tem cinco filhas e faz de tudo para garantir o futuro delas, pois sabe que as garotas não herdarão nada do pai. Em uma época em que as opções para as mulheres, especialmente daquelas com uma situação financeira ruim, eram tão limitadas, é bastante compreensível a preocupação da sra. Bennet em ver as filhas casadas e com o futuro assegurado. Além disso, não se pode negar que é uma personagem divertida e cativante.
Oh, sim! Nós esperamos um casamento muito vantajoso.
Quando li o livro Little Women, de Louisa May Alcott, uma das personagens que mais me marcou foi, sem dúvida, a Sra. March. Quando seu marido parte para a guerra, ela se vê sozinha com as quatro filhas tendo que sobreviver em um período de dificuldades financeiras. No entanto, ela se dedica a cria-las da melhor maneira possível, não deixando que falte nada a elas e, ainda, encontrando tempo para ajudar pessoas mais necessitadas. É uma mulher forte e afetuosa, que se preocupa com as filhas, mas as deixa livres para escolherem o seu futuro. Uma das coisas que mais gosto, aliás, é o modo como ela incentiva as filhas a serem elas mesmas e decidirem o que é melhor para suas vidas, sem criticar quando recusam propostas de casamento vantajosas para seguir um sonho ou escolhem se casar com um homem pobre.
Mais recentemente, li a série Os Instrumentos Mortais, da Cassandra Clare, e me impressionei com a força da personagem Jocelyn Fairchild/Fray, mãe da protagonista Clary. Em vários momentos, ela me irrita um pouco por tentar impedir a Clary de entrar no mundo dos caçadores de sombras. Por outro lado, reconheço que o medo dela é compreensível, considerando todo o seu passado. Além disso, tem o sofrimento pela perda de seu primeiro filho e a culpa por acreditar que podia ter feito mais por ele. Assim, Jocelyn acabou conquistando minha admiração por seu amor pela filha e por sua força e coragem ao tentar protegê-la de Valentim.
Por fim, tem a dona Cristiana, mãe da protagonista Fani. Ela é uma personagem teimosa e, na minha opinião, um pouco fútil, mas não tem como negar o amor que ela tem pela filha. Seja quase obrigando a Fani a fazer um intercâmbio ou insistindo para que ela faça faculdade de Direito ao invés de Cinema, tudo o que Cristiana quer é o que julga ser o melhor para a filha. Talvez o modo como ela interfere na vida da Fani não seja correto, mas suas intenções são as melhores. A Fani e os seus irmãos são tudo para dona Cristiana, e ela faz o possível para garantir que eles sejam felizes.

Bônus: Não quis colocar na lista duas personagens da mesma série, mas não podia deixar de mencionar Lilian Potter, mãe do Harry. Apesar de ter morrido quando Harry era um bebê, a importância de Lily nos livros é enorme. Ela se sacrifica pelo filho, e esse amor incondicional de mãe muda totalmente o rumo da história. Sem dúvida, é uma das mães mais marcantes da literatura.



Essas foram as mães da literatura que mais me marcaram. São mulheres diferentes, mas que têm em comum a força, a coragem e o amor incondicional pelos filhos. Fica, então, minha singela homenagem a todas as mães da vida real, que merecem ser celebradas todos os dias por sua força, determinação, generosidade e profunda capacidade de amar. Feliz Dia das Mães!

Apaixonada por literatura desde pequena, nunca consegui ficar muito tempo sem um livro na mão. Assim, o Dicas de Malu é o espaço onde compartilho um pouco desse meu amor pelo mundo literário.




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